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Muçulmanos oferecem Ajuda para Católicos na Ucrânia

O arcebispo Visvaldas Kulbokas relatou que a situação em Kiev é dramática, mas o espírito de cooperação inter-religiosa tomou conta da cidade.

Membros da igreja católica estão contando com a ajuda de muçulmanos em meio aos conflitos na Ucrânia. Nesta segunda-feira (28), o site do Vatican News publicou o depoimento do arcebispo Visvaldas Kulbokas, que relatou que o ambiente de cooperação inter-religiosa tomou conta de Kiev, capital do país que está sendo invadida pela Rússia.

A situação, de acordo com o arcebispo, é dramática, e ele só está mantendo comunicação no momento em que os bombardeios cessam. Apesar da violência, o sacerdote católico disse que está havendo diálogos entre os líderes religiosos para oferecer ajuda mútua e caridade.

"Por um lado, a situação é muito dramática: mesmo agora, quando me mudo de um lugar para outro dentro da nunciatura, sempre carrego uma mochila com tudo o que preciso, porque nunca se sabe onde você estará nos próximos segundos... Mas devo dizer que esta situação criou consequências que eu chamaria de belas. Aqui em Kiev há muita solidariedade em nível paroquial - estou me referindo à comunidade católica, a comunidade greco-católica - mas ontem também falamos com o porta-voz da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, acompanhado de expressões de solidariedade para com o país, e para com o povo. Também conversamos com o assistente do Mufti da Ucrânia, e eles também nos disseram que se precisarmos de alguma coisa, nós organizaremos refeições e abrigo aqui em nossa mesquita... Portanto, há muita solidariedade em nível confessional e inter-religioso, assim como muita solidariedade em nível global, pelo menos em grande parte do mundo, e eu vejo muita atenção, muita ajuda sendo coletada... E acima de tudo corações: corações que estão próximos."

Instabilidade

O arcebispo descreveu o atual cenário de guerra em Kiev. Apesar de haver alguns momentos de tranquilidade, a situação continua grave:

"Hoje é um dia especial, pois os exércitos estão se reagrupando. Pelo menos a primeira parte do dia é de relativa calma. Até recebemos mensagens do governo que, se você quiser, pode ir e ver se alguma loja está aberta e alguém da nunciatura foi ver se algo pode ser comprado. Podemos respirar um pouco, mas não sabemos o que vai acontecer nas próximas horas... É claro que, a este nível humano, o drama é muito grande." Concluiu Visvaldas.

Fonte: Vatican News

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