Os anjos se abstêm de entrar em um lugar onde há cães?

Algumas pessoas leram na Sunnah um hadith que diz que os anjos não entram em casas onde há cães e estatuas. O hadith, que é autêntico, narra que o anjo Gabriel certa vez demorou em visitar o Mensageiro de Deus (que a paz e as bênçãos estejam com ele), embora ele tenha prometido visitá-lo. O Mensageiro saiu de sua casa para esperar por Gabriel e quando ele apareceu, o Mensageiro perguntou sobre o motivo de seu atraso, ao que lhe foi respondido que a razão era porque havia um filhote de cão debaixo da cama do Mensageiro.

O ponto é que a recusa do anjo em entrar em um lugar onde há um cachorro não evidencia a impureza dos cães, mas sim que os anjos, que pertencem ao reino do invisível, não gostam de entrar em um lugar onde um cão está presente.

No cotidiano, uma pessoa pode se abster de alguma coisa, embora seja permissível. Portanto, quem quiser criar um cachorro em casa, deve alocar um lugar para ele ou alocar um lugar para orações para que os anjos possam entrar na casa. O Profeta (que a paz e as bênçãos estejam com ele) certa vez considerou exterminar os cães com base no fato de que os anjos não gostam deles e então Jibril veio até ele e disse: “Eles são uma nação entre as nações”.

É permitido manter um cão em casa e você pode dedicar uma sala especial para as orações, onde os cães não podem entrar.

E Allah Todo-Poderoso sabe melhor.

Fonte: https://eng.dar-alifta.org/foreign/ViewFatwa.aspx?ID=8376&text=dog

Nota do leitor Augusto Hackbarth:

”É muito difícil para qualquer um explicar as afirmações e observações do Livro e das tradições proféticas, pois sempre há um ponto Exotérico e um Esotérico, uma observância físico-subjetiva e uma espirito-objetiva.
Certamente há um motivo espiritual para a presença do animal incomodar o seres sublimes e puros, mas só aquele verdadeiramente entregues a Allah e que recebem a iluminação do Senhor pela aniquilação do ego é que podem compreender, verdadeiramente, esta questão. Um estudo espiritual profundo, meditativo e contemplativo deve ser feito para se chegar à verdadeira e objetiva conclusão.”