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“Árabes imundas”: Duas mulheres muçulmanas são esfaqueadas em Paris

As mulheres foram esfaqueadas próximo à Torre Eiffel enquanto estavam acompanhadas de seus filhos. Elas ouviram ofensas racistas durante o ataque.
  • Duas mulheres muçulmanas que estavam acompanhadas de crianças sofreram ataques a facadas no centro de Paris.
  • As autoras do crime são duas mulheres francesas, que teriam gritado ofensas racistas contra as vítimas no momento da tentativa de assassinato. 
  • O crime ocorre após o governo francês anunciar medidas de combate ao radicalismo, o que na prática soa como uma perseguição sistemática à religião.

Em um ataque preocupantemente subnotificado, duas mulheres muçulmanas foram repetidamente esfaqueadas sob a Torre Eiffel, em Paris, na noite de domingo (18). Após a horrível decapitação de um professor nos subúrbios de Paris por um extremista na sexta-feira passada (16), depois que o professor apresentou charges do Profeta Muhammad para sua classe, a França está no limite enquanto as tensões continuam a aumentar.

A polícia francesa teria prendido duas suspeitas, que gritavam “árabes imundas” enquanto esfaqueavam repetidamente duas mulheres muçulmanas. As suspeitas estão atualmente detidas por tentativa de homicídio. As duas vítimas, mulheres francesas de origem argelina, foram citadas apenas como Kenza, 49, e Amel, com cerca de 40 anos. Kenza foi esfaqueada seis vezes e está no hospital com um pulmão perfurado.

Inicialmente, nenhuma informação oficial foi divulgada sobre o ataque – o que levou muitas pessoas a levantar a questão da flagrante islamofobia da França em quase todos os níveis da sociedade. Enquanto o frenesi legítimo da mídia em torno do assassinato do professor envolveu a nação em torno do “Islam radical”, houve notoriamente pouca ou nenhuma cobertura sobre este horrível ataque islamofóbico – seria porque as vítimas eram muçulmanas ou porque pareceriam simpáticos ao “Islam radical” se as mulheres inocentes recebessem apoio e condolências?

Embora o ataque tenha ocorrido na noite de domingo, só na terça-feira (20) a polícia francesa divulgou um comunicado público sobre o incidente. Enquanto a investigação ainda está em andamento, o presidente francês Emmanuel Macron está se preparando para liderar uma homenagem nacional ao professor assassinado, Samuel Paty, e ainda não fez nenhum comentário sobre o mais recente ataque anti-islâmico.

Enquanto a França continua a lutar com noções hipócritas de liberdade (de quê?), Igualdade (para quem?) e fraternidade (com quem?), os mais de cinco milhões de muçulmanos do país continuam a se sentir negligenciados, abusados e perseguidos por um governo sistemático que se revela cada vez mais anti-islâmico.

Fonte: The Muslim Vibe 

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