Eu estava esperando no caixa quando um homem me perguntou se eu sou muçulmano. Eu respondi com “Sim” e, então, ele disse “Alhamdulillah” (Graças a Allah). Ele disse: “Tenho a intenção de me tornar muçulmano”. Depois disso, conversamos novamente sem tocar no assunto do Islam e, de repente, ele se afastou. Isso significa que fiquei satisfeito com sua descrença? O que fazer em tal situação?
Não, o cenário em questão não constitui um contentamento com a descrença (rida bil kufr). Em geral, os juristas dão exemplos que indicam princípios que estão tentando transmitir. Não devem ser entendidos literalmente e é por isso que muitos juristas escreveram explicitamente que eles não dão veredictos legais (fatwa) de acordo com o que é encontrado nos textos legais. A lei não é tão simplista.
Mesmo em um caso real e sério, o jurista se esforçará para tomar qualquer posição que razoavelmente mantenha a pessoa dentro do rebanho do Islam. Anátema (takfir) não é pouca coisa e, em nossos tempos, é um câncer que afeta a comunidade dos crentes (umma).
Além disso, a maioria das pessoas que pretendem se tornar muçulmanas já estão inseridas na fé em virtude do que acreditaram e aceitaram como verdade. Assim, “aceitar” formalmente e coisas semelhantes têm sabedorias sociais, mas não são uma parte essencial da fé, assim como o próprio testemunho de fé.
Em qualquer caso, se você acha que não ajudou adequadamente, ou gostaria de ter falado mais, pode suplicar pela pessoa em questão. Mas se a pessoa não lhe pediu nada, nada é especificamente e religiosamente exigido de você.
[Qari, Sharh Alfadh al Kufr (78-81); Ibn Abidin, Sharh Uqud Rasm al Mufti (440)]
E só Deus Altíssimo sabe o que é melhor.
[Ustadh] Tabraze Azam
Verificado e aprovado por Shaykh Faraz Rabbani
Via: Seekers Guidance
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