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O Islam não Precisa ser Reformado, mas sim Aprendido

Muito se discute que o Islam precisa ser reformado em favor da suposta superioridade moral dos valores ocidentais. Esta premissa, no entanto, é falsa.
  • Os discursos reformistas que os ocidentais propõem ao Islam envolvem a diminuição ou extinção da influência religiosa da vida pública.
  • Esse juízo utiliza uma falsa premissa de que os valores da cultura ocidental detêm o monopólio da justiça e liberdade e, portanto, são superiores.
  • O Islam pode, sim, ser reformado, como já foi ao longo da história, mas resgatando os seus valores primordiais, não afastando-os da vida pública.
  • A sharia contempla a justiça e a liberdade e isso é facilmente perceptível para qualquer pessoa honesta que não a interprete de forma preconceituosa.

Nas últimas duas décadas, a percepção orientalista sobre os muçulmanos se atualizou e estabeleceu novos estigmas que se somaram a outros já bem conhecidos.

O muçulmano, além de exótico e incivilizado, agora é tratado como um terrorista em potencial e inimigo da coexistência com aquilo que lhe é diferente. 

Esta narrativa será muito útil ao longo dessas décadas para justificar invasões de países islâmicos, como ocorreu no Iraque, Afeganistão e Líbia, e para impor valores novos aos muçulmanos, como ocorre na França.

Isso pode ser percebido claramente no discurso que Laura Bush, esposa de George Bush, fez ao se referir à famigerada "Guerra ao Terror" que os EUA empreenderam no início do século: 

"Por causa de nossos recentes ganhos militares em boa parte do Afeganistão, as mulheres não mais estão aprisionadas em suas casas. Elas podem ouvir música e ensinar suas filhas sem medo de punição. A luta contra o terrorismo é, também, uma luta pelos direitos e dignidade das mulheres."

Os componentes dessa narrativa, embora pareçam algo natural, estão muito perto de antigas histórias maniqueístas em que o herói branco inteiramente bom se aventura contra selvagens de outras culturas.

Esta semelhança não é coincidência. Por trás do discurso de reformar o Islam e afastar os costumes religiosos da vida pública dos muçulmanos, há uma narrativa hegemônica que estabelece a superioridade dos valores ocidentais, tal qual havia na era colonial.

 O Mito da Religião Islâmica Inerentemente Opressora

"Quando se salva alguém, assume-se que a pessoa está sendo salva de alguma coisa. Você também a está salvando para alguma coisa. Que violências estão associadas a essa transformação e quais presunções estão sendo feitas sobre a superioridade daquilo para o qual você a está salvando? Projetos de salvar outras mulheres dependem de, e reforçam, um senso de superioridade por parte dos ocidentais, uma forma de arrogância que merece ser desafiada."

Essas palavras foram escritas pela antropóloga Lila Abu-Lughod em seu artigo "As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação?".

Em seu artigo, Lila é bem enfática sobre o problema de achar que a moralidade ocidental deva suprimir os valores e costumes das sociedades islâmicas.

Ela menciona um exemplo das missionárias cristãs protestantes da Grã-Bretanha que registraram suas percepções sobre as mulheres do Cairo.

Assustadas com a reclusão das mulheres, o véu e a poliginia, elas relataram sobre a sua responsabilidade em dar vozes para aquelas mulheres, pois "elas nunca chorarão por si mesmas, uma vez que estão sob os grilhões de séculos de opressão".

Para além do exemplo mencionado por Lila Abu-Lughod, não é difícil encontrar paralelos semelhantes em toda a história do colonialismo em que os conquistadores introjetavam seus valores sobre a sociedade dos conquistados.

Os conflitos pelas terras e riquezas só se encerravam quando a cultura local era totalmente suprimida pelos dominadores.

Desta forma, povos na América, Ásia, África e Oceania adotaram línguas, trajes, hábitos, religiosidade e muitas outras estruturas dos europeus, sem falar nos casos em que populações nativas eram dizimadas para que outra fosse alojada nos territórios conquistados.

Não cabe aqui fazer juízo de valores em relação à percepção dos ocidentais sobre a cultura islâmica durante aquele período. No entanto, não podemos dizer que esta era a maneira como as pessoas daqueles países se percebiam.

Por exemplo, vale destacar que, entre os aspectos citados pelas missionárias, a poliginia em muitas sociedades cumpriu um papel social muito importante.

A condição do homem na religião islâmica o coloca, obrigatoriamente, na condição de provedor da sua família, encarregado de garantir o sustento de todas as necessidades básicas de sua esposa e filhos.

Não era incomum o fato de que as sociedades tivessem uma distribuição menor de homens para cada mulher por causa da insalubridade dos ofícios que ocupavam. 

A mortalidade masculina era ainda maior em locais que estavam marcados pela guerra, como no caso da Batalha de Uhud, quando a população masculina islâmica caiu drasticamente, o que resultou na autorização da poliginia.

Esta desproporção gerava lares sem pais e sem maridos, o que significava, muitas vezes, a falta de alguém para proteger e garantir o sustento de uma família, fazendo com que a solução proposta pela poliginia fosse interessante para muitas mulheres.

Para falar sobre o véu, Lila Abu-Lughod usa um dos exemplos mais extremos da contemporaneidade para a concepção ocidental, que é a burca afegã.

A autora destaca a importância do véu como uma proteção para as mulheres, como se elas conseguissem transportar o ambiente doméstico para as ruas e, por isso, não são incomodadas ou atormentadas pelos homens.

Para além da dimensão individual da proteção, a autora destaca que o véu garante a elas um status social. Durante o período em que a obrigação da burca não estava em vigor no Afeganistão, as mulheres que cobriam o rosto eram vistas como pessoas respeitáveis.

Muitos podem tentar simplificar grosseiramente este traço cultural dizendo que é um caso de opressão feminina, mas é fácil entender que isto é um engano ao pensar que os seres humanos são produtos das interações sociais que criam.

Isso é bem fácil de entender quando transportamos essas percepções para o nosso contexto. Há uma forma apropriada de se vestir no ambiente de trabalho, em casamentos, festas, ao assistir jogos de futebol, etc.

É raro, e às vezes inaceitável, que as pessoas transgridam esses costumes. A liberdade de escolha como conhecemos é, em grande medida, delimitada pela cultura que está inserida.

Alguns podem até tentar contrapor este argumento falando sobre a coerção quanto ao uso do véu no mundo islâmico. Mas este argumento é frágil, visto que os únicos lugares que obrigam o uso do hijab por lei são o Irã e o Afeganistão.

No entanto, em contextos onde o uso dos trajes islâmicos é uma tendência orgânica, não há uma pressão pela transgressão, pois assim como em qualquer cultura, as pessoas são socializadas vendo esses costumes como coisas naturais.

Como Lila pontua bem sobre sua pesquisa:

"Eu fiz trabalho de campo no Egito por mais de 20 anos e não consigo pensar em uma única mulher que conheço, da mais pobre na zona rural à mais educada cosmopolita, que tenha de qualquer forma expressado inveja das mulheres norte-americanas; mulheres que elas tendem a perceber como sendo despojadas da comunidade, vulneráveis à violência sexual e exclusão social, dirigidas mais pelo sucesso individual do que pela moralidade, ou estranhamente desrespeitosas em relação a Deus."

O Mito da Religião Islâmica Inerentemente Intolerante

Hoje já não vivemos mais o período das missões cristãs como auxiliares essenciais do colonialismo.

Ao contrário, o imperialismo moderno é profundamente secular e seus ideais possuem bases iluministas, como a luta pelos direitos humanos e a democracia liberal.

Aliás, a maior parte dos ocidentais acredita que esses dois valores são universalmente desejáveis, assim como a maior parte de seus antepassados encaravam as perspectivas missionárias da mesma forma.

Ao olhar para os países islâmicos, onde a religiosidade ainda está bem integrada à vida pública, o ocidental secular não se preocupa em enxergar este contexto social levando em conta a perspectiva dos muçulmanos devotos (que formam a parcela mais significativa da população).

Ao contrário, ele passa a encarar através da sua própria perspectiva histórica e social, na qual a influência da religião na vida pública está associada à idade média ou a outras épocas que já são consideradas atrasadas pela obsolescência dos seus aspectos morais e materiais.

E, embora a cristandade medieval e a cultura islâmica contemporânea sejam coisas absolutamente distintas, o juízo que o ocidental moderno faz é o mesmo, de que sua estrutura é inerentemente intolerante por não contemplar o individualismo ao modo das democracias liberais.

Isso está expresso, por exemplo, em artigos como "Is Islam to Blame for the Shooting at Charlie Hebdo in Paris?", do jornalista Nicholas Kristof, publicado no jornal New York Times, em que ele falava de uma preocupação recorrente que ouvia de seus leitores:

"Existe algo sobre o Islam que leva inexoravelmente à violência, ao terrorismo e a subjugar as mulheres?"

Alguns autores fazem essa afirmação de forma contundente e defendem abertamente a dominação de culturas do sul global por acreditarem que a cultura ocidental é superior.

Isso pode ser visto, por exemplo, no ensaio " O multiculturalismo é ruim para as mulheres?", de Susan Moller Okin. 

Para ela, as mulheres estariam em melhor situação se vivessem sob a "cultura majoritária" do que em suas respectivas "culturas minoritárias patriarcais".

Ainda mais agressivos, polemistas como Robert Spencer afirmam que pessoas de todas as religiões devem se unir contra o Islam ou todos serão enforcados separadamente. [4]

Também na linha dos polemistas, Ben Shapiro produziu muitos conteúdos anti-islâmicos, como um vídeo em que afirma que a maioria dos muçulmanos do mundo são radicais.

Se resgatarmos a citação das missionárias no Egito a serviço do colonialismo, veremos muitas semelhanças com esses discursos.

Como conclui Abu-Lughod, a salvação cristã foi suplantada por uma pretensa libertação promovida pelos direitos humanos.

Os direitos humanos não são algo neutro; estão inseridos dentro da ideologia das democracias liberais.

Nesta lógica liberal, pretende-se atribuir aos direitos humanos o monopólio da luta pela justiça, ignorando completamente que a sharia e as culturas locais possuem perspectivas diferentes de como esta mesma justiça deve ser estabelecida.

Ignora-se, por exemplo, a pluralidade de povos milenares que sobreviveram até os dias atuais, enquanto as culturas estrangeiras dominadas por muitos impérios ocidentais foram, em sua maioria, assimiladas.

Também se ignora a autodeterminação que alguns reinos islâmicos deram aos não-muçulmanos protegidos, como pontua, por exemplo, o historiador Jonathan A. C. Brown

‘’Na civilização islâmica clássica, autoridades muçulmanas permitiam que zoroastristas se envolvessem em casamentos incestuosos de irmão com irmã, que os judeus cobrassem juros e os cristãos fabricassem vinho e criassem porcos".

Esses exemplos, no entanto, não são colocados em evidência na ideologização que o liberalismo faz sobre o Islam. Ao contrário, destacam-se os exemplos de maior intolerância.

Ao falar da violência contra as mulheres, por exemplo, Abu-Lughod diz que quando esse tipo de crime ocorre nas sociedades islâmicas, são tratados como "crimes de honra", mas em uma sociedade como os EUA, por exemplo, são vistos apenas como um ato de pessoas desviantes.

Na tentativa de evidenciar a intolerância e a violência como representações fiéis do Islam, oculta-se também as influências europeias que deram surgimento a vários problemas sociais e ideais políticos que hoje são entendidos como extremistas.

Também é omitida a contribuição dos europeus para surgimento de grupos heterodoxos como os wahabitas na Arábia Saudita, os vários grupos radicais apoiados pelo ocidente [6] e o financiamento norte-americano aos setores mais radicais dos mujahedins afegãos, que foram os precursores do jihadismo global.

Além disso, pouco se valoriza os exemplos de muçulmanos que se esforçam para conter tal radicalismo sem propor a renúncia da religiosidade, resgatando-a, afinal, a piedade é imprescindível ao Islam, enquanto a violência não.

E nesse esforço de apresentar o Islam de forma maniqueísta e totalmente vinculado a um espectro maligno, se combate a religião empurrando seus praticantes para a marginalidade.

Como resultado dessa inflexibilidade em integrar o Islam nas sociedades em que ele já é indissociável, alguns muçulmanos acabam acreditando no radicalismo como solução.

Como aponta Jayne Huckerby em seu artigo ao New York Times, as mulheres representam 10% dos recrutas europeus que integraram o ISIS. [8]

Muitas delas declararam que a alienação social e as restrições à observância religiosa, como a proibição da França de usar burca ou niqab em um espaço público, fizeram com que elas se tornassem simpáticas ao grupo terrorista.

Isso de forma alguma exime esses extremistas da culpa pelos seus atos, mas torna claro que a violência está atrelada a muitos fatores sociais, e não a uma estrita prática religiosa.

O Islam Precisa ser Reformado?

Respondendo a pergunta, o Islam pode ser reformado, no entanto, se esta reforma significa abrir mão da religiosidade, a resposta é: não.

O Islam já passou por várias reformas ao longo da história que afastaram coisas que haviam sido incrustadas na religião e mantiveram apenas o que estivesse, de fato, ligado à revelação primordial de Allah.

A reforma, aliás, é algo desejável e está na revelação islâmica quando o Profeta Muhammad diz que Allah enviará um mujaddid (reformador) a cada século:

"Allah levantará para esta comunidade, no final de cada 100 anos, aquele que renovará sua religião para ela." (Sunan Abu Dawood 4278)

Homens como Imam Shafi, Imam al-Ghazali, Imam Ashari e vários outros são considerados reformadores e referências para um vasto corpo jurídico e acadêmico da religião.

O mérito desses homens foi reconciliar os paradoxos que o Islam enfrentava no período em que viveram através metodologias para se reconectarem com a mensagem primordial presente no Alcorão e na Sunnah profética.

Ou seja, o Islam sempre esteve aberto para reformas. No entanto, isso não deve ser entendido no sentido secular, segundo o qual quanto mais distante a religião estiver da vida pública, melhor.

Ao contrário, a fonte da moralidade provém das religiões. Portanto, devem estar presentes na conduta de todas as pessoas.

Aliás, a história mostra que o Islam tem o seu próprio sistema para expelir aquilo que lhe é heterodoxo.

Um dos primeiros exemplos que temos disso são os puritanos khawarij (também traduzido como carijitas para o português) que foram a primeira grande expressão extremista da religião.

A aspereza e a incompatibilidade com o espírito da revelação islâmica acabou tornando este sistema impraticável, levando-o, praticamente, à extinção.

Isso continuou na história moderna, afinal, os esforços para promover reformas no Islam que, de fato, incorporem práticas distantes da violência e do fanatismo partem quase sempre dos próprios muçulmanos.

E isso ocorre porque o que mais agrava a propagação de ideais extremistas não é a construção de mesquitas lideradas por sheikhs radicais, mas os problemas sociais que as comunidades enfrentam.

Um bom exemplo disso foi o ativismo político de Zainab al-Ghazali no Egito. Enquanto o Islam se via defrontado pelas demandas feministas que surgiram naquele período, ela defendia que a própria religião era a saída para o conflito.

Zainab defendia que a mulher deveria ter um papel ativo para a manutenção da sociedade islâmica e, portanto, deveria ser educada e conhecer plenamente os seus direitos religiosos.

Ela também acreditava que o papel social das mulheres estava atrelado à capacidade de fazer proselitismo religioso.

Através disso, promoveu educação para muitas muçulmanas por meio de sua Associação das Mulheres Muçulmanas para que tivessem dignidade como mães e esposas.

Outro exemplo semelhante foi a reaproximação das leis paquistanesas aos princípios da sharia em 1990, quando as leis do período colonial britânico, que abrandavam as penas para homens que cometessem crimes de honra, foram finalmente proibidas.

Precisamos olhar para as fontes e para a história islâmica, pois ali sempre veremos formas de lidar com os paradoxos da modernidade.

A piedade, a modéstia e a sharia de modo geral, foram e ainda são eficientes em abrigar e administrar aquilo que é diferente e contraditório aos seus princípios sem que isso necessariamente signifique uma perseguição implacável a aqueles que não respeitam tais princípios.

No entanto, isso também não é igual a relativização liberal, e sim a um extremo zelo pelos valores religiosos, sem abrir mão da misericórdia com os pecadores.

Conclusão

No senso comum das pessoas no ocidente, veículos de massa e ambiente acadêmico, há uma ideia de que as democracias liberais e direitos humanos devem prevalecer contra a influência islâmica.

Esse discurso possui paralelos com o antigo colonialismo europeu, no sentido de que as ideias dos ocidentais devem se sobrepor à religiosidade dos muçulmanos.

Os defensores dessas ideias se valem de premissas falsas de que os direitos humanos e as democracias liberais detêm o monopólio da justiça e que a ética religiosa islâmica não partilha disso.

Muitas vezes, esse discurso vem acompanhado da falsa premissa de que os muçulmanos são naturalmente violentos e tudo que está ligado à religiosidade islâmica é "medieval", "atrasado" e até mesmo "intolerante".

Nada disso é verdade, pois a moralidade islâmica é muito bem construída e, muitas vezes, é mais eficiente em conter a violência e abrigar as diferenças do que a moralidade ocidental.

A religião islâmica, portanto, não precisa ser reformada no sentido de abrir mão dos seus valores e aceitar os valores do ocidente como moralmente superiores.

No entanto, a religião islâmica pode, sim, ser reformada, se isso significar o resgate dos valores primordiais de sua revelação para afastar as incrustações posteriores que impregnaram costumes e crenças que não são parte da religião.

Referências

[1] ABU-LUGHOD, Lila. As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação?: reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus outros. 2012, Disponível em:

https://www.scielo.br/j/ref/a/yPdFtbPfpQCHyDmh6BjqQDx/?lang=pt

[2] VOLPP, Leti. SAVING MUSLIM WOMEN. 2015, disponível em: https://www.publicbooks.org/saving-muslim-women/#fnref-1845-15

[3] Is Islam to Blame for the Shooting at Charlie Hebdo in Paris? Diponível em: https://www.nytimes.com/2015/01/08/opinion/nicholas-kristof-lessons-from-the-charlie-hebdo-shooting-in-paris.html

[4] OKAN, Susan Moller. O multiculturalismo é ruim para as mulheres? 2012.

[5]SPENCER, Robert. Religion of Peace?: Why Christianity Is and Islam Isn't, 2007

[6]Macmillan backed Syria assassination plot. Disponível em: https://www.theguardian.com/politics/2003/sep/27/uk.syria1 

[7] BLOWBACK: HOW ISRAEL WENT FROM HELPING CREATE HAMAS TO BOMBING IT. Disponível em: https://theintercept.com/2018/02/19/hamas-israel-palestine-conflict/

https://www.napoleon-series.org/research/government/france/penalcode/c_penalcode3b.html

[8] "When Women Become Terrorists,” disponível em: https://www.nytimes.com/2015/01/22/opinion/when-women-become-terrorists.html

[9] ALAM, Qadeer. The Qisas and Diyat Law in Pakistan: Prosecution of Offence of Murder. 2010. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/26899443?read-now=1&seq=7#page_scan_tab_contents

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