Allah Todo-Poderoso disse: “Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e quem receber sabedoria, recebeu um imenso bem” (2:269).
O Sagrado Profeta disse, “Aquele a quem Allâh quer grande bem, Ele lhe concede entendimento (superlativo) na Religião (yufaqqihhu/yufqihhu fî al-dîn). Eu somente distribuo e é Allâh Quem dá. Esse grupo deverá ficar encarregado da Ordem de Allâh, a salvo daqueles que o opõem, até a chegada da Ordem de Allâh.”1
“Pode ser que uma pessoa transmita conhecimento sem ser uma pessoa de entendimento; pode ser que uma pessoa transmita conhecimento a alguém que possui mais compreensão do que ela.”
Imâm al-Shâfi`î aparentemente tomou do Imâm Abû Hanîfa sua famosa frase, que diz: “Vocês [os eruditos de hadîth] são os farmacêuticos, mas nós [os juristas] somos os médicos.” Isso também é relatado por al-A`mash e Abu Sulayman Ibn Zubar e era provavelmente proverbial. Mullâ `Alî al-Qârî comentou: “Os primeiros eruditos disseram: o erudito de hadîth sem o conhecimento de fiqh é como um vendedor de remédios que não é médico: ele os possui, mas não sabe o que fazer com eles; e o erudito de fiqh sem conhecimento de hadîth é como um médico sem remédios: ele sabe o que constitui um remédio, mas não o possui à disposição.”2
Imâm Ahmad é relatado por seus alunos Abû Tâlib e Humayd ibn Zanjûyah como tendo dito: “Eu jamais vi alguém aderir mais a hadîth do que al-Shâfi`î. Ninguém o precedeu em registrar hadîth em um livro.” O significado disso é que al-Shâfi`î possuía a inteligência do hadîth que Ahmad buscou depois, como evidenciado pela afirmação desse último: “Como é raro o fiqh entre aqueles que conhecem hadîth!” Isso é uma referência ao hadîth: “Pode ser que alguém transmita compreensão (fiqh) – significando: a memorização dos textos-prova de fiqh – sem ser uma pessoa de compreensão (faqîh).” Os Salaf e os Khalaf elucidaram essa regra em frases muito famosas, mostrando que, mesmo com a posição elevada do Muhaddith, o Faqîh o ultrapassa:
O Hadîth Desvia Aqueles Desprovidos de Fiqh
Chamando atenção para o perigo de mal utilizar o hadith a ponto de cometer um pecado, o Imam Ahmad narrou que Muhammad ibn Yahya al-Qattan (m.233) disse: “Se alguém fosse seguir cada rukhsa que está no hadîth, iria se tornar um transgressor (fâsiq).”
* Ibn Abî Zayd al-Mâlikî relata que Sufyân ibn `Uyayna disse: “O hadith é uma cilada (madilla) exceto para os fuqahâ’” e o companheiro de Mâlik `Abd Allâh ibn Wahb disse: “O hadith é uma cilada exceto para os Ulemá. Qualquer memorizador de hadith que não possuir um Imâm em fiqh é desviado (dâll), e se Allah não nos tivesse resgatado com Mâlik e al-Layth [ibn Sa`d], teríamos sido desviados.”4
Ibn Abî Zayd comenta: “Ele [Sufyân] quer dizer que outros que não os juristas podem tomar algo por seu significado externo, quando de fato, isso é interpretado à luz de outro hadith ou alguma evidência que permanece oculta para ele; ou isso pode, na realidade, ser uma evidência descartada devido a alguma outra evidência [ab-rogante]. Ninguém pode possuir a responsabilidade de saber isso exceto aqueles que aprofundaram seu aprendizado e obtiveram fiqh.” Imâm al-Haytamî disse algo similar.5
Ibn Wahb também é relatado como tendo dito: “Conheci trezentas e sessenta pessoas de conhecimento erudito, mas, sem Mâlik e al-Layth, eu teria me perdido.”6
Outra versão: “Se não fosse por Mâlik ibn Anas e al-Layth ibn Sa`d, eu teria perecido; eu pensava que tudo que é relatado [autenticamente] do Profeta – que Allâh o abençoe e lhe dê paz – deveria ser colocado em prática.”7
Outra versão diz: “Eu colecionei uma porção de hadiths e eles me levaram à confusão. Eu consultava Mâlik e al-Layth e eles me diziam: ‘pegue esse e deixe esse’.”8 Ibn Wahb compilou 120.000 narrações de acordo com Ahmad ibn Salîh.9
Por conta disso, Ibn ‘Uqda respondeu a um homem que lhe tinha perguntado sobre uma certa narração: “Mantenha esses hadiths em um mínimo, pois, em verdade, eles são inadequados exceto para aqueles que conhecem sua interpretação. Yahyâ ibn Sulayman narrou de Ibn Wahb que ele ouviu Mâlik dizer: ‘Muitos desses hadiths são [uma causa de] desencaminhamento; alguns hadiths foram narrados por mim e eu queria que por cada um deles eu fosse espancado com uma vara duas vezes. Eu certamente que não os narro mais!’”10
Com essa frase, “Muitos desses hadith são desencaminhamento”, Mâlik quer dizer sua utilização como prova no lugar errado e com significado incorreto, porque a Sunna é sabedoria e sabedoria é colocar cada coisa em seu contexto correto.11 Um exemplo disso é o relato de al-Shâfi`î que Mâlik se arrependeu de incluir no Muwatta o hadith da represa no qual é dito ao Profeta : “Você não sabe o que eles fizeram após você” por causa do inevitável abuso nas mãos dos Shî`îtas (ou dos Sunnis shi`itizados como a escola Ghumârî e outras em nosso tempo).
* Ibn al-Mubârak disse: “Se Allâh não me tivesse resgatado com Abu Hanifa e Sufyân [al-Thawrî] eu teria sido como o restante das pessoas comuns.” Al-Dhahabî relata isso como: “Eu teria sido um inovador.”12
Os Imâms de Hadith Submetem-se aos Imâms de Fiqh
* O professor do Imâm Ahmad, Yahyâ ibn Sa`îd al-Qattân, apesar de sua posição de destaque como o Mestre dos Mestres de hadith e um especialista em recomendação e descreditação de narradores, não se aventurava em extrair decisões legais da evidência, mas seguia nisso o fiqh de Abû Hanîfa conforme ele explicitamente declarou: “Nós não enganamos Allâh. Nunca ouvimos algo melhor do que a opinião jurídica (ra’î) de Abû Hanîfa, e nós seguimos a maioria de suas posições.”13
De modo semelhante, Muhammad ibn `Abd Allâh ibn `Abd al-Hakam disse: “Se não fosse por al-Shâfi`î, eu não saberia como responder a algúem. Por causa dele eu sei o que sei.”14 Quanto a Muhammad ibn Yahyâ al-Dhuhlî (m. 258) de Khorassan, a quem Abû Zur`a posicionou acima do Imâm Muslim e que é considerado um Amîr al-Mu’minîn fî al-Hadîth (“Comandante dos Fiéis na Ciência do Hadith”), ele jamais se considerou um não-muqallid, mas disse: “Eu converti Ahmad ibn Hanbal em um Imâm em tudo que está entre mim e meu Senhor.”15 Mis`ar ibn Kidâm disse o mesmo com relação a Imâm Abû Hanîfa.16
Conhecimento Não É Memorização mas uma Luz
Fiqh é o contexto de muitas afirmações dos Imâms sobre conhecimento consistindo em sabedoria, benefício, atos, e luz antes de aprendizado e memorização, como já mencionamos antes. Mâlik disse: “Sabedoria e conhecimento são uma luz através da qual Allâh guia quem Ele deseja; não consiste em saber muitas coisas.”17. Al-Shâfi`î: “Conhecimento é o que beneficia. Conhecimento não é aquilo que a pessoa memorizou.”18
Al-Dhahabî: “[Conhecimento (al-`ilm) não é “uma grande quantidade de narração, mas uma luz que Allah projeta no coração. Sua condição é a obediência (ittibâ`) e a fuga do egoísmo (hawâ) e inovação.”19
Al-Khatîb em seu breve Iqtidâ’ al-`Ilm al-`Amal (“O Aprendizado Requer Atos”) narra muitas frases para esse efeito de Ibn Mas`ûd, Abû Hurayra, Abû al-Dardâ, Abû Qilâba, al-Zuhrî, al-Tustarî, Ibn `Uyayna, e outros dos Salaf. Esse entendimento islâmico do conhecimento elucida o relato de al-Hasan al-Basrî de que o Profeta disse: “A energia dos Ulemás é cuidado e ajuda, enquanto que a energia dos tolos é citar.” (himmat al-`ulamâ’ al-ri`âya wa himmat al-sufahâ’ al-riwâya).20 e a frase do Califa Abássida `Abd Allah ibn Mu`tazz (249-296): “O aprendizado do hipócrita consiste em seu discurso, enquanto que o aprendizado do Crente consiste em sua ação.”
O Hadith dos Juristas é Preferível ao dos Não Juristas
Wakî` ibn al-Jarrâh preferia narrações com longas cadeias que incluíam fuqahâ’ a cadeias curtas que não incluíam fuqahâ’ e dizia: “O hadith que circula entre os juristas é melhor do que o hadith que circula entre os eruditos de hadith.”21 Essa é uma regra fundamental na Escola Hanîfî, que pessoas como Yahyâ al-Qattân, Wakî` seguiam.22
Al-A`mash (Abû Muhammad Sulaymân ibn Mahrân al-Asadî, o Tâbi`î 61/-148) também disse: “O hadith que os juristas fazem circular entre eles é melhor do que aquele que os narradores de hadith fazem circular entre eles.”23
Ibn Rajab disse que Abû Dâwûd em seu Sunan estava mais preocupado com a jurisprudência do hadith do que com suas correntes de transmissão.24
Esse é o caso também com o Sahîh de al-Bukhâri, enquanto que Muslim, Ibn Mâjah, e al-Nasâ’î focaram-se nos benefícios de suas correntes de transmissão e variantes textuais – Muslim sendo o mais minucioso e confiável nesses assuntos. Al-Tirmidhî deu o mesmo peso para o fiqh do hadith e o estudo de sua transmissão, embora Abû Dâwûd é um pouco mais estrito em autenticação de hadith, enquanto que al-Nasâ’î ultrapassa ambos.
Conhecer o Hadith é Diferente de Praticá-lo
Sufyân al-Thawrî costumava dizer aos eruditos de hadith: “Apresentem-se, ó fracos!”25 Ele também disse: “Se hadith fosse uma coisa boa ele teria desaparecido, assim como tudo o que é bom desapareceu”, e “Perseguir o estudo do hadith não é parte da preparação para a morte, mas uma doença que preocupa as pessoas”. Al-Dhahabî comentou: “Ele disse isso literalmente. Ele está certo no que disse, porque perseguir o estudo do hadith é diferente do hadith por si mesmo.”26
Entender o Hadith é Superior a Conhecê-lo
Ishâq ibn Râhûyah disse: “Eu sentava no Iraque com Ahmad ibn Hanbal, Yahyâ ibn Ma`în, e nosso companheiros, repassando as narrações de uma, duas, três rotas de transmissão… Mas quando eu disse: Qual é o seu objetivo? Qual é sua explicação? Qual é o seu fiqh? Eles todos ficavam mudos exceto Ahmad ibn Hanbal.”30
Sufyân al-Thawrî disse: “A explanação (tafsîr) do hadith é melhor do que o hadith.”27 Outra versão afirma: “A explanação do hadith é melhor do que ouvi-lo.”28
Abû `Alî al-Naysabûrî disse: “Nós consideramos o entendimenot superior à memorização.”29
Ibn Mahdî arrependeu-se de não ter escrito, após cada hadith que ele registrou, sua explanação.
A perspicácia e o fiqh de Abû Thawr dentre os Mestres de hadith é famosa. Uma mulher se levantou numa assembléia de eruditos de hadith que incluía Yahyâ ibn Ma`în, Abû Khaythama, Khalaf ibn Salim, dentre outros. Ela os escutou dizendo: “O Profeta disse,” e “tal e tal pessoa narrarram”, e “ninguém menos do que tal e tal pessoa narraram”, etc. Depois do que ela lhes perguntou: “Uma mulher menstruada pode lavar os mortos?” pois essa era a ocupação dela. Ninguém em toda a assembléia pode responder-lhe, e eles começaram a olhar uns para os outros.
Abû Thawr chegou, e eles a encaminharam para ele. Ela lhe perguntou a mesma pergunta e ele disse: “Sim, ela pode lavar os mortos, de acordo com o hadith de al-Qâsim por `A’isha: “A vossa menstruação não está em vossa mão” 31, e a narração dela de que ela esfregava o cabelo do Profeta quando ela estava menstruada.32 Se a cabeça dos vivos pode ser lavada [por uma mulher menstruada], então com muito mais razão pode a dos mortos!”
Ouvindo isso, os eruditos de hadith disseram: “Correto! Tal e tal narraram isso, e tal e tal nos disse, e nós sabemos isso de tal e tal corrente”, e mergulharam-se de novo nas narrações e correntes de transmissão.
A mulher disse: “Onde vocês todos estavam até agora?”33
Ibn `Abd al-Barr cita Imâm Ahmad como tendo dito: “De onde Yahyâ ibn Ma`în conhece al-Shâfi`î? Ele não conhece al-Shâfi`î nem possui qualquer ideia do que al-Shâfi`î diz!”34 Ibn Râhûyah simelhantemente admitiu a derrota perante a jurisprudência de al-Shâfi`î embora fosse ele mesmo reputado por fiqh.35
A Maioria dos Eruditos de Hadith Não Possui a Inteligência do Hadith
* `Abd al-Razzâq al-San`ân, contemporâneo de Sufyân, era o professor dos pilares da memorização de hadith em sua época – Ahmad, Ibn Râhûyah, Ibn Ma`în e Muhammad ibn Yahyâ al-Dhuhlî. Porém, quando Muhammad ibn Yazîd al-Mustamlî perguntou a Ahmad: “Ele [`Abd al-Razzâq] possuía fiqh?” Ahmad respondeu: “Como é raro o fiqh entre aqueles que conhecem hadith!”36
Anas ibn Sîrîn disse: “Eu fui a Kufa e lá encontrei 4.000 pessoas possuindo hadith e 400 pessoas que obtiveram fiqh.”37
Sufyân al-Thawrî: “Conhecimento, em nossa visão, é somente o que uma pessoa conhecedora confiável distribui. Quanto ao rigor, qualquer um pode ser rigoroso!”
Hujjat al-Islâm al-Ghazâlî em al-Mustasfâ e Imâm Ibn Qudâma em Rawdat al-Nâzir disseram ambos que um `Âlim pode ser um Imâm em uma ciência específica e uma pessoa não-educada comum em outra.
Ibn `Abd al-Salâm disse: “A maioria dos eruditos de hadith são ignorantes em fiqh.”38 Uma maioria de 90% de acordo com Anas ibn Sîrîn – entre os Salaf!
Al-Dhahabî disse: “A maioria dos eruditos de hadith não possuem entendimento, diligência no verdadeiro conhecimento do hadith, e nem temor a Allah com relação a isso.”39 Todas as autoridades que al-Dhahabî listou como “aqueles que são imitados em Islam” são juriconsultos e não apenas mestres de hadith.
Al-Sakhâwî em sua biografia de Ibn Hajar entitulada al-Jawâhir wa al-Durar fi Tarjamat Shaykh al-Islâm Ibn Hajr afirma que al-Fâriqî disse: “Quem conhece correntes de hadith mas não sabe as regras legais derivadas delas não pode ser contado entre os Doutores da Lei.” Seu aluno Ibn Abî `Asrûn (m. 585) também seguiu essa opinião em seu livro book al-Intisâr.40
Nem Todo Hadith Perfeito Constitui Evidência
Ibrâhîm al-Nakha`î disse: “Em verdade, eu escuto um hadith, então eu vejo que parte dele se aplica. Eu a aplico e deixo o resto.”41 Shaykh Muhammad `Awwâma disse: “Significa que o que é reconhecido pelas autoridades é mantido, enquanto qualquer coisa esquisita (gharîb), anômala (shâdhdh), ou condenada (munkar) é deixada de lado.”
Yazîd ibn Abî Habîb disse: “Quando você escutar um hadith, declare-o; se ele for reconhecido, [mantenha-o] caso contrário, deixe-o.”42
Ibn Abî Laylâ disse: “Um homem não compreende hadith até que ele saiba o que tomar dele e o que deixar.”43
`Abd al-Rahmân ibn Mahdî, o Comandante dos Crentes em Hadith, disse: “É inadmissível para alguém ser um Imam [i.e. ser imitado] até que ele saiba o que é sólido e o que não é, e até que ele não tome tudo [que for sólido] como evidência, e até que ele saiba a forma correta de inferir conhecimento [na Religião].”44t
Al-Shâfi`î narrou que disseram a Mâlik ibn Anas: “Ibn `Uyayna narra de al-Zuhrî coisas que você não possui!” Ele respondeu: “Por que, eu deveria narrar cada hadith que eu ouvi? Somente se eu quisesse desviar as pessoas!”45
Shaykh `Abd al-Fattâh Abû Ghudda mencionou alguns dos exemplos acima e comentou: “Se pessoas como Yahyâ al-Qattân, Wakî` ibn al-Jarrâh, `Abd al-Razzâq, Yahyâ ibn Ma`în, e aqueles que se comparam a eles, não ousaram adentrar em ijtihâd e fiqh, então como são imprudentes os que reivindicam ijtihâd em nosso tempo! Para completar, eles chamam os Salaf de ignorantes sem a menor vergonha ou modéstia! Allâh é nosso refúgio do fracasso.”46
Que as bênçãos e a paz de Allah sejam sobre o Profeta , sua Família e seus Companheiros!
NOTAS
1Hadith do Profeta narrado de Mu`âwiya por al-Bukhârî e Muslim.
2Al-Qârî, Mu`taqad Abî Hanîfata al-Imâm fî Abaway al-Rasûl `Alayhi al-Salât wa al-Salâm (p. 42).
3Um hadith sadio do Profeta narrado em massa (mashhûr) – que Allâh o abençoe e lhe dê paz – relatado de vários Companheiros por al-Tirmidhî, Abû Dâwûd, Ibn Mâjah, e Ahmad.
4Ibn Abî Hâtim na introdução do al-Jarh wa al-Ta`dîl (p. 22-23); Ibn Abî Zayd, al-Jâmi` fî al-Sunan (p. 118-119); Ibn `Abd al-Barr, al-Intiqâ’ (p. 61); al-Dhahabî. Ver os comentários do Shaykh `Abd al-Fattah Abû Ghudda sobre essa afirmação em suas notas sobre o al-Raf` wa al-Takmil de al-Lacknawî (2nd ed. p. 368-369, 3rd ed. p. 90-91).
5Em al-Fatâwâ al-H.adîthiyya (p. 283).
6Narrado por Ibn Hibbân na introduçãi do al-Majrûhîn (1:42). Ele então narra de Ibn Wahb uma frase semelhante a que ele adiciona os nomes de `Amr ibn al-Hârith e Ibn Mâjishûn.
7Narrado por Ibn `Asâkir e al-Bayhaqî cf. Ibn Rajab, Sharh. al-`Ilal (1:413) e `Awwâma (p. 76).
8Narrado por Qâdî `Iyâd em Tartîb al-Madârik (2:427).
9Em Ibn al-Subkî, Tabaqât al-Shâfi`iyya al-Kubrâ (2:128).
10Narrado por al-Khatîb, al-Faqîh wal-Mutafaqqih (2:80).
11Shaykh Ismâ`îl al-Ansârî citado por `Awwâma, Athar (p. 77).
12Ibn Hajar, Tahdhîb al-Tahdhîb (10:449-452 #817) eu o Manâqib Abî Hanîfa de al-Dhahabî.
13Narrado por al-Dhahabî no Tadhkirat al-Huffâz. (1:307) e Ibn Hajar em Tahdhîb al-Tahdhîb (10:450).
14Narrado por Ibn `Abd al-Barr em al-Intiqâ’ (p. 124).
15Narrado por al-Dhahabî no Siyar (10:205).
16Cf. Ibn Abî al-Wafâ, última página da edição de Karachi do al-Jawâhir al-Mudiyya.
17Em Ibn `Abd al-Barr, Jâmi` Bayân al-`Ilm (1:83-84), al-Qâd.î `Iyâd.., Tartîb al-Madârik (2:62), al-Shât.ibî, al-Muwâfaqât (4:97-98).
18 “O Conhecimento Que Beneficia é Aquele Cujos Raios Expandem no Peito e Cujo Véu é Erguido no Coração.” Ibn `Atâ’ Allâh, Hikam (#213).
19Siyar (10:642).
20Narrado mursal de al-Hasan por Ibn `Asâkir em seu Târîkh e al-Khatîb em al-Jâmi` li Akhlâq al-Râwî (1983 ed. 1:88 #27) cf. al-Jâmi` al-S.aghîr (#9598) e Kanz (#29337).
21Citado por al-Dhahabî no Siyar (al-Arna’ût. ed. 9:158, 12:328-329).
22Cf. al-Dhahabî, Tadhkirat al-Huffâz. (1:307) e Ibn Hajar em Tahdhîb al-Tahdhîb (11:126-127).
23Em al-Sakhâwî, al-Jawâhir wa al-Durar (p. 21).
24Ibn Rajab, Sharh. `Ilal al-Tirmidhî (1:411).
25Citado de Zayd ibn Abî al-Zarqa’ por al-Dhahabî, Siyar (al-Arna’ût. ed. 7:275).
26Al-Sakhâwî, al-Jawâhir wa al-Durar (p. 20-23).
27Narrado por al-Harawî al-Ansârî em Dhamm al-Kalâm (4:139 #907).
28Em Ibn `Abd al-Barr, Jâmi` Bayân al-`Ilm (2:175).
29Em al-Dhahabî, Tadhkirat al-Huffâz. (2:776).
30Narrado por Ibn Abî Hâtim na introdução de seu al-Jarh wa al-Ta`dîl (p. 293), Ibn al-Jawzî em Manâqib al-Imâm Ahmad (p. 63), e al-Dhahabî em Târîkh al-Islâm (capítulo sobre Ahmad).
31Em Muslim e nos Quatro Sunan.
32Em al-Bukhârî e Muslim.
33Ibn al-Subkî em Tabaqât al-Shâfi`iyya, al-Sakhâwî em sua introdução ao al-Jawâhir wa al-Durar, e al-Haytamî em seu Fatâwâ Hadîthiyya (p. 283). Algo similar é narrado de Ahmad por Ibn Rajab em seu Dhayl Tabaqât al-Hanâbila (1:131) e al-`Ulaymî em al-Manhaj al-Ahmad (2:208).
34Ibn `Abd al-Barr, Jâmi` Bayân al-`Ilm (2:160).
35Ishâq ibn Ibrâhîm ibn Makhlad, conhecido como Ishâq ibn Râhûyah ou Râhawayh, Abû Ya`qûb al-Tamîmî al-Marwazî al-Hanzali (m. 238), um dos mais importantes Mestres de hadith. Abû Qudâma considerava-o maior do que o Imâm Ahmad em memorização de hadith, uma atribuição notável, considerando o conhecimento que Ahmad tinha de 700.000 a um milhão de narrações de acordo com a estimativa de seu filho `Abd Allâh e de Abû Zur`a al-Râzî. Ele uma vez disse de si mesmo: “Eu jamais escrevi algo que não tenha memorizado, e eu posso ver agora em minha frente mais de 70.000 hadiths em meu livro”; “Eu conheço o lugar de 100.000 hadiths como se estivesse olhando para eles, e eu memorizei 70.000 deles de cor – todos sadios (sahîha) – e 4.000 falsificados.” [Narrado por al-Khat.îb em al-Jâmi` li Akhlâq al-Râwî (2:380-381 #1832-1833).] Ele não alcançou o mesmo desenvolvimento em fiqh. Al-Bayhaqî e outros narram que ele debateu sem sucesso com al-Shâfi`î sobre uma questão legal, com o resultado da qual o último veio a desaprovar o seu título de “jurista de Khurâsân.” A um erudito Jahmî que disse: “Eu desacredito em um Senhor que desce de um céu para outro céu”, Ibn Râhûyah respondeu: “Eu creio em um Senhor que faz o que Ele quer.” [Narrado por al-Dhahabî que identifica o erudito como Ibrâhîm ibn (Hishâm) Abî Sâlih em Mukhtasar al-`Uluw (p. 191 #234).] Al-Bayhaqî commenta: “Ishâq ibn Ibrâhîm al-Hanzali deixou claro nesse relato que ele considera a Descida (al-nuzûl) um dos Atributos da Ação (min sifât al-fî`l). Em segundo lugar, ele falou de uma descida sem ‘como’. Isso prova que ele não considerou deslocamento (al-intiqâl) e movimento de um lugar para outro (al-zawâl) no que diz respeito a isso.” [Ver o post entitulado, “The `Descent’ of Allâh Most High”.] Fontes: Ibn Abî Ya`lâ, Tabaqât al-Hanâbila (1:6, 1:184); al-Bayhaqî, Manâqib al-Shâfi`î (1:213) e al-Asmâ’ wa al-Sifât (2:375-376 #951); al-Dhahabî, Siyar (9:558 #1877); Ibn al-Subkî, Tabaqât al-Shâfi`iyya al-Kubrâ (2:89-90, 9:81).
36Narrado por Abû Ya`lâ em Tabaqât al-Hanâbila (1:329) e citado por Shaykh Abû Ghudda em sua introdução ao Muwatta de Muhammad al-Shaybânî e sua breve obra-prima al-Isnâd min al-Dîn (p. 68).
37Narrado por al-Râmahurmuzî e al-Muhaddith al-Fâsil (p. 560).
38Ibn `Abd al-Salâm, al-Fatâwâ al-Maws.iliyya (p. 132-134).
39In al-Sakhâwî, al-Jawâhir wa al-Durar (p. 18).
40Al-Sakhâwî, al-Jawâhir wa al-Durar (p. 20-23).
41Narrado de Ibn Abî Khaythama por Abû Nu`aym no the Hilya (4:225) e Ibn Rajab em Sharh `Ilal al-Tirmidhî (1:413).
42In Ibn Rajab, Sharh `Ilal al-Tirmidhî (1:413).
43In Ibn `Abd al-Barr, Jâmi` Bayân al-`Ilm (2:130).
44Narrated by Abû Nu`aym in the H.ilya (9:3).
45Narrado por al-Khatîb em al-Jâmi` li Akhlâq al-Râwî (2:109).
46Abû Ghudda, al-Isnâd min al-Dîn (p. 68). Ele refere-se em suas observações a al-Albânî e outros de sua turma. O aluno de Abû Ghudda, Shaykh Muhammad `Awwâma, listou vários exemplos desse julgamento dos Salaf em seu Athar al-Hadîth al-Sharîf fî Ikhtilâf al-A’immat al-Fuqahâ’ (“A Marca do Nobre Hadith nas Diferenças dos Imams de Jurisprudência”).
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