A Copa do Mundo FIFA no Catar recebeu diversas críticas por sua organização, mas muitos torcedores estão avaliando a experiência no país do Golfo de forma positiva, especialmente as mulheres.
Na última quarta-feira (30), o jornal britânico The Times entrevistou mulheres que disseram que o clima nos estádios está menos hostil para elas do que em relação aos seus países de origem e isso se deve à proibição do álcool nos estádios.
O The Times conversou com Ellie Molloson, 19, que dirige a campanha HerGameToo, que visa tornar os estádios um local mais fácil para as mulheres frequentarem.
Ela confessou que estava preocupada em ir para o Catar e, por temer o pior, chegou a ir para o estádio acompanhada por seu pai, mas foi surpreendida pelo acolhimento com as mulheres: “Devo dizer que vir aqui foi um verdadeiro choque para o meu sistema”, disse a jovem. “Não houve vaias, assobios ou sexismo de qualquer tipo.”
Por causa dessa impressão positiva que tiveram, Ellie e muitas outras torcedoras acreditam que o acolhimento proporcionado às mulheres durante a Copa do Mundo no Catar deve ser um modelo para outros eventos futebolísticos, incluindo no próprio Reino Unido.
“Eu tinha todas essas noções preconcebidas sobre o que encontraria”, disse Molloson. “A realidade não tem sido nada disso. Não sofri nenhum dos assédios que sofri na Inglaterra. Não sei como eles conseguiram isso, mas é um ambiente incrível de se experimentar.”
Jo Glover viaja para assistir a Copa do Mundo desde a edição de 2010, na África do Sul.
“A atmosfera aqui parece menos tribal. Todo mundo está vestindo as cores (do time) e não há problemas”, disse ela ao jornal britânico.
Recentemente, os torneios internacionais viveram dias de horror durante a Eurocopa 2020, quando os hooligans promoveram uma onda de violência no estádio Wembley.
Este fato foi lembrado pelo chefe da polícia britânica Mark Roberts, que defendeu as restrições ao álcool nos estádios do Reino Unido.
Segundo ele, a ausência do álcool não prejudica a festa e nem torna o ambiente menos descontraído, o que é bom.
Na Inglaterra, estuda-se a possibilidade de remover as restrições ao álcool nas arquibancadas, mas segundo Mark, a Copa do Mundo no Catar é um exemplo de que isso não deveria ser feito.
A Copa do Mundo no Catar proporcionou, pela primeira vez na história, uma arbitragem comandada por uma mulher. O fato ocorreu durante a partida entre Costa Rica e Alemanha.
Stéphanie Frappart, de 38 anos, não estava sozinha. Duas árbitras assistentes trabalharam com ela: Salima Mukansanga e Yoshimi Yamashita.
Com informações de: The Times
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