Em seu trabalho seminal “O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial” (1996), o cientista político de Harvard Samuel Huntington reviveu o conceito de História de Arnold Toynbee, que via esta não somente como movida por estruturas materiais impessoais – território, capital, população e recursos naturais – mas também por estruturas ideológicas interpessoais. Esta percepção parecia encontrar apoio na observação empírica, e em breve preencheria a lacuna política e intelectual que obtivera particular preponderância após a queda do comunismo Soviético. Muitas vezes, o ressurgimento da religião – como a estrutura ideológica singular mais estável na história humana – foi referido como “a vingança de Deus”, mas para historiadores e cientistas sociais, tornou-se impossível isolar cientificamente a variável divina dos imperativos terrestres na confusa práxis sociopolítica dos mortais. Não obstante, uma observação casual sugeriria que as construções discursivas sobre Deus (na política, um sinônimo de verdade absoluta) têm sido um corolário necessário a praticamente todos os conflitos, desde o nível mais substancial até o transnacional. A intensidade desta ligação, e sua constância, são avaliadas neste estudo que pode ser baixado gratuitamente aqui:
Contagem de Corpos – Uma Análise Quantitativa da Violência Política Nas Civilizações Mundiais
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