Jesus está entre os 25 profetas citados no Alcorão, juntamente com Adão, Noé e Moisés. Apesar de não representar Deus conforme a principal tradição cristã, é para os muçulmanos o Messias, que irá retornar no fim dos tempos para liderar a comunidade islâmica e lutará contra o Falso Messias ou o Anti-Cristo como geralmente nos referimos à entidade que representará o mal no final dos tempos.
Nem só pelo fato de existirem mais de 1,7 bilhão de muçulmanos no mundo que existem divergências entre diversos assuntos no mundo Islâmico. A forma de entender e praticar a religião varia de acordo com a interpretação dos sábios locais e na forma como o conhecimento do Islam chegou às pessoas daquela região.
A respeito da forma de chegada do conhecimento Islâmico, atualmente são consideradas 4 escolas de jurisprudência no Islam onde o entendimento da religião afeta a prática e a relação com assuntos do dia a dia do muçulmano. Cada escola se desenvolveu em regiões específicas e depois foram expandindo seu grau de influência. No decorrer do seu desenvolvimento cada uma foi assimilando processos de derivação de leis que afetam a forma de entender e praticar a Sharia.
Além disso, a cultura é fator determinante em muitas regiões já que muitas vezes elas representam uma força comportamental mais forte que a religião em si. Exemplos disso não faltam e podemos citar a mutilação genital em alguns países africanos, algo que é proibido pelas leis Islâmicas, mas que persistiram mesmo após o advento da religião na região. Outro exemplo é a proibição à mulheres de dirigirem na Arábia Saudita. Isso é um fator cultural e que apesar das tentativas de justificar a ação com preceitos da religião, não representam a forma como as mulheres tem seus direitos garantidos na religião.
No entendimento dos muçulmanos, o Islam nasceu com o primeiro profeta, Adão, e teve sua mensagem adequada à cada povo em cada época até que veio em seu formato final para o Profeta Muhammad, que por isso é geralmente referido como o Último dos Mensageiros. Apesar de Muhammad ser árabe e do Alcorão ter sido revelado em árabe, isso não limita a aplicação e prática da religião em qualquer lugar do mundo.
As Leis Divinas ou Sharia, podem ser aplicadas em qualquer lugar e em qualquer Era. A aplicação da Sharia não significa atraso social, tecnológico e muito menos amputação de mãos e de cabeças. Também não significa que uma sociedade vai se arabizar. Muito longe disso, a maioria dos muçulmanos não são árabes e sequer falam árabe.
Apesar do estigma da mulher muçulmana oprimida, esses não são os valores pregados pela religião Islâmica, que por sua vez definiu e garantiu diversos direitos à mulher como direito à propriedade, ao trabalho e de fazer escolhas como com quem se casar, isso em uma época que esses direitos sequer existiam em outras comunidades.
Hoje isso não é diferente na maior parte dos países de maioria Islâmica onde as mulheres possuem direitos iguais aos homens garantidos por lei. Voltando ao fator cultural, é geralmente ele que limita a atuação da mulher na sociedade e não a Sharia ou Leis Islâmicas.
Movidas pela busca de conhecimento sobre a religião Islâmica, milhares de mulheres tem se convertido anualmente em países como Inglaterra como mostra a reportagem da Daily Mail. No Brasil esse fenômeno é similar.
A Jihad, um dos elementos mais conhecidos da religião Islâmica pelo público em geral é comumente traduzida como Guerra Santa ou é sinônimo de terrorismo para muitos. Podendo de fato significar uma ação marcial contra determinada força, a Jihad é principalmente entendida entre os muçulmanos como o esforço que se faz para lutar contra si mesmo, contra seus próprios desejos e vícios, para se aproximar assim cada vez mais de Deus.
Quem nunca achou que Allah fosse um Deus próprio dos muçulmanos? Ao contrário do que muitos imaginam, Allah é a palavra em árabe para Deus. Uma prova disso é o fato de cristãos que falam árabe se referirem à Deus como Allah.
Os muçulmanos costumam se referir à Deus como Allah pois é a forma como Ele se denomina diversas vezes no Alcorão. Além de Allah, existem diversos outros nomes e qualidades que definem Deus segundo o Alcorão, podendo ser usados ao invés desse.
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