De acordo com a DW, o alto tribunal da Turquia determinou nesta sexta-feira (10/07) que a conversão da mesquita de Hagia Sophia em museu ocorrida em 1934, durante o governo de Ataturk foi ilegal. Diante da decisão, a construção histórica voltará a ser um templo islâmico.
No dia 2 de julho deste ano, o tribunal já havia julgado o caso pela primeira vez, mas decidiu adiar a decisão. A vitória é um marco para o restabelecimento da identidade religiosa no país, que foi reprimida durante a secularização iniciada durante os anos 1930.
Além de uma das mais importantes mesquitas do país ter sido convertida em museu, as ordens espirituais foram banidas, vestimentas religiosas foram vetadas, e o chamado para oração em árabe e até mesmo o Alcorão no mesmo idioma foi proibido pelo governo secular da Turquia daquela ocasião.
A Hagia Sophia voltará a ser uma mesquita, mas ainda vai continuar podendo receber visitantes não-muçulmanos, e nenhum valor será cobrado por isso. As iconografias cristãs estão preservadas desde que Istambul foi conquistada pelos muçulmanos no século XV, e segundo a Associação Internacional de Solidariedade dos Acadêmicos Muçulmanos, elas continuarão intactas.
O que irá mudar, de fato, é que ela irá retomar suas atividades religiosas direcionadas aos muçulmanos que são cerca de 99% da população do país. O Porta voz presidencial da Turquia, Ibrahim Kalin declarou: “A abertura da (Hagia Sophia) à adoração não diminui sua identidade histórica de patrimônio mundial. Mais pessoas podem visitá-la.”
O veredito será encaminhado para o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que deve aprovar a decisão. O chefe do executivo foi o grande responsável por propor que o museu recuperasse seu status de templo religioso, e encontra grande apoio entre a população do país.
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