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Profeta Muhammad: A Maior Personalidade da História

Quem foi a maior personalidade que existiu na terra? Muitos estão em dúvida quanto à isso porém os muçulmanos afirmam que o Profeta Muhammad o é. Descubra!
  • A história do Profeta Muhammad revela que ele não era apenas um homem bondoso, mas alguém preparado para lidar com qualquer adversidade.
  • O Mensageiro de Allah era um governante, mas não ostentava qualquer riqueza e vivia de maneira humilde.
  • O Profeta nunca pediu para ser adorado e estava sempre disposto a servir até ao mais humilde dos seus servos.

Abaixo, segue uma narrativa fascinante da maior personalidade que já existiu, extraído do livro de Saiyid Sulaiman Nadwi, “Muhammad, O Ideal Profeta: Modelo histórico, prático e Perfeito para Humanidade” (traduzido por Mohiuddin Ahmad – não disponível em português). Este livro é uma compilação de uma série de palestras ministradas na Índia, em 1925, e vai em um longo caminho para acentuar o fato de que o Profeta Muhammad, sozinho, é o símbolo da perfeição e um paradigma de comportamento virtuoso e saudável.

No capítulo intitulado “Abrangência”, Saiyid Suleman Nadwi escreve:

Muitos anos atrás, meu amigo Hassan Ali costumava me trazer uma revista chamada Nur-e-Islam de Patna (Índia). Uma vez, ele havia publicado no seu jornal sobre o que um amigo Hindu dele pensava sobre o Profeta Muhammad. Em resposta à pergunta do porquê de ele ter escolhido o Profeta do Islam para ser o maior e mais perfeito dos homens que já nasceram no mundo e qual é a opinião que ele possuía sobre Jesus, este estudado amigo hindu de Hassan Ali respondeu que Jesus, em comparação com Muhammad, parecia ser uma criança inocente, articulando palavras doces, antes de um homem de sabedoria. Solicitado que elucidasse a razão para considerar Muhammad o mais perfeito homem, ele respondeu:

“Encontro em seu caráter tantas qualidades diversas e múltiplas que seria impossível de encontrar em qualquer outro homem cuja biografia foi preservada pela história. Ele é um rei que tem todo um país sob seu controle, mas nunca reivindicando domínio sobre isso, até mesmo sobre sua própria pessoa; ele sempre se posicionou orgulhosamente como sendo servo de Deus.

Ele é o mestre de camelos carregados de tesouros que entram em sua capital de longe e de perto. No entanto, ele permaneceu tão pobre que durante meses nenhum fogo seria aceso em sua própria casa e vivia sem uma refeição completa por vários dias.

Como um general veterano, ele pôde derrotar seus inimigos bem armados e superiores ao seu não muito bem armado exército. Porém, ele é tão inclinado à paz que ele não hesita em assinar um tratado quando milhares de seus seguidores estão prontos para lutar até a morte. Ele é um homem tão destemido que pode suportar toda a Quraish durante a provocação, mas é tão bondoso que ele nunca derrama uma gota de sangue por isso. Ele está preocupado sobre o bem-estar de sua própria família, dos fracos e dos órfãos, e de toda alma rebelde na Arábia; está sempre preocupado com a salvação de todos os seres humanos; mas ele também é indiferente a tudo, menos ao prazer de seu Senhor. Ele nunca amaldiçoa aqueles que o ridicularizam, nem retalia aqueles que o perseguem; em vez disso, invoca as bênçãos divinas sobre os que têm malícia contra ele. No entanto, ele nunca perdoa os inimigos de Deus, a quem sempre ameaça com punição grave no futuro.

Quando começamos a vê-lo como um combatente militante, ele aparece diante de nós como um asceta em vigília e orações. E quando o encontramos fazendo sua estreia como um conquistador brilhante, estamos espantados ao ver nele o Mensageiro Divino inocente. Apenas quando o chamamos o rei da Arábia, vamos encontrá-lo apoiado em um travesseiro de couro cheio de folhas de tâmara. No dia em que haviam espólios de guerra empilhados no quintal de sua mesquita, encontramos sua própria família com absolutamente nada para satisfazer a dor da fome. Quando vemos a distribuição dos prisioneiros de guerra como escravos para os habitantes de Medina, também vemos sua filha Fátima reclamando de bolhas em suas mãos e ombros causados pela condução do moinho e transporte de água.

Depois de metade da Arábia se submeter à sua autoridade, Omar encontrou-o deitado em um colchão bruto cujas tecelagens deixaram marcas em seu corpo. Sua casa, em seguida, não contém nada além de um punhado de aveia e um frasco de couro. Seu viver em fuga faz Umar começar a chorar e dizer: “Ó Mensageiro de Deus, não é angustiante ver os Qaisars* e os Kisras** regozijando-se com os luxos do mundo enquanto o Mensageiro de Deus tem de viver de maneira tão restrita?” Mas ele tem a resposta: “ Umar, você não gostaria que os Qaisar e os Kisra devem escolher este mundo e eu o próximo?” (Ou algo com esse sentido.)

No dia em que Meca caiu para os braços do Profeta, Abu Sufyan, o Chefe de Meca e até então maior inimigo do Islam, ficou observando a entrada das tropas muçulmanas, as ondas após ondas, com suas cores tribais voando sobre suas cabeças. Abu Sufyan ficou intimidado e disse ao Abbas que estava ao seu lado: “Abbas, seu sobrinho passou a ser um grande rei”. “Não”, respondeu Abbas, “não é um rei, mas um Profeta”.

Adiyy at-Taee, filho de Hatim at-Taee, o famoso chefe da tribo de Taee, bem conhecida por seu cavalheirismo e generosidade fabulosa, ainda era um cristão quando ele chamou o Profeta em Medina pela segunda vez. Ele viu, por um lado, a reverência devida ao Profeta por seus companheiros dedicados e, por outro, os preparativos em curso para a guerra santa. Incapaz de decidir se Muhammad era um profeta ou um rei, ele ainda estava indeciso, quando viu uma escrava vindo procurar o conselho do Profeta em privado. “Vamos lá”, ele ouviu o Profeta responder: “Eu vou para onde quer que você queira (conversar sobre o conselho).” Adiyy de uma vez viu que nenhum rei podia ser tão modesto e despretensioso. Jogou fora as cruzes penduradas no pescoço e abraçou o Islam***.

* Qaisars: Caesars, os imperadores de Bizâncio ou do Império Romano.

** Kisras: Khosraus ou Chosroes, os Imperadores do Irã.

*** Outra versão deste episódio é nas palavras do próprio Adiyy, em que ele diz:

“Eu imediatamente me preparei para viagens e parti para encontrar o Profeta em Medina, sem qualquer segurança e sem qualquer carta. Eu tinha ouvido falar que ele tinha dito: “Eu certamente desejo que Deus coloque a mão de Adiyy na minha mão.”

“Eu fui até ele. Ele estava no Masjid. Cumprimentei-o e ele disse: “Quem é o homem?”, “Adiyy ibn Hatim”, eu disse. Ele levantou-se para mim, me pegou pela mão e partiu em direção à sua casa. Por Deus, enquanto ele estava andando comigo em direção à sua casa, uma fraca mulher de idade o reconheceu. Com ela estava uma criança. Ela parou e começou a falar com ele sobre um problema. Eu estava de pé (o tempo todo). Eu disse a mim mesmo: “Por Deus, isso não é um rei.”

E Deus Altíssimo sabe mais e melhor.

Traduzido de Muslim Village

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