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A História dos Muçulmanos que lutaram contra o Talibã

A maior resistência que o Talibã enfrentou em sua história não era russa ou americana, mas sim de uma coalizão de facções islâmicas.
  • A invasão soviética ao Afeganistão em 1979 provocou o surgimento de vários grupos guerrilheiros, motivando sucessivas guerras até 2021.
  • A situação de violência, pobreza e calamidade fez com que muitas pessoas tivessem esperanças que o Talibã conseguisse resolver esses problemas.
  • No entanto, isso também trouxe um regime repressivo que foi combatido por uma coalizão de mujahedins que governou o país entre 1992 e 1996.
  • Essa resistência ao Talibã continua inspirando pessoas que se opõe ao governo afegão até os dias atuais, seja dentro do país ou na diáspora.

Em 2021 o Talibã voltou ao poder no Afeganistão. O grupo ficou marcado no ocidente pelo fundamentalismo religioso e por seu governo repressivo.

A história do grupo é complexa, assim como a menos conhecida trajetória dos grupos que lhe fazem ou fizeram resistência, que são mais antigos que o próprio Talibã.

A Aliança do Norte foi uma coalizão de mujahedins que conteve o avanço do Talibã e impediu durante muitos anos que o grupo dominasse todo o país.

Esses mujahedins travaram conflitos armados desde a invasão dos soviéticos no Afeganistão e por terem interesses antagônicos, disputaram o poder por décadas, incluindo contra o Talibã.

Embora não possua a mesma força de outrora, o grupo ainda existe e continua sendo a principal oposição ao atual governo afegão.

Quando esteve no poder, entre 1992 e 1996, propôs um governo islâmico que buscava uma conciliação entre diferentes setores da sociedade, revelando que seu oponente Talibã não possui o monopólio do discurso religioso e nem é um representante oficial da religião islâmica como um todo.

O Início da Guerra no Afeganistão

Em 1978 o Afeganistão viveu uma revolução socialista conhecida pelo nome de revolução Saur.

O país que era bastante pobre e pouco desenvolvido já estava passando por algumas reformas para modernizá-lo e o governo socialista decidiu elevar isso a um patamar mais alto.

Reformas agrárias, introdução de um novo sistema monetário e mais direitos para as mulheres foram concedidos, mas ao contrário dos avanços ocorridos no passado, dessa vez eles não ficaram restritos às áreas urbanas, mas também foram levados para o interior.

As vilas interioranas, além de ser a paisagem predominante do país, ainda tinham relevância econômica, pois é onde passavam as principais rotas comerciais.

As reformas, no entanto, não levaram em conta muitas peculiaridades das áreas rurais e logo se transformaram em problemas para a população camponesa.

De acordo com o governo, o confisco de terra atingiu 4% da população, mas isso acabou resultando em uma queda na colheita, o que gerou descontentamento na população.

Além disso, o novo sistema monetário no país acabou fazendo com que as pessoas deixassem de fazer empréstimos com proprietários de terras. 

O governo, por sua vez, não tinha crédito o suficiente para atender a demanda do povo, o que acabou empobrecendo as comunidades de forma progressiva.

Uma das medidas do governo que deu mais dignidade para as mulheres foi a proibição do dote. Na tradição islâmica, o marido dá um valor a sua noiva para que ela tenha uma segurança financeira caso ele morra ou haja um divórcio no futuro.

No código tribal da etnia pashtun, que é o predominante no Afeganistão, o dote era pago para a família da noiva, o que na prática configurava um preço pelo casamento.

A proibição deste pagamento gerou muita insatisfação, pois as famílias, especialmente as mais pobres, perderam uma fonte de renda.

A maior equidade de direito entre mulheres desafiou muitos valores tribais, e a ideia do governo de expandir a educação e a escolaridade secular representaria um declínio da influência dos mullahs.

Os mullahs eram os chefes das tribos. Embora eles fossem intérpretes da sharia e uma das poucas pessoas letradas das aldeias, o juízo deles era influenciado por valores tribais, tornando o Islam no Afeganistão algo bem particular.

Além disso, o socialismo do governo não era bem visto pois estava associado ao ateísmo e, mesmo que nunca tenha havido uma oposição direta à religiosidade islâmica, esse contraste foi reforçado à medida que os costumes tradicionais foram dando espaço ao progressismo.

Esses fatores somados a outros acabou agravando a oposição na sociedade, o que novamente o governo falhou em lidar.

A repressão se alastrou por todo o país, inclusive no campo, onde a população não estava acostumada com as batidas policiais, que normalmente ficava restrita às áreas urbanas.

Os presos políticos eram levados para a infame prisão de Puli Charki em Cabul, na qual segundo estimativas da Anistia Internacional apontam que 12 mil pessoas desapareceram após serem levadas para lá. [1]

Em 2006 uma vala comum foi descoberta perto de Puli Charki, ali foram encontrados vários corpos, com estimativas apontando que haviam 2 mil pessoas enterradas naquele local. [2]

As revoltas armadas começaram a aparecer em pontos periféricos do Afeganistão, e logo chegaram aos centros urbanos, gerando uma situação catastrófica que motivou o governo a solicitar a intervenção dos soviéticos no país, iniciando uma guerra que duraria 10 anos e incitando o surgimento de uma resistência.

O Surgimento dos Mujahedins

A situação do Afeganistão era extremamente complexa e o descontentamento com o governo se tornou generalizado após a invasão soviética.
Em 1980, havia 84 grupos insurgentes no Afeganistão lutando por diferentes causas. Havia grupos religiosos radicais e moderados, nacionalistas e até mesmo socialistas lutando contra o governo.

As facções ainda tinham diferenças tribais, étnicas e religiosas. O Afeganistão possui nove etnias, sendo que a maioria delas é sunita, mas uma pequena parte da população é xiita.

Ao longo da guerra, houveram algumas tentativas de unificar todas as frentes, mas isso nunca foi possível.

Os grupos que tiveram mais notoriedade foram os que receberam apoio dos EUA, Paquistão, Arábia Saudita e China, todos eles adversários políticos da União Soviética. 

Os mujahedins apoiados formavam uma frente composta por sete grupos islamistas políticos e conservadores, todos eles sunitas ou wahabitas. Esses grupos ficaram conhecidos como "os sete de Peshawar".

Dentre esses sete grupos dois deles seriam marcantes na história do Afeganistão.

Um deles foi o Jamiati Islami, uma facção islâmica moderada. Por ser composto principalmente pela etnia minoritária dos tadjiques, defendia uma cooperação com diferentes setores da sociedade, incluindo não-muçulmanos. 

Se tornou um dos principais grupos por causa das suas conquistas militares ao longo da guerra. 

Já o Hizbi Islami era uma facção islâmica radical inspirada na Irmandade Muçulmana. Foi o grupo que mais recebeu investimentos da inteligência do Paquistão (ISI) e da CIA.

Além deles, houveram grupos nacionalistas da etnia majoritária pashtun, facções favoráveis ao retorno da monarquia e fundamentalistas religiosos wahabitas e deobandis que tiveram menor papel de destaque.

A ação dos mujahedins foi a principal razão da retirada dos soviéticos em 1989. A URSS continuou dando suporte ao governo afegão após a retirada, mas com a queda do regime socialista em Moscou, o regime de Cabul não conseguiu mais suportar as investidas dos mujahedins. [3]

Um Governo de Coalizão

No dia 28 de abril de 1992, os mujahedins celebraram a sua vitória, mas a paz não prevaleceu. Estava previsto em um acordo a criação de um governo de coalizão para fazer a transição de regimes, mas o Hezbi Islami se rebelou e iniciou uma nova guerra civil que durou entre 1992 e 1996.

Durante aqueles anos, o país viveu um período de terror generalizado, com bombardeios constantes, atentados suicidas, baixas imensas de civis, estupros e pobreza extrema, sobretudo em Cabul e sua região metropolitana, que eram intensamente disputadas pelas facções. [6]

O novo governo carregava ideais religiosos e sua coalizão também era de lideranças muçulmanas.

Neste período, as mulheres passaram a usar o lenço, álcool e bares foram proibidos e o sistema penal contava com pena de morte para crimes graves.

No entanto, o partido do presidente Burhanuddin Rabbani, Jamiati Islami, quase não contava com pessoas da etnia majoritária pashtun, o que representava um problema para gerar identificação com parte significativa da população.

Além disso, a minoria tadjique acabou enriquecendo muito durante o governo da coalizão, fazendo com que as acusações de corrupção logo se tornassem um grande problema.

Os conflitos das facções da coalizão representaram um estrondoso fracasso para o novo governo em propor a paz, gerando uma angústia ainda maior em todos os afegãos, que demandavam respostas mais contundentes aos problemas do país. [4] [5]

O Surgimento do Talibã

Em 1994, enquanto a guerra civil aterrorizava o Afeganistão e ceifava a vida de centenas de milhares de pessoas, um novo movimento liderado por Mullah Mohammed Omar atraia o interesse de jovens estudantes de madrassas no Afeganistão e Paquistão, além de dissidentes de outros grupos mujahedins.

O movimento, que viria a ser conhecido como Talibã representava a renovação da esperança, pois pretendia acabar com a guerra e a corrupção através de um profundo resgate da religião islâmica.

Visando estabelecer um governo que apoiasse seus interesses, o Paquistão enviou cerca de 15 mil estudantes de madrassas para se juntarem às fileiras do Talibã, todos eles aderiram à doutrina revisionista e radical Deobandi. O grupo também recebeu armamento e suporte financeiro. 

Com este contingente, o foco principal do governo deixou de ser contra os mujahedins dissidentes e se voltou contra o avanço avassalador do Talibã.

O novo grupo rebelde acabou ganhando muito apoio da população dos locais onde dominava, pela sua eficácia em reduzir a violência, criminalidade e a corrupção nessas áreas, permitindo a retomada do comércio.

O contingente do Talibã cresceu rapidamente para 25 mil soldados em apenas um ano. Com esse rápido aumento, era questão de tempo que eles tomassem a capital, Cabul, o que de fato ocorreu em 1996. [6]

A antiga coalizão de mujahedins que governou o país ficou restrita a algumas províncias ao norte do país e, com isso, passou a ser chamada de Aliança do Norte.

Esta derrota, marcou o início de uma segunda etapa na guerra civil, na qual o Talibã governou a maior parte do Afeganistão em um regime que ficou marcado pela forma autoritária de lidar com os costumes e problemas do país.

Os líderes do governo afegão foram exilados, somente Ahmad Shah Massoud permaneceu no país e liderou a resistência. 

Apenas Arábia Saudita, Emirados Árabes e Paquistão reconheceram o governo do Talibã, na prática, o governo exilado continuava como o representante do país perante a comunidade internacional, mas não tinha poder efetivo dentro do Afeganistão.

Uma Aliança Contra o Talibã

O governo do Talibã promoveu uma forte repressão. Entre algumas proibições do período estão: pintura, fotografia, filmagem, internet, algumas práticas esportivas, empinar pipa, criar pombos, cinemas, jogar xadrez, celebrar o ano novo, etc.

Mulheres não podiam mais ir à escola ou universidade, sair na rua desacompanhadas de um homem e deveriam cobrir o rosto e o cabelo com uma burca - um tipo de véu que cobre o rosto e o corpo.

Homens não podiam aparar a barba muito curta e poderiam ser presos caso perdessem as orações obrigatórias.

Além disso, o grupo ajudou a estabelecer os terroristas da Al-Qaeda no país, ganhando suporte militar do terrorista Osama Bin Laden. [8]

Centenas de pessoas migraram da metade do Afeganistão do Talibã para a parte sob domínio da Aliança do Norte, onde tinham mais liberdade, mesmo estando sob um governo islâmico. [7]

Com a força do Talibã, muitos grupos armados do Afeganistão não tiveram outra chance a não ser se juntar à Aliança do Norte, boa parte deles eram facções da etnia hazara, de orientação xiita, que tinha o apoio do Irã, mas também havia alguns pashtuns sunitas e outros dissidentes do Talibã.

Também neste grupo estavam antigas facções aliadas ao regime socialista, como é o caso da milícia Junbishi Milli, liderada pelo general Abdul Rashid Dostum. [9]

Se por um lado o Paquistão era o grande patrocinador do Talibã, por outro, sua adversária Índia foi responsável por armar e equipar o exército da Aliança do Norte. [10]

Outro importante aliado foi o Irã, que já dava suporte para os grupos xiitas e continuou apoiando-os depois da unificação da resistência. [11]

Em termos práticos, o grupo foi o único capaz de resistir aos avanços do Talibã e assegurar que uma parte considerável do país fosse autônoma em relação ao controle dos fundamentalistas.

Entre 1996 e 2001, a ONU estima que o Talibã cometeu 15 massacres de civis em todo o país. Supõe-se que esse número poderia ter sido maior se não houvesse resistência imposta pela Aliança do Norte. [12]

Comandante Ahmad Shah Massoud.

As batalhas pelas conquistas da cidades eram muito prolongadas e desgastantes. Em 1998 a Aliança do Norte sofreu uma grande perda na cidade de Mazari Sharif, levando Dostum ao exílio. [13]

Com isso, Massoud tornou-se o único comandante em combate da resistência ao Talibã e o risco de que o país todo fosse dominado pelo grupo fundamentalista era iminente. 

Em abril de 2001, Massoud esteve no parlamento europeu para pedir intervenção humanitária no Afeganistão e disse que a Al-Qaeda planejava um ataque em larga escala em solo americano e, portanto, era preciso intervir imediatamente. [14]

O comandante da resistência foi assassinado em 9 de setembro daquele ano por dois terroristas se passando por jornalistas. Eles esconderam uma bomba em uma câmera e a detonaram. [15]

Dois dias depois a Al-Qaeda fez uma série de ataques nos EUA com aviões, incluindo os famosos atentados do World Trade Center e do pentágono.

Esta ofensiva motivou um contra-ataque americano, que conseguiu expulsar o Talibã para o Paquistão. Eleições presidenciais foram estabelecidas, Hamid Karzai, um colaborador de Massoud, se tornou o novo presidente do Afeganistão.

Ahmad Massoud, filho de Ahmad Shah Massoud.

A Resistência ao Talibã nos Dias Atuais

Em 2004, o jornal The New York Times noticiou que os líderes do Talibã haviam se reagrupado. [16]

Nos anos seguintes, o grupo voltou a expandir suas atividades pelo país. A extrema pobreza e a indignação com a invasão americana foram as principais razões do ressurgimento. [17]

Grupos de guerrilha afegãos e paquistaneses foram se juntando em torno do Talibã e começaram a fazer novos ataques no Afeganistão. [18]

Em 2016 o Talibã já havia expandido muito suas atividades e 10% do país já havia sido conquistado por ele, além de outros 26% do território que estavam sendo disputados contra os militares afegãos apoiados pelos EUA. [19]

Em 2020, EUA e Talibã assinaram um acordo que garantia a retirada das tropas americanas do país no ano seguinte e, em contrapartida, o Afeganistão não deveria mais se tornar uma plataforma que ameaçasse a segurança dos EUA. [20]

Logo após a retirada dos americanos o Talibã retomou o poder no Afeganistão, com exceção da província de Panjshir, onde iniciou-se uma nova insurgência comandada por Ahmad Massoud, filho de Ahmad Shah Massoud. [21]

Eles executaram ataques de guerrilha e fuga, mas não conseguiram manter as suas posições e, atualmente, as lideranças do movimento chamado Frente de Resistência Nacional do Afeganistão estão em exílio. [22]

Por causa disso, uma geração inteira de afegãos que nunca viveram sob domínio do Talibã estão tendo essa experiência pela primeira vez.

Conclusão

A resistência ao Talibã possui a mesma origem do grupo fundamentalista que está atualmente em poder no Afeganistão, que foi a ideologia anti-comunista e adepta ao Islam político em resistência ao regime ditatorial pró-soviético que se instaurou no país em 1979.

A queda da ditadura foi seguida por um conflito civil motivado pela disputa das facções em atividade no Afeganistão que buscavam controlar o país.

O governo de transição previa uma coalizão entre as facções, mas isso não foi respeitado pela liderança do grupo radical Hizbi Islami. 

O prolongamento da guerra levou o país ao caos total, causando desespero na população, mas quando o Talibã foi criado, uma nova esperança surgiu.

Embora o Talibã tenha solucionado alguns problemas, como a diminuição da violência nas áreas que ele comandava permitindo a retomada do comércio, uma dura repressão se instaurou entre a população, sobretudo entre as mulheres.

O crescimento do Talibã foi avassalador e impulsionado não apenas por apoio popular, mas também pelo suporte militar da inteligência do Paquistão.

Durante anos, a resistência intitulada Aliança do Norte garantiu que boa parte do país não fosse dominada pelo Talibã, mas com a nova ascensão dos fundamentalistas em 2021, ela perdeu muita força e acabou sucumbindo.

Após 20 anos, muitas pessoas não viveram em um país sob domínio do Talibã. Uma vasta comunidade em diáspora pressiona por mais inclusão e democracia no país.

O Afeganistão é um país arrasado pela guerra e pobreza com um enorme desafio na mão. Uma vez estabelecido no poder, o Talibã precisará adequar a sua agenda para traçar parcerias econômicas internacionais e estabelecer uma estabilidade política maior do que o país possui hoje.

Referências

[1] MALE, Berveley. Revolutionary Afghanistan. 1982, Disponível em: https://www.marxists.org/history/afghanistan/archive/revolutionary-afghanistan.pdf

[2] Fighting resumes at Afghan prison as talks fail. 2006, Diponível em: https://www.nbcnews.com/id/wbna11591846

[3] KAKAR, M. Hassan. The Soviet Invasion and the Afghan Response, 1979-1982. 1995, Disponível em:https://publishing.cdlib.org/ucpressebooks/view?docId=ft7b69p12h;chunk.id=0;doc.view=print

[4] Burhanuddin Rabbani obituary. 2011, Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2011/sep/21/burhanuddin-rabbani-obituary

[5] Death Of A Statesman: Burhanuddin Rabbani,. 2011 Disponível em: https://www.rferl.org/a/commentary_death_statesman_rabbani/24338917.html

[6] The Afghan Talibã. 2018, Disponível em: https://cisac.fsi.stanford.edu/mappingmilitants/profiles/afghan-Talibã

[7] Re-Creating Afghanistan: Returning to Istalif. 2002, Disponível em: https://web.archive.org/web/20131023072254/http://www.npr.org/programs/morning/features/2002/aug/afghanistan/

[8] MATINUDDIN, Kamal. The Talibã Phenomenon: Afghanistan 1994-1997. 1999, Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=BIyVMkjat2MC&redir_esc=y

[9] Military Assistance to the Afghan Opposition, 2001, Disponível em: https://www.hrw.org/legacy/backgrounder/asia/afghan-bck1005.htm

[10] How India secretly armed Afghanistan’s Northern Alliance. 2019, Disponível em: https://www.thehindu.com/news/national/how-india-secretly-armed-ahmad-shah-massouds-northern-alliance/article29310513.ece

[11] HOWARD, Roger. Iran in Crisis?: Nuclear Ambitions and the American Response. 2013, Disponível em:

https://books.google.com.br/books?id=awljDgAAQBAJ&pg=PT81&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false

[12] Talibã Atrocities Confidential UN report details mass killings of civilian villagers. 2001, Disponível em: https://web.archive.org/web/20021118162327/http://www.papillonsartpalace.com/massacre.htm

[13] AFGHANISTAN: THE MASSACRE IN MAZAR-I SHARIF. 1998, Disponível em: https://www.hrw.org/legacy/reports98/afghan/Afrepor0-01.htm

[14] Ahmad Shah Massoud: Lion of Afghanistan, Lion of Islam (5/7). 2011, Disponível em:

 Ahmad Shah Massoud: Lion of Afghanistan, Lion of Islam (5/7)

[15] Death of an Afghan icon: The assassination of Ahmad Shah Massoud. 2021, Disponível em: https://www.france24.com/en/live-news/20210908-death-of-an-afghan-icon-the-assassination-of-ahmad-shah-massoud

[16] World Briefing | Asia: Afghanistan: Talibã Leader Vows Return. 2004, Disponível em: https://www.nytimes.com/2004/11/13/washington/world/world-briefing-asia-afghanistan-Talibã-leader-vows-return.html

[17] Afghan Fighting Flares as Talibã Revives. 2006 Disponível em: https://www.npr.org/2006/05/27/5436132/afghan-fighting-flares-as-Talibã-revives

[18] Empowering “Soft” Talibã Over “Hard” Talibã: Pakistan’s Counter-Terrorism Strategy. 2008, Disponível em: https://web.archive.org/web/20080820025723/http://www.jamestown.org/terrorism/news/article.php?articleid=2374331

[19] Carter visits Afghanistan as Obama plans handoff of 15-year war. 2016, Disponível em: https://edition.cnn.com/2016/12/09/politics/ash-carter-afghanistan-visit/index.html

[20] Afghanistan’s Talibã, US sign agreement aimed at ending war. 2020, Disponível em https://www.aljazeera.com/news/2020/2/29/afghanistans-Talibã-us-sign-agreement-aimed-at-ending-war

[21] ‘Panjshir stands strong’: Afghanistan’s last holdout against the Talibã. 2021, Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2021/aug/18/panjshir-stands-strong-afghanistans-last-holdout-against-the-Talibã

[22] Frustrated with the Talibã, US Officials Meet Anti-Talibã Figures. 2022, Disponível em: https://www.voanews.com/a/frustrated-with-the-Talibã-us-officials-meet-anti-Talibã-figures/6885231.html

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