Por: Sheikh Khaled Taqi el Din
O Islam é uma religião revelada por Deus, uma religião do inato que leva em conta as necessidades sexuais humanas e a necessidade de praticá-las com a intenção de prazer de forma permissível, longe do ilícito, para que a raça humana continue e aumente em amor, segurança e conforto psicológico.
Esta religião tornou a prática da vida sexual uma maneira de obter a recompensa divina, de acordo com o Profeta: “No ato sexual de cada um de vós há uma caridade”, então lhe foi perguntado: “Ó Mensageiro de Allah, quando um de nós cumprir seu desejo carnal, ele terá alguma recompensa por isso?” Ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: “Acaso não percebem que se alguém age de acordo com seus desejos carnais de maneira ilícita merece punição? Da mesma forma, quando age de forma lícita, então é merecedor de recompensa.” (Al Arbain Nawawiyyah 25)
O caminho do prazer permissível começa com o casamento legal. O Profeta respondeu a alguns dos Companheiros que declararam que não se casariam até que fossem devotados à adoração, dizendo: “Eu me caso com mulheres. Aquele que está descontente com a minha Sunnah não é meu seguidor.” (Bukhari)
E a relação sexual entre um homem e uma mulher só começa depois do casamento, e antes disso é considerada proibida. Disse o Altíssimo: “E os que são custódios de seu sexo. Exceto com suas mulheres, ou com aquilo que possui sua mão direita; então, por certo, não serão censurados. E quem busca algo, além disso, esses são os transgressores.” (Alcorão 23:5-7)
A relação sexual entre um homem e uma mulher tem certas etiquetas no Islam, e começa com a intenção de se proteger do proibido, e suplicado da forma como foi ensinada pelo Profeta Muhammad: “Ó Allah, afaste de nós o Satanás, e assim também afaste-o daquilo que você nos prover (filhos)” (Muslim 2/1028), bem como os cônjuges também devem se adornar um para o outro.
E disse o Imam al Ghazali sobre a etiqueta sexual: “É recomendável diálogo e comunicação antes, e caso o homem se satisfaça, que então também satisfaça o desejo da mulher.” (Maweizat al Muminin min Ihya Ulum ad Din 108.)
A mulher tem direito a gozar de todo o corpo do homem, assim como o homem de todo o corpo da mulher, com todas as formas de gozo, como beijar, chupar e lamber os órgãos, e o homem deve levar em consideração as necessidades sexuais de sua esposa durante a relação sexual, assim como as da mulher, para que possam ser desfrutadas plenamente. Porém, é vedado o sexo anal a ambos, e não é permitido qualquer relação sexual durante o periodo de jejum, exceto à noite, como disse Allah o Altíssmo: “É-vos lícita, na noite do jejum, a união carnal com vossas mulheres. Elas são para vós vestimentas e vós sois para elas vestimentas.’’ (Alcorão 2:187)
Não é permitido que um homem tenha relações sexuais durante o itikaaf. O Todo-Poderoso disse: “E não vos junteis a elas, enquanto estiverdes em retiro nas mesquitas.” (Alcorão 2: 187), e não é permitido que um homem tenha relações sexuais com uma mulher durante a menstruação ou pós-parto.
É obrigatório para ambos os cônjuges realizarem o banho completo após a relação sexual, que é chamada de “lavagem para remoção de impurezas”, e não é permitido ao marido e mulher sairem espalhando para as pessoas sobre suas relações íntimas, pois disse o Mensageiro de Allah: “A pior das pessoas em posição perante Allah no Dia da Ressurreição é o homem que tem relações sexuais com sua esposa, e ela com ele, e então revela seus segredos.” (Bulugh al Maram, livro 8, hadith 1017)
Torna-se claro para nós que a relação sexual entre cônjuges no Islam tem regras, fundamentos e um sistema, e é baseada no amor, amizade e felicidade de uma parte para a outra, e é assim que a vida continua, as famílias crescem e as nações avançam.
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