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Muçulmanos adoram Maomé?

  • Os muçulmanos adoram somente a Deus. Não é muçulmano aquele que acredita que alguma criatura é igual ou divide seu poder com Deus.
  • Maomé, ou Muhammad, é somente um profeta, considerado o melhor exemplo de conduta de todos, mas não é adorado.
  • Os profetas são os responsáveis por entregar a mensagem de Deus aos homens.

Maomé é um aportuguesamento do nome de Muhammad. Para os muçulmanos, ele é considerado o último dos profetas enviados por Deus que, em árabe, é chamado de Allah. Porém, Muhammad não é considerado o messias ou o filho de Deus; ele é um mensageiro que entregou a palavra do Alcorão, que para os muçulmanos é a Revelação final de Deus.

No Islam, somente Deus deve ser adorado. Nem mesmo os profetas são divindades. Muhammad é visto como um exemplo de nobreza a ser copiado, mas ele não está em igualdade com Deus, nem compartilha do espírito do Criador, pois, de acordo com o Alcorão: “Ele é Allah, o Único! Allah! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!” (Alcorão, 112)

Deus no Islam

Os muçulmanos acreditam na Unicidade Divina. Isso significa que Deus não têm filhos ou associados e, portanto, não há outros deuses e não há ninguém com quem Ele divida Seu poder. Além de ser único e indivisível, Deus é independente e não necessita de nenhuma criatura para obter ou legitimar o Seu poder.

O Criador do universo não é homem, não tem fraquezas ou qualquer tipo de necessidade, não nasceu, não morrerá e nada pode deter o Seu poder infinito. Ele é absoluto, integra todos os atributos positivos e não tolera o mal.

Deus é universal, ou seja, não é Senhor somente dos árabes, judeus ou gentios; todos os povos devem adorá-lo e, por isso, qualquer pessoa pode ser muçulmana. Quem segue o Islam deve acreditar no monoteísmo puro. Caso contrário, estará cometendo pecado e, se não se arrepender, abandonará a religião.

Profetas no Islam

Para os muçulmanos, os profetas são homens que foram enviados a todos os povos para guiá-los para a unicidade divina e alguns deles entregaram para a humanidade os livros que Deus revelou, como Moisés fez com a Torá, o rei Davi com os Salmos e Jesus com o Evangelho. Além deles, pessoas como Adão, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, José, Jonas, Salomão, João Batista e vários outros também são considerados profetas do Islam.

Todos os profetas ensinavam os mesmos princípios: a crença no Deus único, a prática da caridade, o jejum e a oração. Na verdade, Deus ordenou aos seus mensageiros que entregassem para humanidade uma única religião - o Islam. Porém, a palavra d’Ele acabou sendo adulterada e esquecida pelas pessoas, o que levou ao surgimento de religiões diferentes.

O último profeta enviado por Deus foi Muhammad, que entregou o Alcorão à humanidade. O livro corrigiu todas adulterações que ocorreram nas outras religiões e aperfeiçoou a mensagem de Allah para o mundo. 

Todos os mensageiros são protegidos de cometerem pecados, portanto, são os modelos mais perfeitos de conduta e são exemplos para todos os muçulmanos. O Profeta Muhammad teve uma vida muito bem documentada, por isso ele é tão importante para os muçulmanos, pois há muitas maneiras de agir de acordo com o que ele ensinou.

Quem foi Muhammad

Descendente de Ismael e de Abraão, Muhammad nasceu na cidade de Meca e, durante toda a sua vida, era conhecido pelo seu povo por ser um homem muito justo. Naquela época, a religião predominante na Arábia era o paganismo politeísta, mas Muhammad nunca se convenceu de que aquela fosse a verdadeira fé.

Aos 40 anos, Muhammad começou a receber a revelação do Alcorão, que foi entregue pelo anjo Gabriel, enquanto meditava em uma caverna. A princípio, ele achou tudo muito estranho, mas depois de um tempo começou a divulgar a palavra de Deus e muitas pessoas abraçaram o Islam. Porém, outras se recusaram a abrir mão da idolatria e começaram a perseguir, torturar e matar os muçulmanos.

Por 12 anos, o Profeta e os muçulmanos suportaram pacientemente a perseguição, mas após uma tentativa frustrada de matar o Mensageiro de Deus, migraram para a cidade de Medina, onde estavam muitos de seus companheiros que haviam fugido de Meca e outros seguidores. Ali, ele estabeleceu o estado islâmico e a primeira constituição do povo muçulmano.

Depois que se mudaram para Medina, Deus autorizou aos muçulmanos que resistissem ao ataque dos pagãos. Eles se enfrentaram em diversas batalhas ao longo de 7 anos até que, por fim, o Profeta derrotou seus oponentes.

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