Os teóricos da conspiração tentam inventar narrativas que mostram muçulmanos como pessoas perversas e omissas à violência do seu meio.
O objetivo é reforçar o falso argumento de que há um projeto islâmico para dominar o mundo, portanto, de acordo com esta narrativa mentirosa não há muçulmanos inocentes, todos são agentes de um plano para matar e subjugar pessoas de outras religiões.
Este argumento, no entanto, não se sustenta quando é confrontado com evidências, pois os muçulmanos são as figuras mais ativas no combater ao terrorismo e ao extremismo.
A razão para os muçulmanos serem tão engajados em combater os discursos violentos é simples: os muçulmanos são as maiores vítimas do terrorismo.
Isso porque os extremistas religiosos muitas vezes taxam outros muçulmanos moderados como infiéis dignos de serem exterminados, além disso, quando esses grupos atraem a guerra para o seu meio, as vítimas civis são majoritariamente de origem islâmica.
O extremismo religioso alimenta a islamofobia, que por sua vez gera guerra e discursos radicais contra os próprios muçulmanos, portanto, os religiosos de bem estão constantemente empenhados para fazer o que está ao seu alcance para impedir o avanço desse tipo de coisa.
São incontáveis exemplos de muçulmanos que fizeram esforços para conter o extremismo, seja por meio de protestos, produções intelectuais, intervenções armadas, ações políticas, medidas de reintegração, admoestações religiosas, etc.
No entanto, como seria impossível mencionar todos os exemplos, neste texto citamos 30 exemplos de muçulmanos e países islâmicos que tomaram algum tipo de medida contra o terrorismo e o extremismo.
A fatwa emitida pelo Ayatollah Ruhollah Khomeini em 1989 foi uma declaração jurídica islâmica que pedia o assassinato de Salman Rushdie, autor do livro "Os Versos Satânicos", pelo conteúdo anti-islâmico da obra.
A fatwa instigou Rushdie a viver sob proteção policial por muitos anos, devido a ameaças reais à sua vida.
Embora o episódio seja usado com um dos exemplos máximos de extremismo do Islam, o Irã o único país que endossou formalmente a fatwa.
A maioria dos outros países membros da OIC não apoiou formalmente a fatwa, incluindo nações com populações muçulmanas significativas como Indonésia, Malásia, Egito, e Arábia Saudita.
Essa abstenção pode ser vista como uma rejeição ao uso de violência e assassinato como meios de resolver disputas sobre expressões culturais ou religiosas, alinhando-se mais estreitamente com os princípios de direito internacional e diplomacia.
A "Mensagem de Aman" é uma iniciativa lançada pelo Rei Abdullah II da Jordânia em novembro de 2004, com o objetivo de promover a tolerância e a unidade no mundo muçulmano e explicar o Islam aos não-muçulmanos.
O projeto surgiu em resposta às crescentes tensões e mal-entendidos sobre o Islam após os ataques de 11 de setembro de 2001, bem como a crescente violência associada ao extremismo.
A Mensagem de Aman destaca a verdadeira essência do Islam e seus princípios de paz, misericórdia, justiça e tolerância. Ela se apoia em três questões fundamentais:
Um dos principais resultados da Mensagem de Aman foi a declaração conhecida como o "Documento dos 200", assinado por cerca de 200 estudiosos muçulmanos de mais de 50 países.
Este documento oferece uma base unificada para o entendimento do Islam, condena o sectarismo e o extremismo, e reforça os princípios de coexistência pacífica e respeito mútuo entre diferentes comunidades religiosas e culturais.
Sheikh Hisham Kabbani é um destacado clérigo sufi e líder espiritual, nascido no Líbano e radicado nos Estados Unidos.
Ele é conhecido por suas visões moderadas e pela promoção da paz e do entendimento inter-religioso.
Kabbani tem sido uma figura importante no Islam nos EUA, especialmente dentro da comunidade Naqshbandi, uma das mais influentes ordens sufis.
Em 1999, Sheikh Hisham Kabbani ganhou notoriedade ao fazer declarações contundentes durante um fórum organizado pelo Departamento de Estado dos EUA.
Naquele fórum, ele alertou sobre a presença e o aumento de extremistas dentro da comunidade muçulmana nos Estados Unidos.
Ele especificamente denunciou Osama Bin Laden, que na época ainda não era uma figura tão amplamente conhecida mundialmente como viria a ser após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Kabbani mencionou que a ideologia extremista estava sendo disseminada em diversas mesquitas e que isso era uma grande ameaça não só para os Estados Unidos, mas para o mundo todo.
As declarações de Kabbani foram controversas e levaram a críticas de algumas pessoas, que viam suas palavras como uma generalização perigosa e uma possível incitação à islamofobia.
No entanto, após os ataques de 11 de setembro, muitos reconheceram que suas advertências eram prescientes.
O Sheikh continuou seu trabalho de promoção do sufismo e do diálogo inter-religioso, enfatizando a importância de um entendimento mais profundo e pacífico entre diferentes culturas e religiões.
Ele é autor de diversos livros e artigos sobre espiritualidade islâmica e sufismo, e mantém um papel ativo como líder espiritual e palestrante.
Ahmad Shah Massoud foi uma figura central na resistência afegã contra a invasão soviética nos anos 1980 e, posteriormente, um líder da resistência contra o Talibã.
Conhecido como o "Leão do Panjshir," devido ao seu comando na região estratégica do Vale do Panjshir, Massoud foi um líder carismático e habilidoso militarmente, sendo respeitado tanto por seus aliados quanto por seus adversários.
Massoud era profundamente crítico do Talibã, que ele via como um regime opressivo e retrógrado, apoiado por estrangeiros, principalmente o governo do Paquistão e grupos extremistas.
Em abril de 2001, ele fez uma apresentação no Parlamento Europeu onde alertou sobre os perigos que o Talibã representava não apenas para o Afeganistão, mas para o mundo inteiro.
Nesse discurso, ele apelou por apoio internacional para combater o Talibã e prevenir que o Afeganistão se tornasse um estado paria sob controle extremista.
O alerta de Massoud provou ser notavelmente presciente, pois ele foi assassinado em 9 de setembro de 2001, apenas dois dias antes dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Seu assassinato foi perpetrado por dois homens que se passavam por jornalistas, que detonaram uma bomba escondida em uma câmera durante uma entrevista.
Acredita-se que o assassinato foi orquestrado pela Al-Qaeda, com o conhecimento prévio do Talibã, possivelmente para impedir que Massoud liderasse qualquer resistência afegã após os planejados ataques de 11 de setembro.
O assassinato de Massoud deixou um vazio na liderança afegã que foi difícil de preencher e marcou um ponto de virada significativo tanto para o Afeganistão quanto para a política mundial, antecipando a subsequente invasão militar liderada pelos EUA no país.
Sua morte é frequentemente lembrada como um dos eventos trágicos que precederam diretamente a maior tragédia terrorista em solo americano.
Em 2016, o grupo extremista Estado Islâmico (ISIS) divulgou uma lista contendo nomes de imames e líderes muçulmanos que eles consideravam apóstatas e, portanto, alvos legítimos para assassinato.
Esta lista fazia parte de uma campanha mais ampla do ISIS para silenciar ou eliminar qualquer voz dentro da comunidade muçulmana que se opusesse às suas interpretações radicais e heterodoxas do Islam.
A lista divulgada pelo Estado Islâmico em 2016 incluía diversos imames e líderes muçulmanos conhecidos por suas posições firmes contra o extremismo.
Alguns deles eram figuras proeminentes que haviam se destacado por suas críticas públicas ao EI e por seus esforços para combater a narrativa extremista. Entre eles, é possível citar alguns exemplos emblemáticos:
O grupo Ahlu Sunnah Wal Jamaah (ASWJ) na Somália tem sido um dos principais atores na resistência armada contra o Al-Shabab, um grupo militante islamista afiliado à Al-Qaeda que tem causado devastação em grandes partes da Somália através de ataques terroristas.
ASWJ é uma organização paramilitar e grupo militante sunita que se formou em resposta ao crescimento do Al-Shabab.
A organização é composta majoritariamente por membros da ordem sufi, que tradicionalmente praticam uma versão ortodoxa do Islam, em oposição às interpretações mais extremistas e deturpadas adotadas por grupos como o Al-Shabab.
Desde o final dos anos 2000, o ASWJ começou a ganhar destaque na luta contra o Al-Shabab ao mobilizar combatentes locais que eram motivados tanto por questões religiosas quanto por uma reação às brutalidades impostas pelo Al-Shabab nas áreas sob seu controle.
Essas brutalidades incluíam execuções públicas, amputações e a imposição de um regime extremamente austero que proibia práticas sufis, música e outros aspectos da cultura local que são considerados hereges sob a interpretação radical do Al-Shabab.
A luta do ASWJ contra o Al-Shabab tem sido marcada por várias batalhas significativas.
Em diversas ocasiões, eles conseguiram expulsar o Al-Shabab de importantes centros urbanos e regiões, particularmente na região central da Somália, como em Mogadíscio e em outras cidades importantes.
O ASWJ também colaborou com o governo somali e forças internacionais, incluindo tropas da União Africana, para combater o Al-Shabab.
A resistência do ASWJ é significativa não apenas militarmente, mas também simbolicamente, pois representa a oposição de uma interpretação do Islam que valoriza a tradição sufi, que é profundamente enraizada na cultura somali, contra uma interpretação extremista que busca erradicar essas tradições.
Assim, o conflito entre o ASWJ e o Al-Shabab é tanto uma luta pelo controle territorial quanto um confronto entre visões contrastantes da religião.
A Conferência de Grozny, ocorrida em agosto de 2016, foi um evento significativo que reuniu mais de 100 acadêmicos muçulmanos, teólogos e clérigos de várias partes do mundo islâmico.
O objetivo desta conferência era discutir e definir quem são considerados os verdadeiros seguidores do sunismo, além de abordar interpretações extremistas e heterodoxas do Islam que têm sido promovidas por grupos como o Estado Islâmico e outros movimentos radicais.
A conferência foi organizada em Grozny, a capital da Chechênia, sob os auspícios de Ramzan Kadyrov, o líder checheno, e teve o apoio de instituições religiosas importantes, incluindo a prestigiosa Universidade Al-Azhar do Egito.
Um dos principais propósitos do encontro foi isolar ideologicamente os grupos extremistas que se autodenominam sunitas, mas cujas práticas são consideradas fora do Islam tradicional pelos participantes da conferência.
Durante a conferência, os participantes debateram amplamente sobre a definição de "Ahl al-Sunnah" (os seguidores da Sunnah, ou tradição profética).
Eles concluíram que os verdadeiros seguidores do Sunismo são aqueles que seguem os credos das quatro escolas sunitas de jurisprudência (Hanafi, Maliki, Shafi'i e Hanbali), as doutrinas de teologia associadas (como as ensinadas por Al-Ashari e Al-Maturidi), e respeitam o legado dos sufis em espiritualidade.
A conferência explicitamente excluiu grupos como o Wahhabismo/Salafismo da definição de Ahl al-Sunnah, o que gerou controvérsia e críticas, principalmente da Arábia Saudita e de outros círculos salafistas.
Os organizadores e participantes argumentaram que o exclusivismo e a interpretação literalista dos textos religiosos por parte desses grupos contribuíram para o surgimento de ideologias extremistas.
Nahdlatul Ulama (NU), a maior organização muçulmana independente do mundo e baseada na Indonésia, tem desempenhado um papel proeminente em campanhas globais contra o extremismo.
Fundada em 1926, a NU é conhecida por sua abordagem moderada do Islam, promovendo a tolerância, o pluralismo e a convivência pacífica entre diferentes grupos religiosos.
Entre suas principais campanhas e iniciativas podemos citar:
A Nahdlatul Ulama não apenas influencia a política e a sociedade na Indonésia, mas também tem um crescente impacto internacional.
Essas campanhas e iniciativas da NU são parte de um esforço mais amplo para enfrentar e desmantelar as bases ideológicas do extremismo,
Moaz al-Kasasbeh foi um piloto jordaniano capturado pelo Estado Islâmico (ISIS) em dezembro de 2014, após seu avião F-16 ter caído na Síria durante uma missão da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o ISIS.
Sua captura e subsequente assassinato tiveram um profundo impacto não só na Jordânia, mas em todo o mundo, especialmente devido à brutalidade com que foi tratado.
Al-Kasasbeh foi mantido em cativeiro por quase dois meses antes de o ISIS divulgar um vídeo chocante que mostrava sua morte. No vídeo, ele foi visto trancado dentro de uma jaula e queimado vivo.
O método de execução e a publicação do vídeo foram amplamente condenados como atos de barbárie, e o incidente aumentou significativamente a aversão e oposição global ao ISIS.
A morte de al-Kasasbeh provocou uma resposta imediata da Jordânia, que intensificou seus ataques aéreos contra posições do ISIS, numa operação denominada "Vingança por Moaz".
O rei Abdullah II da Jordânia, que estava em uma visita aos Estados Unidos na época, retornou imediatamente ao seu país e prometeu uma resposta dura ao assassinato do piloto.
A opinião pública na Jordânia, que estava dividida sobre o envolvimento do país na coalizão contra o ISIS, consolidou-se significativamente em apoio ao governo após a morte de al-Kasasbeh.
Moaz al-Kasasbeh tornou-se um mártir em seu país e um símbolo da crueldade do ISIS e da luta contra o extremismo.
Sua morte reforçou a resolução da Jordânia e de outros países envolvidos na luta contra o ISIS, destacando os riscos enfrentados pelos militares envolvidos em operações contra grupos terroristas e a natureza brutal desses grupos.
A tragédia de al-Kasasbeh é frequentemente lembrada como um ponto de virada na percepção pública sobre a ameaça representada pelo ISIS, destacando a necessidade de ação coordenada e resoluta para combater tais organizações extremistas.
O Movimento Sahwa, também conhecido como o Despertar Sunita ou Conselhos de Despertar, foi uma aliança crucial de tribos sunitas no Iraque que desempenhou um papel fundamental na luta contra a Al-Qaeda no Iraque durante o auge da insurgência iraquiana, por volta de 2006 e 2007.
A formação do Movimento Sahwa foi uma resposta direta ao aumento da violência e do extremismo impostos pela Al-Qaeda no Iraque, especialmente em regiões sunitas.
Líderes tribais sunitas, frustrados com os abusos extremos, incluindo imposições de práticas estritas, assassinatos e uso de áreas tribais como campos de batalha, decidiram se opor abertamente ao grupo terrorista.
A virada ocorreu quando os Estados Unidos, reconhecendo a oportunidade de aliar-se a forças locais contra um inimigo comum, começaram a apoiar o Movimento Sahwa.
O apoio incluiu armamentos, treinamento e, crucialmente, financiamento substancial. Este apoio ajudou a solidificar a aliança e proporcionou aos Sahwa os recursos necessários para combater eficazmente a Al-Qaeda.
O impacto do Movimento Sahwa foi profundo. Eles conseguiram expulsar a Al-Qaeda de muitas áreas do Iraque, restaurando uma relativa paz e permitindo que iniciativas de reconstrução e normalização da vida civil começassem em várias regiões antes assoladas pela guerra.
A aliança com os Sahwa foi um dos fatores que contribuíram para a significativa diminuição da violência no Iraque por volta de 2008, conforme destacado no "surge" americano, um aumento de tropas destinado a estabilizar o país.
Apesar dos sucessos iniciais, o Movimento Sahwa enfrentou vários desafios após a diminuição da violência.
O governo iraquiano, liderado por xiitas, foi hesitante em integrar completamente os combatentes Sahwa, muitos dos quais eram sunitas, nas forças de segurança nacionais.
Essa relutância exacerbou as tensões sectárias e levou a uma sensação de marginalização entre os sunitas, contribuindo para o surgimento subsequente do Estado Islâmico (ISIS).
A campanha "Not in My Name" (Não em Meu Nome) foi uma iniciativa lançada em 2014 por jovens muçulmanos britânicos como uma resposta direta às atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico (ISIS) no Oriente Médio e ao uso indevido da religião para justificar atos de terrorismo.
O movimento ganhou atenção internacional e se tornou um símbolo poderoso da oposição dos muçulmanos ao extremismo.
A campanha se espalhou rapidamente através das redes sociais e ganhou cobertura da mídia global. Utilizando a hashtag #NotInMyName, muçulmanos de diferentes partes do mundo, incluindo líderes comunitários, estudiosos e cidadãos comuns, participaram ativamente, postando mensagens, vídeos e fotos para repudiar o ISIS e outras formas de extremismo.
Isso ajudou a construir uma imagem mais precisa do Islam como uma religião que não agride inocentes, e a promover a unidade global dos muçulmanos contra o extremismo.
"A Common Word Between Us and You" é uma carta aberta enviada em 13 de outubro de 2007 por líderes islâmicos de diversas denominações a líderes cristãos de todo o mundo.
Esta iniciativa, liderada pelo Royal Aal al-Bayt Institute for Islamic Thought da Jordânia, reuniu assinaturas de 138 líderes e acadêmicos muçulmanos, representando uma variedade de tradições e escolas de pensamento dentro do Islam.
O título da carta, "A Common Word Between Us and You", é derivado de um versículo do Alcorão (Al Imran 3:64), que convida pessoas de diferentes fé a buscar um terreno comum, enfatizando os conceitos fundamentais de amor a Deus e amor ao próximo como pontos de partida para o diálogo inter-religioso.
O documento apela por paz e cooperação entre muçulmanos e cristãos, argumentando que juntos compõem mais da metade da população mundial, e que a paz entre eles é essencial para a paz mundial.
A carta enfatiza a importância de encontrar bases comuns para o diálogo e a convivência pacífica, rejeitando a intolerância e o extremismo.
Ela articula que o entendimento mútuo deve ser construído sobre os princípios compartilhados de monoteísmo e a reverência por figuras sagradas, além de um compromisso conjunto para com os valores de justiça e paz.
"A Common Word" teve um impacto significativo no diálogo inter-religioso global. Recebeu respostas de muitos líderes cristãos, incluindo o Papa Bento XVI e o Arcebispo de Canterbury na época, que expressaram apoio aos esforços de diálogo e destacaram a importância de continuar essas conversas.
A carta foi vista como um passo positivo em direção à redução das tensões e à promoção do entendimento entre as duas grandes tradições religiosas.
Subsequentemente, a iniciativa levou a uma série de conferências e diálogos inter-religiosos, incluindo um encontro histórico entre líderes islâmicos e o Papa Bento XVI, e diversas conferências acadêmicas focadas no avanço do entendimento mútuo e da cooperação entre cristãos e muçulmanos.
Após a ocupação devastadora pelo Estado Islâmico (ISIS) entre 2014 e 2017, muitas estruturas religiosas, incluindo igrejas cristãs, foram destruídas ou severamente danificadas.
A reconstrução desses locais sagrados tem sido um importante símbolo de resistência e recuperação para a cidade.
Duas igrejas notáveis que foram alvo de esforços de reconstrução são a Igreja "Nossa Senhora da Hora" e a Igreja Al Tahera.
Ambas são fundamentais para o patrimônio cultural e religioso da cidade e receberam atenção especial tanto da comunidade local quanto de organizações internacionais.
Várias organizações internacionais têm desempenhado um papel crucial nesses esforços, proporcionando fundos e know-how técnico para a reconstrução.
Além disso, programas liderados pela UNESCO e outras entidades têm focado na revitalização da vida cultural e religiosa de Mosul como parte de sua recuperação geral.
A comunidade muçulmana local também demonstrou solidariedade, ajudando nos esforços de reconstrução, o que reforçou a mensagem de unidade e cooperação entre muçulmanos e cristãos na cidade.
Em dezembro de 2015, militantes do grupo terrorista somali Al-Shabaab atacaram um ônibus que viajava de Nairobi para Mandera, uma cidade no nordeste do Quênia, próxima à fronteira com a Somália.
Os militantes do Al-Shabaab emboscaram o ônibus e tentaram separar os passageiros muçulmanos dos cristãos, com a intenção de matar os cristãos, uma tática frequentemente usada pelo grupo para semear divisão e terror.
O ataque tinha a clara intenção de replicar o massacre da Universidade de Garissa, ocorrido em abril do mesmo ano, onde 148 pessoas, a maioria estudantes cristãos, foram brutalmente assassinadas.
Neste ataque, porém, os passageiros muçulmanos se recusaram a seguir as ordens dos atacantes de se separar de seus colegas cristãos.
Em um ato de coragem extraordinária, os muçulmanos, muitos dos quais mulheres, deram suas peças de roupa islâmicas, incluindo hijabs, para os passageiros cristãos, ajudando-os a se disfarçar.
Eles também se colocaram fisicamente entre os atacantes e os cristãos, dizendo aos militantes que teriam que matar todos eles juntos ou deixar todos em paz.
A intervenção corajosa dos passageiros muçulmanos salvou muitas vidas. O ataque resultou em dois mortos e três feridos, um número muito menor do que teria ocorrido se os militantes tivessem conseguido levar adiante seu plano original.
O ato de bravura foi amplamente elogiado tanto nacional quanto internacionalmente como um exemplo de resistência humana ao terror e da força da unidade inter-religiosa.
Ao longo da história muçulmanos publicaram vários livros explicando que os ideais terroristas e extremistas são fruto
Este livro do erudito sírio Muhammad Al-Yaqoubi é uma resposta detalhada às distorções ideológicas promovidas pelo ISIS.
Al-Yaqoubi, que é um respeitado líder religioso sunita, utiliza argumentos baseados em princípios clássicos do Islam para desmantelar as justificativas utilizadas por grupos terroristas.
Jonathan A.C. Brown é um convertido ao Islam e erudito de estudos islâmicos que explora as complexidades da interpretação hadith e como diferentes leituras têm moldado o Islam ao longo dos séculos.
Este livro oferece insights sobre como certas interpretações extremistas podem ser contrariadas com um entendimento mais aprofundado e contextualizado da tradição profética.
Este influente clérigo paquistanês e erudito do Islam sunita tradicional elaborou uma fatwa detalhada que condena o terrorismo e os ataques suicidas perpetrados pela Al-Qaeda e o Talibã.
O livro fornece uma análise baseada nas escrituras islâmicas, refutando a legitimidade religiosa de qualquer forma de terrorismo e destacando a proibição do assassinato de inocentes.
O livro aborda as interpretações históricas e modernas de jihad, diferenciando as dimensões espiritual e militar, e explora como estas se relacionam com os princípios legais islâmicos.
Ele também discute as implicações contemporâneas dessas interpretações na jurisprudência e na prática islâmica, oferecendo uma análise detalhada que visa esclarecer mal-entendidos comuns frequentemente propagadas por interpretações extremistas e fornecer uma visão equilibrada e fundamentada em textos tradicionais.
Em 2017 uma ofensiva significativa do exército egípcio foi realizada contra grupos militantes no norte do Sinai.
Esta região tinha se tornado um reduto para afiliados do Estado Islâmico e outros grupos extremistas que realizavam ataques frequentes contra forças de segurança e civis.
A operação fez parte de uma série de campanhas militares intensivas destinadas a erradicar a presença de militantes no Sinai.
As forças armadas egípcias, incluindo unidades de infantaria, blindados e apoio aéreo, foram mobilizadas para combater os insurgentes em uma das áreas mais desafiadoras do país.
Durante uma dessas operações, Ahmed Mansi comandava uma unidade que enfrentou um ataque significativo por militantes.
No dia de sua morte, a unidade de Mansi foi emboscada por militantes que utilizaram armas de fogo e explosivos.
O confronto foi intenso e resultou na morte de Mansi junto com outros soldados egípcios. A perda foi um golpe duro para o exército egípcio, dada a posição de liderança de Mansi e seu papel crítico nas operações no Sinai.
Sheikh Abdallah Bin Bayyah é um erudito muçulmano proeminente e uma figura de autoridade no mundo islâmico, conhecido por seu compromisso com a promoção da paz, da tolerância religiosa e do combate ao extremismo.
Sheikh Bin Bayyah é o presidente deste Fórum, com sede em Abu Dhabi, que foi lançado em 2014.
O Fórum é uma plataforma para discutir e promover a paz, o entendimento inter-religioso e a coexistência pacífica.
Ele reúne eruditos, líderes religiosos, e pensadores de todo o mundo para colaborar em soluções contra o extremismo e para resolver conflitos envolvendo comunidades muçulmanas.
Em 2016, Bin Bayyah ajudou a organizar e foi uma figura central na Declaração de Marrakesh, um documento histórico focado na proteção dos direitos das minorias religiosas em países de maioria muçulmana.
A declaração, que se baseia tanto em fontes islâmicas quanto em exemplos históricos de convivência pacífica, como a Constituição de Medina, apela aos países muçulmanos para garantir justiça e igualdade para todos os cidadãos, independentemente de sua fé.
Ele frequentemente atua como conselheiro para organizações internacionais e governos sobre como abordar radicalismo e extremismo dentro das comunidades muçulmanas.
Sua abordagem combina profundidade teológica com uma compreensão prática dos desafios contemporâneos.
pós o trágico assassinato do policial Xavier Jugelé em Paris em abril de 2017, um ato de terrorismo reivindicado pelo Estado Islâmico, houve uma resposta significativa da comunidade muçulmana.
Imames de várias partes da França e de outros países organizaram um protesto para denunciar o extremismo e homenagear a memória de Jugelé.
Este evento foi simbólico e demonstrou a solidariedade da comunidade muçulmana com as vítimas do terrorismo e seu firme repúdio ao extremismo.
Imames de França, bem como de outras nações, incluindo alguns vindos do Oriente Médio, participaram do protesto. Eles se reuniram em Paris e marcharam até o local onde Jugelé foi morto.
Os imames carregavam placas com mensagens contra o terrorismo e a favor da paz. O principal objetivo era condenar todas as formas de extremismo e mostrar ao mundo que tais atos de violência não representam o Islam.
Eles buscavam destacar a importância da coexistência pacífica entre todas as religiões e nacionalidades.
A Indonésia, sendo o país com a maior população muçulmana do mundo, desenvolveu várias iniciativas e programas significativos para prevenir o terrorismo e combater o extremismo.
Esses programas variam desde esforços comunitários até políticas nacionais integradas, envolvendo educação, desradicalização e cooperação internacional.
O governo indonésio, por meio da Agência Nacional de Combate ao Terrorismo (BNPT), tem um programa robusto de desradicalização que visa não apenas presos por terrorismo, mas também suas famílias e comunidades.
Este programa inclui assistência psicológica, educação religiosa moderada, e apoio para reintegração social e econômica.
Programas educacionais são uma parte fundamental dos esforços de prevenção ao terrorismo na Indonésia. O governo trabalha em conjunto com líderes comunitários e religiosos para promover uma interpretação moderada do Islam.
Escolas e universidades também são vistas como áreas cruciais para a promoção de valores de tolerância e pluralismo.
A Indonésia tem fortalecido sua legislação antiterrorismo para permitir uma ação mais eficaz contra suspeitos de terrorismo antes que eles possam realizar ataques.
Isso inclui provisões para a detenção preventiva de suspeitos e a criminalização do alistamento em grupos terroristas estrangeiros.
A Coalizão Islâmica Militar para Combate ao Terrorismo (IMCTC, na sigla em inglês), também conhecida como Coalizão Militar Islâmica, é uma aliança de 41 países majoritariamente muçulmanos liderada pela Arábia Saudita, estabelecida em dezembro de 2015.
O principal objetivo dessa coalizão é combater o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, concentrando-se principalmente nos conflitos do Oriente Médio e outras regiões onde o terrorismo é uma preocupação significativa.
Os principais pilares em que a IMCTC baseia sua estratégia são:
A IMCTC não se limita a operações militares, mas também enfatiza a importância de combater a narrativa extremista e de cortar os fluxos de financiamento para grupos terroristas.
A liderança da coalizão afirma que o objetivo é proteger os países muçulmanos dos perigos do terrorismo e do extremismo, sem se envolver em conflitos sectários.
O G5 Sahel é uma iniciativa de cooperação regional que envolve cinco países do Sahel na África - Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade. Todos são nações com populações majoritariamente muçulmanas.
A força conjunta foi estabelecida em 2014 para combater grupos terroristas e organizações criminosas que operam na região do Sahel. Isso inclui grupos como AQIM (Al-Qaeda no Magrebe Islâmico) e o Boko Haram.
Desde a sua formação, a Força Conjunta do Sahel tem realizado operações militares para conter as atividades terroristas.
O Centro Serendi é um dos programas de desradicalização mais conhecidos na Somália, localizado perto de Mogadíscio.
Inaugurado em 2012, o centro é parte de um esforço mais amplo do governo somali, com apoio da AMISOM (Missão da União Africana na Somália) e de outras entidades internacionais, para tratar e reintegrar ex-membros de grupos extremistas como o Al-Shabaab.
O centro oferece aconselhamento psicológico, reeducação religiosa, e treinamento vocacional, incluindo carpintaria, mecânica e outras habilidades práticas.
O Sawab Center é uma iniciativa lançada em julho de 2015. O centro foi estabelecido como um esforço global para combater a propaganda online do Estado Islâmico (EI) e outros grupos extremistas.
Localizado em Abu Dhabi, o centro visa promover mensagens e narrativas positivas que contrariem o discurso de ódio e a radicalização encontrados em plataformas digitais.
O centro utiliza uma variedade de plataformas de mídia social para desmascarar mitos, refutar mensagens extremistas e promover uma visão alternativa que destaque os valores que contrapõem a narrativa radical.
Engaja-se diretamente com usuários de redes sociais para encorajar a disseminação de mensagens positivas e construtivas contra o extremismo.
Realiza campanhas em vários idiomas, alcançando uma audiência global, o que é crucial para sua missão de combater o alcance mundial de grupos extremistas.
A PAIMAN Alumni Trust é uma organização não governamental sediada no Paquistão, conhecida por seu compromisso ativo com a promoção da paz e a prevenção do extremismo violento.
Fundada por Mossarat Qadeem, a organização utiliza abordagens inovadoras e centradas na comunidade para combater o radicalismo, especialmente entre os jovens e mulheres nas áreas vulneráveis do Paquistão.
Principais focos da PAIMAN Alumni Trust incluem:
Imam Abubakar Abdullahi é um líder religioso da Nigéria que ganhou reconhecimento internacional por seu ato de coragem e humanidade em 2018.
Naquele ano, ele salvou a vida de cerca de 300 cristãos na aldeia de Nghar Yelwa, no estado de Plateau, um local frequentemente marcado por conflitos violentos entre diferentes grupos étnicos e religiosos.
Durante um ataque violento por pastores armados, que eram predominantemente muçulmanos Fulani, muitos cristãos da área correram para a casa de Imam Abdullahi buscando refúgio.
Com a situação se agravando e os agressores se aproximando, o Imam tomou a decisão corajosa de esconder os fugitivos em sua casa e na mesquita adjacente.
Imam Abdullahi enfrentou os atacantes, mentindo sobre a presença dos cristãos em sua propriedade e expondo-se ao grande risco pessoal.
Sua intervenção direta e corajosa evitou um derramamento de sangue ainda maior, salvando as vidas desses 300 cristãos.
Por sua bravura, Imam Abdullahi foi um dos cinco laureados com o Prêmio Internacional da Liberdade Religiosa em 2019, concedido pelo Departamento de Estado dos EUA.
Este prêmio reconhece indivíduos excepcionais que se esforçam para promover a liberdade religiosa e a tolerância em suas comunidades e além.
Lassana Bathily é um herói do Mali que ganhou reconhecimento internacional por sua coragem durante um ataque terrorista em Paris.
Em janeiro de 2015, um atirador invadiu um supermercado kosher, o Hyper Cacher, onde Bathily trabalhava como assistente.
O ataque ocorreu em meio a uma série de atentados terroristas em Paris, que incluíram o massacre na redação da revista Charlie Hebdo.
Durante o ataque ao supermercado, Bathily agiu rapidamente para salvar vidas.
Ele escondeu várias pessoas em um refrigerador do supermercado, desligando a máquina para evitar que eles sofressem hipotermia e depois fugindo através de um elevador de carga para buscar ajuda.
Sua ação rápida e pensamento rápido salvaram cerca de quinze clientes.
Inicialmente, quando conseguiu escapar do supermercado e se apresentou à polícia, foi detido sob suspeita de ser um cúmplice dos atiradores.
No entanto, após ser reconhecido como um salvador pelos reféns, ele foi liberado e aclamado como um herói.
Após o incidente, Lassana Bathily foi amplamente elogiado por sua bravura e compaixão. Ele foi naturalizado como cidadão francês em reconhecimento ao seu heroísmo e também recebeu vários prêmios e honras.
A história de Bathily ressalta não apenas o seu ato heróico individual, mas também temas mais amplos de coragem e humanidade em face do terror e da violência.
O revivalismo islâmico nas tariqas sufis é um fenômeno fascinante, que ilustra como essas ordens espirituais não apenas preservam, mas também revitalizam tradições espirituais e sociais dentro do Islam.
Os mestres são focados em resgatar os princípios mais básicos da religião islâmica, e por isso possuem uma mensagem que é capaz de absorver muito bem aquilo que está fora do Islam.
Sheikhs como Nazim al-Haqqani, Habib Ali Jifri, Ibrahim Naisse, Habib Umar e tantos outros, não apenas carregam discursos que vão de encontro com toda narrativa dos extremistas, mas também guiam comunidades que convivem muito bem com pessoas e grupos de outras religiões.
Se engana quem pensa que isso se trata de uma pequena minoria, pois esses e outros mestres possuem milhões de seguidores em todo o mundo.
Os protestos "NichtMitUns" ou "Not With Us" ocorreram na Alemanha em 2017, especificamente em 17 de junho, como uma resposta da comunidade muçulmana aos atos de terrorismo que estavam sendo cometidos em nome do Islam.
Este evento foi particularmente significativo, pois ocorreu durante o mês sagrado do Ramadã, um período que os terroristas frequentemente tentavam explorar para realizar ataques.
A escolha do dia para o protesto foi estratégica, visando enviar uma mensagem forte contra o extremismo.
O protesto reuniu cerca de 10.000 muçulmanos em Colônia, que marcharam para condenar o extremismo e distanciar sua fé das ações de terroristas.
Os organizadores do protesto, e muitos participantes, expressaram sua frustração com a forma como o terrorismo estava sendo associado ao Islam e procuraram claramente afirmar que os atos de violência cometidos por terroristas não representavam sua fé ou sua comunidade.
O Interfaith Mediation Centre (IMC) na Nigéria é uma organização pioneira que promove a paz e a resolução de conflitos entre comunidades de diferentes crenças religiosas.
Fundado em Kaduna por Imam Muhammad Ashafa e Pastor James Wuye, o centro trabalha para facilitar o diálogo entre cristãos e muçulmanos, que frequentemente enfrentam tensões e conflitos na região.
Imam Ashafa e Pastor Wuye têm histórias pessoais significativas que ilustram uma transformação de inimigos em parceiros de paz.
No passado, ambos lideravam grupos militantes religiosos opostos que se confrontavam violentamente.
No entanto, através de um processo de diálogo e reconciliação, eles mudaram de rumo e decidiram trabalhar juntos para promover a coexistência pacífica entre suas comunidades.
O trabalho do IMC inclui programas de educação para a paz, mediação em conflitos comunitários, e iniciativas de construção de pontes entre diferentes grupos religiosos.
A organização também trabalha com jovens, mulheres e líderes comunitários, capacitando-os como agentes de mudança para a promoção da paz.
O impacto do IMC tem sido reconhecido tanto nacional quanto internacionalmente como um modelo eficaz de mediação inter-religiosa, contribuindo significativamente para a redução da violência e para o fortalecimento da paz em áreas marcadas por conflitos religiosos e étnicos na Nigéria.
Em 2005, o caso do "Toronto 18" foi um dos exemplos mais notórios de um complô terrorista desmantelado no Canadá, envolvendo um grupo de jovens muçulmanos que planejavam realizar uma série de ataques em Toronto e em outras partes do Ontário.
O plano incluía a detonação de caminhões-bomba, o ataque a instalações governamentais e o assassinato de figuras políticas, com o objetivo de pressionar o governo canadense a retirar suas forças do Afeganistão.
O plano foi frustrado graças a um muçulmano de origem indiana chamado Mubin Shaikh, que colaborava com a inteligência do Canadá
Na adolescência, Shaikh teve contato com jovens muçulmanos radicais, e ele acabou se tornando um militante extremista.
No entanto, o impacto do atentado de 11 de setembro foi um ponto de virada, fazendo-o questionar suas crenças e ações.
A busca por respostas levou-o à Síria, onde estudou ciências islâmicas e começou a desfazer suas interpretações extremistas sob a orientação de um estudioso.
De volta ao Canadá, Shaikh se sentiu compelido a proteger sua comunidade e sua fé das distorções perpetradas por extremistas.
Sua decisão de trabalhar com a inteligência canadense como agente antiterrorista foi vista por ele como uma extensão de seu dever islâmico.
Na operação que desarticulou o grupo terrorista, ele coletou informações cruciais que levaram à prisão de 18 indivíduos, sendo considerada uma das maiores operações anti-terroristas da história do país.
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