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Descubra tudo que o Alcorão fala sobre os judeus

As revelações do Alcorão sobre os judeus dividem entre: israelitas antigos, toda religião judaica e às tribos que viviam entre os árabes.
  • O Alcorão apresenta o judaísmo como uma religião revelada por meio da Torah, que foi enviada por Allah ao Profeta Moisés.
  • No entanto, os judeus adulteraram o livro sagrado e corromperam várias das práticas que Allah havia prescrito.
  • As histórias dos profetas enviados aos israelitas antigos também está no Alcorão.
  • O Alcorão também menciona as tribos judaicas que viviam na Arábia, que tentaram guerrear contra o Profeta Muhammad e destruir o Islam.

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O Alcorão é o livro sagrado do Islam, que contém revelações de diversas naturezas, como histórias de profetas e pessoas piedosas, ou orientações e admoestações que Deus deu aos muçulmanos através do Profeta Muhammad.

As escrituras não foram entregues todas de uma só vez, mas reveladas aos poucos de acordo com as situações e necessidades que os muçulmanos enfrentavam.

No entanto, usando a analogia, os exemplos e os ensinamentos transmitidos pelo Profeta Muhammad, nós podemos aplicar os ensinamentos do Alcorão para qualquer ocasião até os dias atuais.

Entender o contexto dessas revelações não é apenas um simples detalhe, mas algo fundamental para a compreensão do texto sagrado.

É por isso que neste texto nós iremos falar sobre quais judeus o Alcorão está se referindo e distinguir entre aquilo que se refere a indivíduos e à religião como um todo.

Referências aos judeus no capítulo 2

O capítulo 2 do Alcorão foi revelado em Medina, uma cidade onde muitas tribos judaicas habitavam ali.

O livro sagrado se refere aos judeus de forma muito amistosa nesses primeiros momentos, relembra a aliança que Allah havia feito aos filhos de Israel, detalhe que também é destacado na Bíblia, e convida a todos a retomarem o caminho da retidão e a refletirem sobre a mensagem do Islam.

"Ó filhos de Israel! Recordai-vos das Minhas mercês, com que vos agraciei. Cumpri o vosso compromisso, que cumprirei o Meu compromisso. Temei somente a Mim." (Alcorão 2:40)

"Ó filhos de Israel! Recordai-vos de Minhas mercês, com que vos agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporâneos."(Alcorão 2:47)

Em seguida os judeus são destacados como uma das religiões do "Povo do Livro", junto com os cristãos e sabeus. 

Trata-se de um modo respeitoso de se referir a essas religiões, pelo fato delas terem preservado a crença no Deus Único e no Dia do Juízo.

"Os que creem (neste livro) e aqueles dentre os judeus, os cristãos, e os sabeus ¹, que creem em Deus e no Derradeiro Dia e fazem o bem terá seu prêmio junto de seu Senhor. Não há temor sobre eles, nem se entristecem." (Alcorão 2:62)

Embora o Alcorão valorize aquilo que os judeus preservaram de forma correta em sua religião, ele também diz que muitos judeus abandonaram a orientação que Deus havia prescrito em suas escrituras.

"Uma vez, firmamos a aliança com os filhos de Israel; “Não adoreis senão a Deus; tratai com benevolência vossos pais e os parentes, os órfãos e os necessitados; dizei aos homens belas palavras, e cumpri a oração, e concedei o zakat.” Em seguida, exceto poucos de deles, voltaram as costas, dando de ombros." (Alcorão 2:83)

Os erros não se resumem a questões práticas, mas problemas teológicos, porque na perspectiva islâmica, os judeus cometeram um erro grave ao abrir mão das mensagens entregues pelos profetas João Batista, Jesus e, posteriormente, Muhammad.

A obstinação deles em renegar a mensagem desses profetas não é, portanto, um sinal de fé forte, mas sim uma maldição que Allah enviou pela incredulidade.

E dizem: “Nossos corações estão encobertos”. Não. Mas Allah os amaldiçoou por sua renegação da Fé. Então, quão pouco crêem! (Alcorão 2:88)

Os judeus, no entanto, recusavam a mensagem do Islam, alegando que não poderiam aceitar o Alcorão pois ele havia sido enviado pelo Anjo Gabriel, que enviava mandamentos e é rigoroso.

Eles também acrescentaram que poderiam aceitar a mensagem do Alcorão se ela tivesse vindo do anjo Miguel, que está ligado à misericórdia divina.

Deus então diz que os anjos são apenas mensageiros, e com isso quer dizer que o importante do Alcorão era a mensagem.

"Quem for inimigo de Deus, de Seus anjos, dos Seus mensageiros, de Gabriel e de Miguel, então Deus é inimigo dos incrédulos." (Alcorão 2:98)

Mais a frente, o Alcorão fala sobre judeus e cristãos que se acusam mutuamente de se desviarem da revelação divina, mas diz que isso não é verdade e lembra a ambos que a salvação vem através do monoteísmo puro, que o Islam chama de tawhid, e seguir os profetas de seu tempo.

"(Judeus) Disseram: “Ninguém entrará no Paraíso, senão quem é judeu” ou (Cristãos) “senão quem é cristão.” Essas são suas idéias fictícias. Diz: “Trazei vossas provanças, se sois verídicos.”" (Alcorão 2:111)

"Apesar de lerem o Livro (a Torá), os judeus dizem: “Os cristãos não têm base”, e os cristãos dizem: “Os judeus não têm base”. Assim, os que nada sabem dizem algo igual a seu dito. Deus julgará, entre eles, no Dia da Ressurreição, naquilo de que discrepam." (2:113)

Mesmo que o Profeta tenha esforçado muito, os judeus não se convenceram da mensagem do Islam. Allah então envia uma revelação ao Seu Mensageiro para dizer que não é preciso buscar agradá-los, pois eles eram orgulhosos demais para se converterem.

A revelação conclui lembrando do favor que Deus fez a Israel, e advertindo novamente sobre o erro que eles estão cometendo em rejeitar o Islam.

"Nem os judeus, nem os cristãos, jamais ficarão satisfeitos contigo, até que sigas a religião deles. Diz: “O caminho certo é o caminho que Deus orienta” Se tu seguires o desejo deles depois do conhecimento que te chegou, não terás, proximidade nem a ajuda de Deus. Aqueles que seguem devidamente o Livro que concedemos[¹], creem neste Livro também. Os perdedores são aqueles que ignoram isso (livro). Ó filhos de Israel! Lembrai-vos de Minha graça, com que vos agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporâneos[¹]." (Alcorão 2:120-122)

Tanto os judeus quanto os cristão diziam aos muçulmanos que eles deveriam seguir a mesma o judaísmo e o cristianismo respectivamente, mas os muçulmanos deveriam simplesmente se afastar deles e dizer que seguem a fé de Abraão, que era um monoteísta puro.

"E eles[¹] dizem: “Sede judeus ou cristãos, vós sereis guiados.” Dize, Muhammad: “Não, mas seguimos a crença de Abraão, monoteísta sincero, e que não era dos idólatras.”" (Alcorão 2:135)

Em seguida, Allah lembra a todos que o povo de nenhuma religião será julgado com base em sua ancestralidade, mas sim com base em suas crenças e ações. Todos os profetas eram muçulmanos, portanto, o fundamental é a crença e não o sangue.

"Dizeis que Abraão, Ismael, Isaque, Jacó e seus descendentes eram judeus ou cristãos? Diz: “Vós sabeis melhor ou Deus?” Quem mais injusto que aquele que oculta a verdade que lhe foi mostrado por Deus? Deus não está desatento ao que fazeis." (Alcorão 2:140)

Os judeus foram especialmente agraciados por Allah, por isso tantos profetas foram enviados a eles, mas no fim, acabaram deixando de seguir as revelações posteriores por ganhos mundanos, seja tradição familiar ou linhagem sanguínea para evitar boicotes de sua comunidade.

Aos que rejeitaram os profetas por ganhos mundanos, Allah diz:

"Pergunta aos filhos de Israel, quantos sinais elucidativos lhes concedemos! Quem troca a graça de Deus, após haver-lhe chegado saiba que Deus correlaciona estritamente a punição com o crime. (2:211)"

Ao final do capítulo 2 do Alcorão, é narrada uma história de Saul, o primeiro rei de Israel, que os hebreus não aceitaram como líder e faziam várias objeções mesquinhas para não lutar pela causa de Allah enquanto Saul fosse governante.

Sua história é narrada neste ponto para ressaltar o valor de empreender esforços na causa de Allah, ainda mais em um momento difícil para um país, como é o caso de uma guerra.

A história de Saul aparece na Bíblia no 1º livro de Samuel 9 e em 1º Crônicas 9-10 

Não viste os dignitários dos Filhos de Israel, depois de Moisés? Quando disseram a um de seus profetas: “Envia-nos um rei, nós combateremos no caminho de Allah”, o profeta disse: “Quiçá, não combatêsseis, se vos fosse prescrito o combate?” Disseram: “E por que razão não combateríamos no caminho de Allah, enquanto, com efeito, nos fizeram sair de nossos lares e nos separaram de nossos filhos?” Então, quando lhes foi prescrito o combate, eles, exceto alguns poucos, voltaram as costas. E Allah, dos injustos, é Onisciente.

Resumo do capítulo 2 

O capítulo 2 convida os judeus para seguirem o Islam, mas diz aos muçulmanos que os judeus guardam parte da revelação divina e, portanto, podem ser integrados na sociedade islâmica tendo liberdade de culto.

No entanto, embora eles tenham guardado parte da revelação, os judeus também rejeitaram outros profetas e livros sagrados, portanto, os muçulmanos não devem seguí-los, pois isso levaria à descrença.

Sobre a salvação se dar por meio de uma linhagem sanguínea, é algo prontamente negado pelo Alcorão, pois isso se dá apenas por meio da fé e boas ações.

Esta visão embora não seja idêntica, é semelhante a definição da Nova Aliança encontrada no livro de Hebreus, na Bíblia, pois ambos rejeitam que a salvação está ligada a uma revelação entregue a um povo em particular, mas sim pela fé e boas ações, e isso se estende a toda humanidade, independente da origem.

Referências aos judeus no capítulo 3

A primeira referência que o Alcorão faz  aos judeus no capítulo 3 é a respeito das afirmações enganosas, de que eles só seriam punidos no inferno por no máximo 40 dias.

Este foi o período que os filhos de Israel adoraram o bezerro de ouro enquanto Moisés estava no Sinai.

O Alcorão diz, no entanto, que é um grande erro acreditar que a punição será tão pouca apenas por eles serem descendente dos profetas.

"Não viste aqueles que têm conhecimento do Livro de Deus (judeus)? Enquanto convocados ao Livro de Deus para que julgasse entre eles, um grupo deles recuou , virando as costas.

Isso é porque eles dizem: "O Fogo não nos tocará senão por dias consecutivamente adicionados" Suas próprias invenções a respeito da sua religião os enganam." (Alcorão 3:23-24)

No versículo seguinte, os filhos de Israel são brevemente mencionados apenas para falar da mensagem do profeta Jesus, que foi enviado aos judeus com a revelação do Evangelho. Isso não é algo controverso, pois o próprio Messias afirma isso na Bíblia no livro de Mateus 15:24.

Quando Jesus veio como mensageiro aos filhos de Israel (disse): “Eu vi a vós com uma evidência de vosso Senhor. Eu vos crio do barro uma estátua de pássaro  e, sopro nela, e ela se torna pássaro com a permissão de Deus. Curo o cego de nascença, e quem estavam com vitiligo. Dou a vida aos mortos, com a permissão de Deus. Informo a vos do que comeis e do que entesourais em vossas casas. Há nisso evidência se vós credes e confiais em Deus. (Alcorão 3:49)

Em seguida o livro sagrado coloca outro profeta em perspectiva, afirmando que a religião de  Abraão era o Islam, algo que também é dito sobre os outros mensageiros de Allah.

"Abraão não era nem judeu nem cristão. Ele se orientou a verdade e se submeteu a Deus. Ele não foi dos mushriks (que colocam Deus em segundo lugar)." (Alcorão 3:67)

O capítulo faz uma última menção aos judeus após um incidente em que eles repreendem o Profeta por consumir carne de camelo, dizendo que isso havia sido proibido por Allah a Abraão.

O Profeta responde que isso era lícito para Abraão, e Allah confirma através da revelação de que o Profeta Jacó (Israel) se negava a comer por uma razão específica e, por isso, seus descendentes também não comiam para o seu próprio.

(Os judeus disseram) todos os alimentos são lícitos aos filhos de Israel exceto os que Israel proibiu a si mesmo antes que a Torá foi descida. Diz: “Trazei a Torá e lede se vós estais sinceros em vossa afirmação” (Alcorão 3:97)

A própria Torá confirma o que o Profeta Muhammad havia dito, e isso pode ser constatado mesmo nas cópias modernas da Bíblia cristã.

A proibição da carne de camelo aparece pela primeira vez no livro de Levítico 11:4, durante o período em que os judeus estavam no Monte Sinai, já na época em que Moisés estava entregando as revelações da Torá, muito tempo depois da morte de Abraão.

Resumo do capítulo 3

O terceiro capítulo do Alcorão não possui muitas controvérsias com relação aos judeus, e foca principalmente em corrigir o que, na perspectiva islâmica, são crenças erradas dos filhos de Israel.

Algumas dessas referências não são uma resposta apenas aos judeus, mas também aos cristãos, que também formavam outro povo que contestava as revelações corânicas.

Referências aos judeus no capítulo 4

A primeira referência aos judeus no capítulo 4 do Alcorão está direcionado especialmente aos que viviam no período do Profeta, que formavam uma comunidade religiosa expressiva na cidade de Medina, e portanto não tinham vergonha de destilar seu preconceito contra os muçulmanos.

Naquele tempo, os judeus usavam expressões de duplo sentido para ridicularizar a fé dos muçulmanos, com isso ao dizer a palavra "ouvimos" eles escolhiam um termo no idioma árabe que implicitamente era usado como forma de insultar o Profeta Muhammad.

Neste ponto uma das traduções em português do Alcorão utiliza a palavra "nos rebelamos" porque não há uma palavra equivalente no nosso idioma para expressar com exatidão a ofensa que os judeus proferiram. 

No entanto, alguns tradutores irão dizer que os judeus quiseram dizer "pastorea-nos como um animal", ou seja, ofendendo ao Profeta, enquanto outros afirmam que eles estavam dizendo implicitamente que desobedeciam ao Islam.

Porém, as exegeses do Alcorão em qualquer idioma são unânimes em dizer que esta revelação veio como uma resposta às ofensas que os judeus faziam contra o Islam e aos muçulmanos de forma velada.

A mensagem do Alcorão neste primeiro versículo, no entanto, era endereçada aos muçulmanos, dizendo para não utilizar a mesma expressão que os judeus utilizavam para fazer seus insultos.

Alguns judeus alterando os sentidos das palavras dizem: “Ouvimos nos rebelamos, “Ouve!, Não se pode dizer “Ouve” a ti! e Pastoreia-nos”. Eles fazem isso torcendo suas línguas para difamar a religião. Claro que teria sido melhor e mais correto se tivessem dito: “Ouvimos e obedecemos de coração”, “Ouve!” e “Vigia-nos!”. Porém, Deus os amaldiçoou/excluiu por causa de sua persistência em ignorar (os versículos). Poucos deles agora creem e confiam. (Alcorão 4:46)

No versículo seguinte, o Alcorão fala aos judeus de Medina, mas de forma mais abrangente, também se refere a todos que compreenderam a mensagem do Islam, mas se recusaram a seguir devido a algum tipo de vaidade, ou exaltação à tradições culturais e familiares ao invés de se manterem fiéis à verdade.

Allah amaldiçoou essas pessoas tornando-as insensíveis à mensagem do Alcorão, fazendo com que elas agissem de modo irresponsável. Ter discernimento e não seguir a verdade é uma desgraça absoluta, é algo muito pior que ter orelhas e não escutar ou ter olhos e não enxergar.

"Ó vós a quem foi dado o Livro! Crede no que fizemos descer como corroborante do (livro) que está convosco. Fazei-o antes que desfiguremos vossos rostos e destruamos as vossas reputações ou excluamos como excluímos/amaldiçoamos o povo transgressor do sábado. A ordem de Deus sempre é cumprida." (Alcorão 4:47)

Por ser uma das poucas comunidades monoteístas expressivas daquela região da Arábia, os judeus eram considerados como uma espécie de guardiões da religião de Deus entre os árabes.

Quando a revelação do Islam chegou, ao invés de aderir à mensagem divulgada pelo Profeta Muhammad, que era o sucessor da linhagem de todos os demais profetas hebraicos, os judeus focaram em criar polêmicas a fim de preservar o próprio status perante à comunidade.

Quanto a isso, Allah diz no Alcorão que este comportamento é um grande pecado, portanto, a revelação islâmica não favorece pessoas que se desviam da senda reta e renegam aquilo que foi ordenado.

"Olha como atribuem a mentira a Deus. Suficiente isso para eles como um pecado evidente." (Alcorão 4:50)

Em seguida, o Alcorão responde duramente às comunidades judaicas que eram focadas em aspectos externos da religiosidade, e que acreditavam na aproximação de Allah apenas por meio de práticas desse tipo.

Esta espiritualidade de algumas comunidades judaicas focada apenas em aspectos externos é algo que até mesmo o Profeta Jesus no livro Mateus 23:4 ao se referir aos Fariseus: "Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los".

Esse extremismo religioso levou os judeus a proibirem uma série de alimentos que Allah não havia proibido.

Allah permitiu, no entanto, que os judeus adulterassem a Torá e proibissem tais alimentos devido às transgressões que eles cometeram ao desafiar os profetas.

"Por causa das atitudes e comportamentos injustos dos judeus, e por terem impedido a muitos do caminho de Deus, os proibimos de coisas puras, que eram lícitas para eles."(Alcorão 4:160)

Allah claramente proibiu os filhos de Israel de terem uma lei para o estrangeiro e outra para os judeus. 

Mesmo assim, as regras que aparecem em Deuteronômio 23:20 e Êxodo 22:25, restringe a prática de usura apenas entre os judeus, o que demonstra uma clara adulteração naquilo que Allah determinou.

A prática de usura é um pecado que deve ser evitada por todas as pessoas a fim de se livrar de qualquer tormento.

"(E outras razões) Por cobrarem juros, embora lhes fosse proibido, e devorarem os bens das pessoas de maneiras falsas. Preparamos um doloroso tormento para descrentes, dentre eles."(Alcorão 4:161)

Resumo do capítulo 4

A quarta surah é bem contundente em relação aos judeus do que os capítulos anteriores, demonstrando os desvios claros que eles cometeram, seja como um todo ou em comunidades específicas.

Allah a todo momento ressalta as determinações que já haviam sido feitas em livros presentes na Bíblia, e admoesta os judeus a abandonarem as incrustações e adulterações que fizeram na revelação que havia sido entregue a eles.

Referências aos judeus no capítulo 5

A primeira referência aos judeus no capítulo 5 é histórica, e diz respeito aos 12 filhos de Israel dos quais Allah fez Sua aliança com os filhos de Israel, tal qual observamos no livro de Êxodo 24.

Allah diz claramente no Alcorão que esta aliança era mediante a obediência ao que Ele havia determinado, portanto, aqueles que ignoram as determinações de Allah depois de haver entendido, se tornam incrédulos e rompem este vínculo.

"Deus recebeu uma promessa em nome dos Filhos de Israel, levantando doze representantes entre eles e disse: “Estarei convosco se realizais a oração atentamente e constantemente, dais o zakat, credes e confiais em Meus mensageiros, os apoiardes, emprestais um bom empréstimo a Mim; encobrirei vossas más obras e vos introduzirei em jardins, nos quais correm os rios. Quem de vós pratica incredulidade depois disso, se descaminhará do caminho certo."(Alcorão 5:12)

Allah não pune aqueles que se esqueceram de suas palavras ou que desconheciam o real sentido delas, mas amaldiçoou aqueles que deturparam o sentido de Suas palavras e adulteraram a Torá.

Por quebrarem sua promessa Nós os amaldiçoamos, endurecemos os seus corações. Deturpavam o sentido das palavras, esqueciam algumas partes das informações que deveriam manter em sua mente. Não cessarás de descobrir traição da parte deles, exceto de poucos. Não ligue para eles, e vira uma nova página. Deus ama os benfeitores. (Alcorão 5:13)

Os cristãos afirmam que Jesus é o filho de Allah e que a humanidade é filha de Allah, os judeus afirmam que Israel e seus descendentes são o primogênito de Allah.

Eles dizem isso não apenas em sentido biológico e literal, mas para indicar que Allah fez favores especiais para religião, mas isso é negado no Alcorão, que demonstra que eles na verdade estavam sendo punidos e não favorecidos.

Os judeus e os cristãos disseram: “Somos os filhos de Deus, e os que Ele ama”. Diz: Por que, então, Ele vos castiga por vossos pecados? Não, sois também seres humanos que Ele criou. Ele perdoa a quem faz o que é necessário para o perdão e castiga a quem merece o castigo. A Ele pertence à soberania dos céus e da terra e tudo quanto existe entre eles. A Ele será o retorno. (Alcorão 5:18)

Em outro versículo, o Alcorão faz uma menção específica às tribos judaicas do período do Profeta Muhammad.

Essas tribos costumavam fazer guerra no mês sagrado, quando era proibido guerrear e isso era algo perverso perante a Allah.

Por isso, ele lembrou a toda humanidade no Alcorão sobre a perversidade que é matar alguém sem uma razão que envolva autodefesa ou combate a alguma forma cruel de opressão.

Por isso, prescrevemos aos filhos de Israel: Quem mata uma pessoa, a não ser que seja por reciprocação, que esta tenha matado outra ou semeado corrupção na terra, é como se tivesse matado todos os homens. E quem salva a vida de uma pessoa, é como se salvasse a vida a todos os homens. Nossos mensageiros vieram aos Filhos de Israel com as evidências. Apesar disso, a maioria deles ainda comete excessos na terra. (Alcorão 5:32)

Em seguida, mais um versículo direcionado a uma comunidade judaica, desta vez de Khaibar, no qual duas pessoas foram acusadas de cometerem adultério.

A pena para a Torá neste caso era apedrejamento, mas os judeus daquela comunidade quiseram mudar a pena para 100 açoites, e em dúvida do que deveria ser feito, eles pediram a arbitragem de Muhammad.

Allah no Alcorão neste momento critica os judeus que quiseram adulterar as revelações da Torá, e afirma que a pena para este caso permanecia a mesma, ou seja, eles deveriam ser apedrejados.

Ó Mensageiro! Não te aflijam as competições na incredulidade dos que dizem “cremos!” com a boca embora não creem em seus corações, e dos judeus. Eles dão ouvidos para mentir, te escutam com toda a atenção para transmitir informação aos outros povos que não vieram a ti. Deslocam os significados originais das palavras dos seus lugares, dizem: Se vos é dado esse decreto, aceitai-o, se vos não é dado acautelai-vos. A quem Deus quer que esteja em apuros, nada lhe poderás fazer para livrá-lo de Deus. Esses são aqueles cujos corações Deus não quer purificar. Terão ignomínia neste mundo, e um grande tormento no além. (Alcorão 5:41)

Isto é um aviso a todos que ao invés de seguir Allah segue a opinião de hipócritas, sejam ele judeus, muçulmanos ou de qualquer outra religião que crê em Allah, nos anjos e no Dia do Juízo.

No entanto, neste contexto era ainda pior, pois os judeus não estavam interessados em sabedoria religiosa ao recorrer ao Profeta, mas apenas espioná-lo para saber como ele se portaria diante deste assunto para que eles mesmos julgassem os culpados.

Mas o mais grave, é que faziam tudo isso às custas das distorções das suas próprias escrituras sagradas. 

"São os que dão ouvidos para mentir, estão acostumados a devorar o que é ilícito. Se eles vêm a ti, julga entre eles, ou vira tuas costas a eles. Se viras tuas costas, em nada poderão prejudicar-te. Se julgares, julga entre eles com justiça. Deus ama os justiceiros. Como eles te tomam por árbitro, enquanto têm a Torá e o julgamento de Deus nela? Te tomam por árbitro, e depois, viram as costas. Esses não são os que creem"(Alcorão 5:42-43)

A eles Allah conclui dizendo que não é aos homens que eles devem obedecer, mas sim ao seu Senhor e aos profetas e livros que Ele enviou.

Fizemos descer a Tora, em que há orientação e luz. Os profetas que se submeteram a Deus, julgavam os judeus com ela. Os que se dedicam ao caminho de seu Senhor e os estudiosos religiosos, também julgam com ela, por seu dever de custodiar o livro de Deus e testemunhar que é de dEle. Não temais os homens; temei a Mim! Não vendais Meus sinais por um proveito transitório. Quem não julga conforme o que Allah fez descer, eis, são eles os descrentes. (Alcorão 5:44)

Em seguida, um dos versos mal compreendidos que frequentemente os polemistas que odeiam o Islam usam para depreciar o Alcorão.

Allah diz em Seu livro sagrado para os muçulmanos não tomarem judeus e cristãos como amigos íntimos. 

Este versículo foi revelado quando os muçulmanos descobriram uma traição das tribos judaicas de Medina na qual eles mantinham um pacto, ou seja, eram pessoas ativamente empenhadas em destruir ou afastá-los de sua religião.

O próprio Profeta Muhammad teve por amigo o rabino Mukhayrik; um de seus companheiros foi Abdallah ibn Salam que mais tarde se tornou muçulmano; ele também se casou com uma judia chamada Safiyyah bint Huyayy.

O exemplo do Profeta explica o versículo corânico: não é proibido ter amizade com pessoas de outras religiões, mas o muçulmano deve se afastar se ela o influencia a abandonar sua religião, tenta convertê-lo ou não respeita sua fé e a deprecia.

Ó vós que credes e confiais! Não tomeis por amigos íntimos os judeus e os cristãos. Eles são amigos íntimos uns dos outros. Quem de vós os toma por amigos íntimos é um deles. Deus não guia o povo injusto. (Alcorão 5:51)

Isso fica especialmente explícito mais a frente no Alcorão quando Allah diz:

"Ó vós que credes e confiais! Não tomeis por amigos próximos os que tomam vossa religião por objeto de zombaria e divertimento, dentre aqueles a quem foi dado o livro, e os descrentes. Quando chamais para a oração, tomam-na por objeto de zombaria e divertimento. Isso porque eles são um povo que não usa a razão." (Alcorão 5:57-58)

Verso após verso, fica claro que os judeus de Medina eram pessoas que não respeitavam a fé, por isso Allah ordenou que os Seus fiéis não tivessem amizades com aqueles que odiavam sua religião.

"Qual pode ser a razão pela qual vós guardais rancor contra nós, além do fato de que cremos e confiamos em Deus, no que foi descido para nós, no que foi descido antes, e que a maioria de vós se depravou?" (Alcorão 5:59)

Em seguida Allah se dirige especificamente aos judeus e cristãos que entenderam a mensagem do Alcorão, mas o rejeitaram por orgulho ou apego às tradições.

Essas pessoas não fazem uso da razão e agem apenas pelo ego, portanto, Allah compara elas com animais, que são criaturas irracionais, mencionando os macacos como exemplo. 

Aquelas que tentam destruir o Islam, e demonstram comportamento desonesto e hostil com os muçulmanos, são comparados a animais com hábitos imundos, mais especificamente os porcos.

"Diz: Digo a vós aqueles que estão em situação pior do que isso ante aos olhos de Deus? São aqueles a quem Deus Se irou, excluiu, e que fez alguns deles símios e outros porcos; e aqueles que adoram Taghut. Esses estão em pior situação e mais descaminhados do caminho certo."(Alcorão 5:60)

E novamente Allah se direciona aos que trocam Sua palavra por outra de algum líder que distorce Seus mandamentos.

"Tu vês muitos deles competem no pecado, na hostilidade e na devoração do ilícito. Quão ruim é o que eles fizeram! Se os que se dedicam ao caminho de seu Senhor e os estudiosos proibissem de falar palavras pecaminosas e de devorar o ilícito? Quão ruim é o que eles fizeram!" (Alcorão 5:63)

Em seguida Allah faz uma referência a Nabbash, o chefe da tribo judaica dos Banu Qaynuqa, que era um dos que nutriam hostilidades contra os muçulmanos, proferiu uma ofensa a Allah.

Quando os muçulmanos chegaram em Medina, os judeus viviam uma vida material próspera, e por isso era interessante para eles manter a sua hegemonia cultural naquela sociedade, pois isso garantia a eles uma bom retorno financeiro.

Após a atitude hostil dos judeus contra o Profeta, Allah enviou a eles a pobreza, e Nabbash havia dito que "as mãos de Allah estavam amarradas", o que era uma blasfêmia, pois o Senhor não é limitado por nada e Sua generosidade é sempre estendida aos piedosos.

A reposta de Allah veio no Alcorão, dizendo que a eles seria infligido o castigo pelo qual blasfemam.

"Os judeus disseram: “A mão de Deus está amarrada”. Que suas mãos sejam amarradas! Eles foram excluídos por dizer isso. Não, ambas as Suas mãos estão abertas; Ele dá, conforme como estabeleceu a medida. O que teu Senhor foi descido para ti aumenta a transgressão e incredulidade de muitos deles. Introduzimos entre eles a inimizade e o ódio até o dia da ressurreição. Cada vez que acendem um fogo da guerra, Deus o apaga. Eles se esforçam pela corrupção na terra. Deus não ama os corruptores." (Alcorão 5:64)

Allah então menciona todas as pessoas que não conheceram o Islam, ou não entenderam seus ensinamentos, que essas pessoas poderão ser salvas se elas se esforçassem na fé que elas possuem.

Se a pessoa for judia, cristã ou sabeita, ela pode alcançar o paraíso se cumprir os mandamentos verdadeiros e inalterados que Allah conservou na religião que ela segue. Isso diz respeito tanto à crença quanto às boas ações.

Os que creem (em Alcorão) e os judeus, os sabeus e cristãos; quem entre eles creia em Deus e no último dia e pratica boas ações, não haverá temor sobre eles, nem se entristecerão. (Alcorão 5:69)

Em seguida, o Alcorão fala dos judeus que mataram os profetas que Allah enviou, um deles foi Zacarias, cuja morte está destacada na Bíblia em 2 Crônicas 24:21; há também João Baptista, cuja morte pode ser observada em Mateus 14:1-12; Isaías, cuja morte é detalhada no Talmude em Yevamot 49b; e estavam se preparando para matar Jesus quando Allah o arrebatou.

"Certamente fizemos uma aliança com os filhos de Israel e lhes enviamos apóstolos; sempre que chegava até eles um apóstolo com o que suas almas não desejavam, alguns (deles) eles chamavam de mentirosos e outros eles matavam." (Alcorão 5:70)

Embora o versículo seguinte mencione os filhos de Israel, a mensagem empregada no Alcorão era direcionada aos próprios cristãos, que até hoje acreditam que Jesus é Allah.

Isso na perspectiva islâmica é um grave pecado, e é punível com o inferno.

"Os que dizem: “Deus é o Messias, filho de Maria” tornaram-se incrédulos. Ao passo que o Messias disse: “Ó filhos de Israel! Adorai a Deus que é meu Senhor e vosso Senhor”. A quem associa parceiros a Deus, Deus proíbe-lhe o Paraíso. Seu destino é o fogo. Os injustos não terão socorredores." (Alcorão 5:72)

Os judeus foram amaldiçoados pelos profetas, tanto por Davi, como podemos ver em Salmos 78:18-33, quanto por Jesus em Mateus 12:34. Agora, eles estavam sendo novamente amaldiçoados no Alcorão.

"Os que descreram dentre os filhos de Israel, foram amaldiçoados pela boca de Davi e de Jesus, filho de Maria. Isso foi por causa de sua rebeldia e suas transgressões." (Alcorão 5:78)

Eles foram amaldiçoados pela sua incredulidade, como mostra o versículo seguinte.

"Não coibiam uns aos outros suas más ações que cometiam. Quão ruim era o que faziam."(Alcorão 5:79)

Os judeus de Medina tinham um longo histórico de aliança com tribos pagãs, e com o fortalecimento do Islam eles não só mantiveram esses laços como até os aprofundaram.

Algumas dessas tribos viriam a se articular com os pagãos para poderem destruir o Profeta Muhammad e seus seguidores, o que mais uma vez mostrava a natureza hipócrita das tribos que ali viviam.

"Tu vês que muitos dos adeptos do livro fazem amizades íntimas com os que cometem incredulidade. Que futuro ruim eles preparam para si mesmos ao enfurecer a Deus! No tormento, eles permanecerão imortais. Se tivessem crido e confiado em Deus, no profeta e no que lhe foi descido, não teriam tomado os descrentes por amigos íntimos. Porém, muitos deles são depravados." (Alcorão 5:80-81)

Assim como o Alcorão possui versículos que não são direcionados a todos os judeus, o mesmo ocorre com os cristãos.

Em um versículo em que os cristãos são exaltados, há um pano de fundo que remonta uma comitiva enviada pelo rei da Etiópia especialmente para ouvir o que o Profeta Muhammad tinha a dizer.

Essas pessoas ficaram impressionadas com a riqueza do Alcorão e retornaram ao seu país. Quando ocorreu a migração dos muçulmanos para a Etiópia, muitas pessoas também abraçaram o Islam.

Esses cristãos eram pessoas verdadeiras, que seguiam a mensagem do Evangelho pela palavra do último profeta antes de Muhammad, que era Jesus.

Quando o Alcorão foi enviado, eles se mantiveram fiéis à verdade e acabaram se interessante pela mensagem do Islam e se convertendo. Este era o exato oposto dos judeus de Medina, que reconheciam a mensagem, mas recusavam ela por razões mundanas.

É claro que, hoje e em qualquer período da história, há judeus que se interessam e abraçam o Islam e há cristãos que reconhecem a verdade do Alcorão e a recusam, mas neste versículo Allah está se referindo a uma questão circunstancial para dizer que o cristianismo está mais próximo do Islam do que o judaísmo, pois abarca a revelação do Evangelho do Profeta Jesus, enquanto o judaísmo vive de constantes negações a mensagem dos profetas.  

"Verás que os mais duros em inimizade aos crentes dentre os homens são os judeus e os que associam parceiros (a Deus). E verás que os mais próximos em afeição aos crentes, são os que dizem: “Somos cristãos”. Isso porque há monges e sacerdotes dentre eles e não se ensoberbecem." (Alcorão 5:82)

No versículo seguinte, Allah lembra quando disse a Jesus que o salvou quando os judeus o acusaram de ser um feiticeiro e o perseguiram na tentativa de crucificá-lo, mas o Senhor elevou seu profeta aos céus.

Embora os judeus desejassem o matar, não conseguiram o que pretendiam, pois Allah não permitiu que ele fosse morto.

"Naquele dia, Deus dirá (a Jesus): “Ó Jesus, filho de Maria! Lembra-te de Minha graça para contigo e para com tua mãe, quando te amparei com o Espírito Santo (Gabriel); falavas aos homens quando no berço e na maturidade. Te ensinei o livro e a sabedoria, a Tora e o Evangelho. Com Minha permissão, de barro, criavas uma figura de pássaro, então sopravas nela, e ela se tornava um pássaro, com Minha permissão. Curavas os cegos de nascença e quem estava com vitiligo, com Minha permissão. Fazias sair o morto (da sepultura, vivo), com Minha permissão. Eu te salvei dos filhos de Israel, quando lhes chegaste com as evidências. Dentre eles, os que praticam incredulidade disseram: “Isto é evidentemente magia!” (Alcorão 5:110)

Resumo do capítulo 5

O capítulo 5 menciona frequentemente os judeus de Medina, que eram verdadeiros hipócritas em suas intenções, frequentemente tentando sabotar os muçulmanos, com quem eles mantinham um pacto de paz.

Allah relembra no Alcorão sobre a aliança que havia feito com os judeus, e o que eles fizeram que levou ao rompimento dela.

Por último, os muçulmanos são orientados a não ter proximidade com os hipócritas para não repetir os seus erros.

Referência aos judeus no capítulo 6

A única menção que Allah faz aos judeus no capítulo 6 é reforçando que a proibição dos alimentos aos judeus era uma forma de castigo, e que a única coisa que Ele de fato proibiu é o que está descrito no Alcorão.

"E, aos que praticam o judaísmo, proibimos todo animal de unha não fendida. E dos vacuns e ovinos, proibimo-lhes a gordura, exceto a que seus dorsos possuem ou suas entranhas, ou a que está aderida aos ossos. Com isso, recompensamo-los por sua transgressão . E, por certo, somos Verídicos." (Alcorão 6:146)

Referência aos judeus no capítulo 7

No capítulo 7, a primeira menção os judeus é uma fala de Moisés direcionada ao Faraó. O Profeta estava, naquele momento, preparando a fuga do Egito.

“Impende-me não dizer de Allah senão a verdade. Com efeito, cheguei-vos com uma evidência de vosso Senhor; então, envia comigo os filhos de Israel.” (Alcorão 7:105)

Quando as pragas começaram a abater o Egito por causa da desobediência e incredulidade do Faraó, ele clamou para que Moisés pedisse a Allah para que os livrassem de tal punição.

"Mas quando vos açoitou o castigo, disseram: Ó Moisés, implora por nós, de teu Senhor, o que te prometeu; pois, se nos livrares do castigo, creremos em ti e deixaremos partir contigo os israelitas." (Alcorão 7:134)

Moisés levou os filhos de Israel para fora do Egito, e mais tarde eles viriam a se estabelecer na terra que Allah havia prometido a eles, em uma narração bastante semelhante aos eventos relatados no livro de Êxodo, na Torá.

"E fizemos herdar ao povo, que estava subjugado, as regiões orientais e ocidentais da terra, que abençoamos. E a mais bela Palavra de teu Senhor cumpriu-se, sobre os filhos de Israel, porque pacientaram. E profligamos tudo quanto engenharam Faraó e seu povo, e tudo quanto erigiram."(Alcorão 7:137)

Quando estavam no deserto do Sinai, o Profeta Moisés e seus seguidores se depararam com um povo que adorava ídolos. Mais tarde, os hábitos dessas pessoas influenciaram os ignorantes entre os filhos de Israel iriam copiar seus hábitos.

"Fizemos os israelitas atravessar o mar, e eis que encontrando (depois) um povo devotado a alguns de seus ídolos, disseram: Ó Moisés, faze-nos um deus como os seus deuses! Respondeu-lhes: Sois um povo de insipientes!" (Alcorão 7:138)

Resumo do capítulo 7

Os judeus mencionados no capítulo 7 são figuras históricas que seguiram Moisés, muitos deles sequer podem ser citados como judeus, pois seguiram o Profeta Moisés em tudo, acreditaram na Torá incorrupta, e acreditavam em Allah sem parceiros ou sócios, portanto, eram muçulmanos.

Referências aos judeus no capítulo 9

No capítulo 9, o Alcorão faz uma referência a uma crença que era comum entre os judeus da Arábia, de que o Profeta Esdras (Uzair) era filho de Allah, no entanto, essa não é uma crença de todo o judaísmo.

Allah amaldiçoa todos aqueles que afirmam que há algum tipo de linhagem biológica entre Ele e qualquer outra criatura.

E os judeus dizem: Uzair é filho de Allah.” E os cristãos dizem; “O Messias é filho de Allah.” Esse é o dito de suas bocas. Imitam o dito dos que, antes, renegaram a Fé. Que Allah os aniquile! Como se distanciam da verdade! (Alcorão 9:30)

Allah em seguida admoesta os estudiosos muçulmanos que não repita o erro que os rabinos e sacerdotes cristãos cometeram ao cometer corrupção, pois este é um pecado muito grave.

Além disso não é permitido ter dinheiro e não empregá-lo na causa de Allah como, por exemplo, deixando de pagar a caridade obrigatória do zakat aos pobres.

"Ó vós que credes! Por certo, muitos dos rabinos e dos monges devoram, ilicitamente, as riquezas dos homens, e afastam-nos do caminho de Allah. E aos que entesouram o ouro e a prata e não os despendem no caminho de Allah, alvissara-lhes doloroso castigo." (Alcorão 9:34)

Referências aos judeus no capítulo 10

Em uma das poucas referências aos judeus no capítulo 10, está a menção ao milagre da divisão do Mar Vermelho que permitiu aos judeus que eles pudessem fugir do Egito.

O relato é semelhante ao livro de Êxodo, mas há acréscimos em que Moisés afirma que é um dos submissos, ou seja, muçulmano.

"E fizemos atravessar o mar os israelitas; porém o Faraó e seu exército perseguiram-no iníqua e hostilmente até que, estando a ponto de afogar-se, o Faraó disse: Creio agora que não há mais divindade além de Deus em que crêem os israelitas, e sou um dos submissos!" (Alcorão 10:90)

Allah estabeleceu os judeus em Jerusalém, e eles se dividiram em várias seitas, e todas elas terão que prestar contas no Dia do Juízo acerca do que acreditavam.
Alguns hadiths demonstram que algo semelhante ocorrerá com os muçulmanos, e apenas uma seita será salva.

"E, com efeito, dispusemos os filhos de Israel em primoroso lugar e demo-lhes, por sustento, das cousas” benignas; e não discreparam, até chegar-lhes a ciência. Por certo, teu Senhor arbitrará, entre eles, no Dia da Ressurreição, acerca daquilo de que discrepavam." (Alcorão 10:93)

Referências aos judeus no capítulo 17

No capítulo 17, Allah relembra das ordens que foram dadas aos filhos de Israel no que diz respeito às crenças fundamentais, e elas também são válidas para os muçulmanos.

"E concedemos o Livro a Moisés, (Livro esse) que transformamos em orientação para os israelitas, (dizendo-lhes): Não adoteis, além de Mim, outro guardião!" (Alcorão 17:2)

Por causa das transgressões dos israelitas, Allah enviou invasores contra eles, como é o caso do rei Nabucodonosor.

"E determinamos, no Livro, aos israelitas: causareis corrupção duas vezes na terra, e vos tornareis muito arrogantes." (Alcorão 17:4)

Em seguida, Allah fala dos sinais que enviou para provar a todos que Moisés era um Profeta.

"Concedemos a Moisés nove sinais evidentes — pergunta, pois, aos israelitas, sobre isso — então o Faraó lhe disse: Creio, ó Moisés, que estás enfeitiçado! (Alcorão 17:101)

No versículo seguinte, Allah relembra do estabelecimento dos israelitas na terra prometida como uma predição sobre a conquista de Meca, e que assim como os muçulmanos do tempo de Moisés, eles também alcançariam a vitória através da vontade de Allah.

"E depois disso dissemos aos israelitas: Habitai a Terra, porque, quando chegar a Segunda cominação, reunir-vos-emos em grupos heterogêneos." (Alcorão 17:104)

Referências aos judeus no capítulo 20

No capítulo 20, a primeira referência aos judeus é novamente com Moisés pedindo ao Faraó para que libertasse seu povo, assim como vemos no livro de Êxodo na Bíblia.

"Ide, pois, a ele, e dizei-lhe: Em verdade, somos os mensageiros do teu Senhor; deixa sair conosco os israelitas e não os atormentes, pois trouxemos-te um sinal do teu Senhor. Que a paz esteja com quem segue a orientação! Foi-nos revelado que o castigo recairá sobre quem nos desmentir e nos desdenhar." (Alcorão 20:47-48)

Depois que os israelitas fugiram do Egito e Faraó se afogou no mar. Então Allah ordenou que eles ficassem à direita do Monte Sinai, local onde Moisés recebeu a Torah.

Enquanto eles permaneceram ali, Allah enviou provisões a eles como sinal de Sua misericórdia.

"Ó israelitas, Nós vos salvamos do vosso inimigo e vos fizemos uma promessa do lado direito do Monte (Sinai), e vos enviamos o maná e as codornizes"(Alcorão 20:80)

Depois que Moisés recebeu a Torá, ele voltou ao seu povo e viu que eles haviam feito um bezerro de ouro para adorá-lo ao invés de Allah.

Moisés se irou, e Arão pediu clemência, e afirmou que não foi até Moisés para avisá-lo, pois temia que ele tirasse más conclusões sobre a situação.

"Suplicou-lhe (Aarão): Ó filho de minha mãe, não me puxes pela barba nem pela cabeça. Temi que me dissesses: Criaste divergências entre os israelitas e não cumpriste a minha ordem!" (Alcorão 20:94)

Referências aos judeus no capítulo 22

Allah então alerta a todos os povos que eles serão julgado de acordo com as suas crenças, portanto, ninguém deve associar parceiros a Allah, mesmo estando fora do Islam, isso será melhor para ela obter a sua salvação.

"Quanto aos fiéis, judeus, sabeus, cristão, masdeístas ou idólatras, certamente Deus os julgará a todos no Dia da Ressurreição, porque Deus é Testemunha de todas as coisas." (Alcorão 22:17)

Allah diz em outro versículo que se a luta contra os violentos pagãos de Meca não tivesse sido autorizada, mesmo os locais de adoração de outros cultos baseados na verdadeira revelação, como é o caso do cristianismo e judaísmo, não teriam segurança para se manter.

Portanto, é permitido lutar contra qualquer um que pratique a injustiça, pois se eles não forem derrotados, todos os outros povos estarão ameaçados por sua opressão.

"São aqueles que foram expulsos injustamente dos seus lares, só porque disseram: Nosso Senhor é Deus! E se Deus não tivesse refreado os instintos malignos de uns em relação aos outros,teriam sido destruídos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesquitas, onde o nome de Deus é freqüentemente celebrado. Sabei que Deus secundará quem O secundar, em Sua causa, porque é Forte, Poderosíssimo." (Alcorão 22:40)

Referências aos judeus no capítulo 26

No capítulo 26 é retomada a história de Moisés e Arão, que foram ordenados a irem ao Faraó para que pedissem a Faraó que deixassem os israelitas partirem do Egito.

"Ide, pois, ambos, ao Faraó e dizei-lhe: Em verdade, somos mensageiros do Senhor do Universo, Para que deixes os israelitas partirem conosco. (Alcorão 26:16-17)

Faraó estava determinado a oprimir os israelitas acreditando que eles seriam eternamente os seus servos, mas Allah diz que Ele fez com que os crentes oprimidos herdassem as riquezas do Egito.

Os sábios muçulmanos discutem se isso é em sentido literal, ou seja, se eles de fato herdaram as posses de Faraó após a sua morte, ou se Allah deu aos israelitas novas riquezas na terra prometida.

"O Faraó enviou, entretanto, recrutadores às cidades, Dizendo: Certamente, eles são um pequeno bando, Que se tem rebelado contra nós. E todos nós estamos precavidos! Assim, Nós os privamos dos jardins e mananciais. De tesouros e honráveis posições. Assim foi; e concedemos tudo aquilo aos israelitas." (Alcorão 26:53-59)

Em seguida, Allah diz a toda a humanidade que o Alcorão só pode ser compreendido em árabe, mas o sentido da mensagem pode ser encontrado nos livros das outras escrituras, como pode ser observado no livro sagrado dos judeus.

"Certamente (este Alcorão), é uma revelação do Senhor do Universo. Com ele desceu o Espírito Fiel, Para o teu coração, para que sejas um dos admoestadores, Em elucidativa língua árabe. E, em verdade, está mencionado nos Livros sagrados dos antigos. Não é um sinal para eles, que os doutos entre os israelitas o reconheçam?" (Alcorão 26:192-197)

Resumo do capítulo 26

A maior parte das menções aos judeus no capítulo 26 do Alcorão é em referência a história do Profeta Moisés e da fuga dos israelitas do Egito.

A narrativa não ocorre de forma idêntica ao do livro de Êxodo na Bíblia, principalmente no que diz respeito aos diálogos entre os profetas Moisés e Arão.

Por fim, Allah diz que as revelações do Alcorão estão presentes em outros livros sagrados, incluindo na Torah.

Referência aos judeus no capítulo 27

A única referência que o Alcorão faz aos judeus no capítulo 27 é em relação à discordância nos assuntos religiosos que os sábios da religião deles possuem.

O livro sagrado é bastante direto quanto a essas discordâncias, e soluciona algumas delas, e é isso que é dito no versículo relacionado ao assunto.

"Sabei que este Alcorão explica aos israelitas os principais objetos de suas divergências." (Alcorão 27:76)

Referência aos judeus no capítulo 32

O erudito e exegeta islâmico Ibn Khattir afirma que a referência aos judeus do capítulo 32 veio após a viagem noturna e ascenção do Profeta Muhammad, em que ele se encontrou com o Profeta Moisés.

A orientação dada aos judeus, no entanto, é semelhante ao que já havia sido dito em outros versículos.

"Já havíamos concedido o Livro a Moisés. Não vaciles, pois, quando ele chegar a ti. E destinamo-lo como orientação para os israelitas." (Alcorão 32:23)

Referência aos judeus no capítulo 40

A única referência aos filhos de Israel no capítulo 40 é para dizer que eles prevaleceram sobre Faraó, e herdaram a Torah, a terra prometida e as riquezas do monarca do Egito.

"Havíamos concedido a Moisés a orientação, e fizemos os israelitas herdarem o livro." (Alcorão 40:53)

Referência aos judeus no capítulo 43

O versículo que se refere aos judeus no capítulo 43 não é direcionado especificamente a eles, é apenas para explicar que Jesus não é uma divindade e portanto não deve ser adorado, mas ele deve ser amado, respeitado e seguido pelos muçulmanos, pois era um Profeta de Allah que havia sido enviado aos israelitas.

"Ele (Jesus) não é mais do que um servo que agraciamos, e do qual fizemos um exemplo para os israelitas."(Alcorão 43:59)

Referência aos judeus no capítulo 44

A única referência aos israelitas no capítulo 44 é quando Allah lembra de quando salvou aquele povo de ser subjugado pelo Faraó.

"Sem dúvida que livramos os israelitas do castigo afrontoso" (Alcorão 44:30)

Referência aos judeus no capítulo 45

Allah no capítulo 45 relembra que Ele elegeu o povo de Israel como Seu escolhido, da mesma forma como é narrado em Gênesis 12.2, 18.19,.

A razão para isso é simples: algum povo deveria ser escolhido para portar a revelação de Allah e levá-la para outros povos.

Somente Allah é conhecedor da razão pela qual Ele fez essa escolha, talvez possa ser pelo fato dos israelitas terem a capacidade de entender melhor a revelação naquele ponto da história, ou pela sua capacidade de elaborar, difundir ou proteger melhor a Palavra de Allah.

No entanto, eles distorceram os mandamentos sagrados, adulteraram os livros sagrados e mataram profetas, até que Allah rompeu Sua aliança, permitiu que o templo fosse destruído e que os judeus fossem exilados.

Com a revelação do Alcorão, os muçulmanos se tornam os responsáveis pela preservação da mensagem, assim como havia sido o caso dos israelitas no passado.

"Havíamos concedido aos israelitas o Livro, o comando, a profecia e o agraciamos com todo o bem, e os preferimos aos seus contemporâneos." (Alcorão 45:16)

Referência aos judeus no capítulo 46

No capítulo 46 aparece uma referência que, até então, não havia sido feita, que é aos judeus que se converteram ao Islam.

Quanto a isso, Allah diz a todos os outros judeus que, mesmo com eles reconhecendo a verdade da revelação, os outros mantinham seu comportamento hostil ao Islam.

"Dize: Vede! Se (o Alcorão) emana de Deus e vós o negais, e mesmo um israelita confirma a sua autenticidade e nele crê, vós vos ensoberbeceis! Sabei que Deus não ilumina os iníquos!"(Alcorão 46:10)

Referência aos judeus no capítulo 59

A referência que o Alcorão faz aos judeus no capítulo 59 diz respeito a tribo Banu Nadir que vivia em Medina no período do Profeta Muhammad.

Os Banu Nadir haviam se confabulado para tentar matar o Profeta e, em troca, acabaram sendo exilados da cidade por violar os acordos que eles tinham contra os muçulmanos.

Sobre eles, Allah diz:

"Foi Ele quem expatriou os incrédulos, dentre os adeptos do Livro, quando do primeiro desterro. Pouco críeis (ó muçulmanos) que eles saíssem dos seus lares, porquanto supunham que as suas fortalezas os preservariam de Deus; porém, Deus os açoitou, por onde menos esperavam, e infundiu o terror em seus corações; destruíram as suas casas com suas próprias mãos, e com as mãos dos fiéis. Aprendei a lição, ó sensatos! E se Deus não lhes tivesse decretado o seu banimento, tê-los-ia castigado nesse mundo, e no outro, sofreriam o tormento infernal. (Alcorão 59:2-3)

Referência aos judeus no capítulo 61

As referências aos judeus no capítulo 61 diz respeito a primeira vinda do Profeta Jesus ao mundo e como os judeus lidaram com ele.

Jesus afirma que haveria um novo profeta após a sua vinda, no Alcorão ele é mencionado pelo nome Ahmad (que é uma das maneiras nobres de se referir ao Profeta Muhammad), na Bíblia em português, ele chama o profeta de "consolador", como pode ser visto em João 14:16 e João 14:26.

Muhammad trouxe o Espírito da Verdade por meio da revelação do Alcorão que veio através do Anjo Gabriel (Espírito Santo na concepção islâmica), e esta é a revelação final que habitará entre nós eternamente.

E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad! Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia! Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, apesar de ter sido convocado ao Islam? Sabei que Deus não encaminha os iníquos. (Alcorão 61:6-7)

Muitos israelitas acreditaram em Jesus como Messias, Profeta e acreditaram na mensagem do Evangelho, que guiava Israel de volta ao sentido original da Torah.
No entanto, outros não acreditaram e o perseguiram tentando o matar, mas Allah não permitiu que o Seu profeta fosse morto e o elevou aos céus e o salvou da crucificação.

"Ó fiéis, sede os auxiliadores de Deus, como disse Jesus, filho de Maria, aos discípulos: Quem são os meus auxiliadores, na causa de Deus? Responderam: Nós somos os auxiliadores de Deus! Acreditou, então, uma parte dos israelitas, e outra desacreditou; então, socorremos os fiéis contra seus inimigos, e eles saíram vitoriosos." (Alcorão 61:14)

Referência aos judeus no capítulo 62

A última referência aos judeus ocorre no capítulo 62, é semelhante a outros em que há comparação com animais. A bestialização não tem a ver com o valor da vida da pessoa, mas reflete o nível do absurdo que é receber a orientação e rejeitá-la.

O Alcorão utiliza o exemplo dos judeus do período do Profeta, que carregavam a Torah, mas não incorporavam os seus ensinamentos e eram displicentes com o sentido da revelação.

Todo aquele que faz isso, ainda que seja muçulmano, está repetindo o erro que aquele povo cometia e, portanto, é como um burro de carga, que carrega livros, mas não vive o que ele ensina.

"O exemplo daqueles que estão encarregados da Tora, e não a observam, é semelhante ao do asno que carrega grandes livros. Que péssimo é o exemplo daqueles que desmentem os versículos de Deus! Deus não encaminha o povo dos iníquos. (Alcorão 62:5)

Em seguida, Allah faz menção a algo que era muito comum no tempo do Profeta Muhammad que era, quando havia uma disputa sobre algum assunto religioso, se invocava que Allah enviasse morte sobre aqueles que estavam mentindo.

Portanto, o verso é um desafio para algo que os judeus de Medina seriam incapazes de fazer.

Dize-lhes: Ó judeus, se pretendeis ser os favorecidos de Deus, em detrimento dos demais humanos, desejai, então, a morte, se estais certos!" (Alcorão 62:6)

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