Página Inicial » História Islâmica » Uthman bin Affan: A história do terceiro Califa do Islam

Uthman bin Affan: A história do terceiro Califa do Islam

Uthman teve a honra de ter se casado com duas filhas do Profeta Muhammad, e foi o primeiro a disponibilizar cópias do Alcorão aos muçulmanos.
  • Uthman era um dos homens de confiança do Profeta Muhammad, ao qual o Mensageiro de Allah cedeu duas filhas em casamento.
  • Após a morte do Profeta, foi o terceiro califa a sucedê-lo.
  • Durante seu governo, diversas cópias do Alcorão foram distribuídas aos domínios do califado, garantindo a manutenção dos princípios islâmicos.
  • Uthman foi vítima de uma conspiração inimiga que resultou em seu assassinato.

Uthman bin Affan foi o terceiro dos quatro califas divinamente guiados. Seu governo é, até hoje, reconhecido por ter sido o primeiro a distribuir cópias de manuscritos do Alcorão nas regiões dominadas pelo Islam. Isso foi fundamental para preservar os princípios e a prática correta da religião.

Durante a vida do Profeta Muhammad, foi um de seus leais companheiros e, devido à sua influência na comunidade de Meca, a propagação da religião de Allah se fortaleceu através da conversão de Uthman. Ele pertencia ao clã dos Banu Umayyad, um dos mais importantes da sociedade árabe.

Apesar desses grandes feitos de Uthman, tanto no período em que era companheiro do Profeta, como em seu governo, o crescimento rápido da religião atraiu atenção de inimigos, que conspiraram para assassiná-lo. Seu martírio é o marco inicial de um período turbulento que terminaria com uma grande divisão na comunidade islâmica.

Vida pregressa

Não se sabe ao certo o ano de nascimento de Uthman. Ele nasceu na cidade de Taif e é filho de Affan, que era primo de segundo grau do Profeta Muhammad, e Urwa, prima de primeiro grau do Mensageiro de Allah. Uthman era do clã Banu Umayyad, um ramo dos coraixitas que possuía uma boa reputação em Meca.

Não há muitas informações sobre sua infância, apenas que pertencia a uma família rica e era uma das 22 pessoas de Meca que sabiam ler e escrever. Era comerciante e ficou bastante conhecido por ter uma personalidade muito íntegra. Antes da revelação, ele não participava de jogatinas, não bebia álcool e não era adepto do culto aos ídolos, pois achava que aqueles deuses sem vida não eram de fato capazes de fazer algo pelas pessoas.  

Ele era um grande amigo de Abu Bakr e do Profeta Muhammad, que Uthman via como um bom conselheiro antes mesmo da revelação do Alcorão, devido à sua boa reputação e maneira leal de lidar com os negócios. 

Conversão ao Islam

No ano 610, Uthman voltava para Meca após uma caravana de negócios na Síria. Durante uma noite, contemplava a imensidão cheia de estrelas, pensando que toda a criação deveria ter algum mestre e, quando estava quase dormindo, ouviu uma voz que parecia vir do espaço sideral, dizendo: “Ó, vocês que estão dormindo, acordem, pois em Meca o Profeta Ahmad apareceu”. Ele se espantou, mas ao olhar para os lados, não viu nada.

Quando chegou a Meca, Uthman soube da revelação que Muhammad recebeu e foi à casa de Abu Bakr. Lá, contou sobre a voz que ouviu no deserto e, para sua surpresa, soube que seu amigo já havia abraçado o Islam. Uthman foi até o Profeta, que lhe contou sobre a sua experiência ao receber a revelação do Alcorão e, ao ouvir a história, fez a sua profissão de fé, tornando-se o segundo homem adulto muçulmano.

Sua conversão lhe causou muitos problemas. O clã de Uthman nutria rivalidade contra os Banu Hashim, o ramo ao qual o Profeta Muhammad pertencia, e ao jurar-lhe fidelidade, sua família reagiu com bastante violência. A mãe de Uthman o advertiu para que retornasse à fé de seus antepassados e seu tio, Hakam bin Al Aas, chefe dos Banu Umayyad, amarrou-o com uma corda para obrigá-lo a abandonar o Islam, mas isso só fortaleceu sua fé.

Naquela época, Uthman era casado com duas mulheres. Ambas rejeitaram sua religião e, por isso, divorciou-se delas. O Profeta ficou comovido com a resistência de seu companheiro ao enfrentar toda sua família e cedeu-lhe sua filha Ruqayya em casamento. 

Perseguição dos idólatras

Antes mesmo dos muçulmanos iniciarem a fuga para a Abissínia, Uthman havia migrado com Ruqayya para lá. A mudança do casal foi motivada pela pressão da mãe de Uthman e também de suas ex-esposas, que ainda se mostravam insatisfeitas com a nova vida que ele havia adotado. Mais tarde, outros companheiros do Profeta fariam o mesmo trajeto para escapar da perseguição dos pagãos coraixitas.

Após várias pessoas fugirem de Meca, os pagãos foram até a Abissínia tentar persuadir o rei a entregar os muçulmanos que ali haviam se refugiado, mas ele se negou a fazê-lo. Após o fracasso, os coraixitas ainda tentaram convencer Uthman a retornar para a cidade, novamente sem sucesso.

Na Abissínia, Uthman manteve sua profissão e teve um filho com Ruqayya, a quem chamou de Abdullah. Ele também se tornou um porto seguro para os muçulmanos que estavam no país e sempre ajudava quem estivesse passando por alguma necessidade.

A migração para a Abissínia terminou quando os muçulmanos voltaram para Meca sob uma falsa promessa de paz com os coraixitas. Chegando lá, a perseguição foi retomada, desta vez através de um boicote imposto pelos pagãos aos Banu Hashim, o ramo do Profeta. Neste período, Uthman mobilizou sua riqueza e influência para ajudar os boicotados, que sofriam por terem seus negócios interrompidos com os outros clãs.

Vida em Medina

A Hégira foi um evento marcante na história islâmica, em que os seguidores do Mensageiro de Allah fugiram da opressão em Meca para criar sua própria sociedade em Medina. Guiados pelo Profeta Muhammad, eles puderam prosperar e reagir militarmente à perseguição dos pagãos coraixitas. 

Uthman foi um dos poucos muçulmanos a migrar duas vezes pela causa de Deus. Em Medina, seguiu com seu ofício de comerciante e prosperou financeiramente, tornando-se um dos homens mais ricos da região. Seus lucros, no entanto, sempre foram destinados às boas causas, como o financiamento da Mesquita do Profeta e a aquisição de um poço para garantir o abastecimento gratuito de água aos muçulmanos.

Segundo casamento

Uthman viveu feliz com Ruqayya por dois anos, até que, em 624, ela adoeceu e faleceu. Sua morte coincidiu com o dia em que o Profeta combatia os coraixitas na Batalha de Badr – uma das maiores do período da missão profética – impossibilitando sua presença no funeral da filha.

Batalha de Badr no filme A Mensagem

A morte de Ruqayya abateu Uthman profundamente, de modo que seu amigo Omar ibn al Khattab quis ajudá-lo oferecendo sua filha Hafsa em casamento, mas ele ainda estava de luto e não quis aceitar a proposta. Omar ficou ressentido com esta atitude e se queixou ao Profeta Muhammad, que propôs casar-se com Hafsa e, mais tarde, o Mensageiro de Allah cedeu a mão de sua filha Umm Kulthum a Uthman.

Por se casar novamente com uma filha do Profeta Muhammad, Uthman ficou conhecido como “Dhul Nurein”, que significa “mantenedor das duas luzes“, em alusão às suas iluminadas esposas. Seu casamento com Umm Kulthum durou até o ano 630, quando ela faleceu. Eles não tiveram filhos. Abdullah, filho de Uthman e Ruqayya, morreu dois anos após a mãe.

Embora Uthman tenha se casado outras vezes, sempre lamentou a ausência de suas amadas esposas e também por ter sido privado de continuar sendo genro do Profeta. Ibn Asakir registra, sob a autoridade de Ali, que o Profeta disse a Uthman: “Se eu tivesse quarenta filhas, eu as teria casado com você uma após a outra, até que nenhuma delas restasse”.

Uthman em batalhas

Uthman não participou da Batalha de Badr, pois precisou fazer companhia para Ruqayya, mas desejava estar ao lado dos muçulmanos em combate. O Profeta Muhammad o acalmou, dizendo que Deus lhe daria os méritos por seus atos como se tivesse participado da campanha.

Na Batalha de Uhud, os muçulmanos foram derrotados pelos coraixitas e muitos companheiros escaparam do duelo por pensarem que o Profeta havia morrido, incluindo Uthman. Mais tarde, Deus condenou a conduta dos fugitivos, mas disse que Ele os perdoaria, pois sua ação foi baseada em um mal entendido. 

Uthman foi até o Profeta expressar seu pesar e foi animado pelo mestre, que o consolou dizendo que Allah aceitou as razões de terem fugido. Dali em diante, decidiu que nunca mais abandonaria nenhum combate.

Na Batalha das Trincheiras, Uthman estava na linha de frente e, ao final do duelo, muitos inimigos foram capturados como cativos de guerra. Uthman decidiu comprar todos os prisioneiros, que acabaram aceitando o Islam e, por isso, foram libertados.

O tratado de Hudaibiyah

Em 628, o Profeta decidiu fazer a peregrinação em Meca e partiu de Medina acompanhado por 1.400 companheiros. Ao saber disso, os coraixitas, que já estavam desmoralizados pelo crescimento do Islam, temeram que a presença dos muçulmanos na Cidade Sagrada significaria uma derrota moral para os pagãos. Eles não tinham outra solução a não ser negociar com o Mensageiro de Allah para que não entrassem no local.

Quando se aproximaram da cidade, Uthman foi enviado como emissário aos coraixitas para que os muçulmanos pudessem entrar na cidade. Porém, a negociação demorou muito e, entre os companheiros do Profeta, começaram rumores de que Uthman havia sido morto. 

O Mensageiro de Allah pediu para que todos que ali estavam fizessem um juramento de que lutariam ao seu lado por Uthman. Este acontecimento foi chamado de Baiyat ur Ridwan e foi a única vez que o Profeta Muhammad fez um juramento em nome de um de seus companheiros. Um verso do Alcorão foi revelado mostrando que Deus havia ficado satisfeito com aqueles que fizeram a promessa. 

Mais tarde, Uthman voltou, acompanhado por um emissário coraixita. Quando soube do ocorrido, também prestou lealdade ao Mensageiro de Allah. Junto ao emissário, o Profeta estabeleceu um tratado de paz com os pagãos, interrompendo todas as agressões.

A morte do Profeta

No ano 630, após os coraixitas quebrarem o tratado de Hudaibiyah, os muçulmanos entraram em Meca e conquistaram a cidade. Na Cidade Sagrada, não se viu nenhum tipo de violência quando o Profeta marchou com seu exército pelas ruas. Os ídolos foram arrancados da Caaba e os pagãos se converteram ao Islam.

Uthman foi especialmente beneficiado com a queda do paganismo, pois ainda tinha propriedades em Meca que lhe renderam um bom lucro. Um ano após a morte de Umm Khultum, ele se casou em Meca com a senhora Umm Saeed Fatima e, logo depois, eles voltaram para Medina.

Em 632, o Profeta Muhammad morreu e os muçulmanos sentiram profunda aflição. Omar e Uthman acreditavam que o Mensageiro de Allah não tinha morrido, e sim que tinha sido elevado de corpo e alma aos céus, mas que voltaria para eles, como o Profeta Moisés. Porém, no dia do falecimento, Abu Bakr disse, em público, a todos os companheiros: “Se alguém adorava Muhammad, Muhammad está morto. Mas se alguém adorava a Deus, Deus está vivo e é imortal”.

Uthman ficou atordoado, temendo como a comunidade iria enfrentar as maldades do mundo e do diabo após a morte do Profeta Muhammad. Mas Abu Bakr o acalmou, dizendo-lhe: “Não se preocupe, eu fiz as perguntas necessárias ao Sagrado Profeta. Ele declarou que, se alguém tem fé total de que não há deus senão Allah, e que Muhammad é Seu Profeta, seria como um homem rico que se livrou das armadilhas do mundo e do diabo.”

Durante o governo de Abu Bakr e Omar

Quando Abu Bakr se tornou califa, Uthman foi um dos primeiros a prestar lealdade ao amigo que o guiou até o Islam. Neste período, foi nomeado como conselheiro do governante.

Quando Abu Bakr morreu, Omar sucedeu-o e Uthman foi mantido em seu cargo. Ele participou da tomada de decisões estratégicas no governo de Omar. Um de seus maiores feitos foi trazer para Medina uma grande caravana de alimentos para abastecer a cidade enquanto o país estava sendo abatido por uma seca severa que os deixou sem suprimentos. Esta atitude ajudou a salvar a vida de várias pessoas.

O califado na era Uthman

Em vida, Omar não decidiu se nomearia um sucessor ou não. Então, preferiu eleger um conselho com seis homens proeminentes da comunidade muçulmana que deveriam escolher o próximo sucessor. 

Três dias após a morte do califa, os nomeados se reuniram para cumprir seu dever e os nomes mais indicados eram Uthman e Ali. Por ser uma pessoa mais velha, comprometer-se incondicionalmente a manter os valores de seus antepassados e sempre ter sido generoso com toda a comunidade, Uthman foi o escolhido pela maioria e governou por 12 anos.

Distribuição do Alcorão

Alcorão

Na era de Uthman, o Islam já havia se espalhado por muitas regiões e muitos povos começaram a ter leituras discrepantes do Alcorão, criando a necessidade de publicar uma edição oficial do livro. 

Para isso, o califa montou um comitê que ficou responsável por eliminar as discrepâncias e redigiu o Mushaf com base no primeiro exemplar, que foi compilado a partir de manuscritos ditados pelo próprio Profeta. As cópias foram verificadas por Uthman e distribuídas entre os domínios do califado. 

De acordo com a doutrina islâmica, Deus revelou Sua mensagem a todas as nações mas, depois de algum tempo, os homens sempre corrompiam os ensinamentos entregues pelos profetas. O Islam caminhava para o mesmo destino das revelações anteriores e é graças a Uthman que a palavra do Alcorão está preservada até hoje do mesmo modo que foi revelada ao Profeta Muhammad.

Administração e expansão

Uthman era um comerciante de sucesso e sua visão empreendedora fez o califado viver dias de grande fartura. Tanto a população muçulmana como os praticantes de outras religiões viveram anos de grande prosperidade financeira em seu governo.

O califa delegou sua autoridade a muitos de seus parentes, sendo acusado de nepotismo. No entanto, através de seus gestores, o Islam continuou se expandindo, reconquistou territórios no norte da África e avançou pelo centro e sul da Ásia, até chegar a regiões que hoje pertencem ao Paquistão, eliminando totalmente a dinastia Sassânida na Pérsia.

Campanhas de oposição

Por não conseguirem vencer Uthman em batalha, os adversários começaram a financiar movimentos de oposição ao Islam dentro do califado. O movimento foi liderado por um homem no Egito chamado Ibn Saba, que conseguiu propagar grande revolta, criando polêmicas e causando intriga entre a população, mas sem apresentar uma denúncia consistente contra o governo.

Ele teve apoio de Muhammad bin Abi Hudhaifa, que era filho adotivo de Uthman. Muhammad havia se revoltado contra seu pai porque queria administrar alguma região do califado, mas teve seu desejo negado por ser muito jovem e imaturo. O rapaz partiu para o Egito e lá viveu sob os cuidados de Ibn Saba, que o incitou a se rebelar contra seu pai.

Em 655, após uma propaganda agressiva dos opositores, Uthman convocou todos os muçulmanos e governantes do califado para participarem da peregrinação em Meca, prometendo que lá ele atenderia a todas as reivindicações que fossem justas. 

Na Cidade Sagrada, os conspiradores aguardavam o discurso do califa para iniciar um tumulto. Mas, ao final do pronunciamento, Uthman abriu espaço para queixas e todos ficaram em silêncio, o que representou uma vitória psicológica para o califado.

Morte de Uthman

Para a surpresa de Uthman, as campanhas contrárias não cessaram após seu discurso em Meca e, para tentar frear a revolta, o califa chamou o governador do Egito, Abdulah ibn Saad, para vir a Medina traçar novas estratégias. Ao viajar, Abdulah deixou a região sob o controle de seu vice, mas Muhammad bin Abi Hudhaifa deu um golpe de estado e assumiu o poder. 

Ao saber da revolta no Egito, o governador se apressou para retornar ao país, mas Uthman não poderia enviar-lhe reforço naquele momento, o que o levou a desistir de tentar retomar o poder. Em Kufa e em Basra, as lideranças traíram o califado e decidiram ajudar os rebeldes a matar o governante.

Cerca de 1000 homens armados foram em direção a Medina, alegando que iriam participar da peregrinação. Alguns representantes dos rebeldes foram oferecer lealdade a homens influentes para serem sucessores do califado. Então, falaram com Ali, Zubayr e Talha, mas nenhum deles aceitou. Os inimigos de Uthman tentaram manipular as pessoas de Medina e conseguiram neutralizar parte do apoio que ele detinha.

Os rebeldes cercaram a casa de Uthman e ele se recusou a revidar e suprimir a rebelião. No entanto, ainda sim alguns guerreiros notáveis chegaram a lutar em seu apoio, como os netos do Profeta Muhammad – Hassan e Hussein, filhos de Ali. Em dado momento os invasores entraram secretamente na casa e atacaram Uthman violentamente, até que ele morreu. Eles ainda tentaram mutilar seu cadáver, mas foram impedidos pelas esposas do califa, que se apressaram a chamar ajuda dos membros do clã do califa para enterrá-lo rapidamente. O corpo foi levado para o cemitério islâmico durante o bloqueio, mas os aliados foram impedidos de entrar lá. Uthman foi enterrado em sigilo no cemitério judaico.

Na noite anterior à sua morte, ele sentiu que seu fim estava próximo e sonhou que estava com o Profeta Muhammad no paraíso, que o convidava para quebrar o jejum. De fato, Uthman estava jejuando no momento em que foi assassinado e pôde quebrá-lo na companhia de seu mestre.

Conclusão

Uthman foi um dos primeiros homens a se converterem ao Islam e precisou enfrentar a violência de seus parentes para manter sua religião. Devido a seu grande caráter, o Profeta Muhammad ofereceu-lhe uma de suas filhas em casamento e, mais tarde, quando ela faleceu, cedeu-lhe a mão de outra filha em matrimônio. 

Ele também mantém a reputação de ter sido o único homem pelo qual o Profeta Muhammad jurou lutar, quando houve rumores de que Uthman havia sido morto pelos idólatras, pouco antes da confecção do tratado de Hudaibiyah. 

Após a morte do Profeta, Uthman se tornou o terceiro califa a sucedê-lo, levando a Arábia a viver um período de grande prosperidade econômica e expansão militar. Seu maior legado foi distribuir cópias do Alcorão para os domínios do califado, garantindo que a religião não fosse corrompida.

Suas conquistas levaram seus inimigos a financiar revoltas internas em seus domínios. As propagandas contrárias ao seu governo, embora fossem infundadas, provocaram instabilidade que ele não conseguiu superar e se recusou a combater militarmente. Uthman foi vítima de um cerco violento em sua residência que terminou com sua morte.

Fonte

-LINGS, Martin. Muhammad – a vida do Profeta do Islam segundo as fontes mais antigas. São Paulo: Attar Editorial, 2010

-HASAN, Professor Masud-ul. Hadrat Abu Bakr, Umar, Usman, Ali (ra). Lahore: Islamic Publications, 1982.

Links para Leitura

Sobre a Redação

A Equipe de Redação do Iqara Islam é multidisciplinar e composta por especialistas na Religião Islâmica, profissionais da área de Marketing, Ilustração/Design, História, Administração, Tradutores Especializados (Árabe e Inglês). Acesse nosso Quem Somos.