No Islam, o ouro é considerado um metal precioso, tem sido historicamente associado à opulência, prosperidade e status social.
Seu brilho e valor intrínseco o tornam um símbolo de prestígio e abundância, presente em peças de joalheria, moedas e ornamentos religiosos.
No entanto, o uso do ouro é regulado por diretrizes específicas na fé islâmica, sendo um material proibido de ser usado pelos homens.
Ao longo do tempo, em diversas sociedades o ouro foi considerado um material nobre pelo fato de não oxidar, e por sua maleabilidade, facilitando a sua manipulação e elaboração de objetos preciosos, como moedas e jóias.
Durante esse período, o ouro era frequentemente associado a extravagância e status social elevado e a vaidade, afinal as jóias também tinham o intuito de embelezar as pessoas, e isso não era diferente na Arábia na época do Profeta Muhammad.
A proibição do uso do ouro no Islam está associada à modéstia masculina, a fim de tornar os homens menos vaidosos e mais humildes.
O Profeta Muhammad desencorajou os homens a usarem ouro para evitar demonstrações de ostentação e vaidade, atitudes contrárias aos princípios de simplicidade e moderação promovidos pelo Islamismo.
Deste modo a busca por distinção social através da exibição de riqueza é coibida, promovendo a igualdade e a humildade entre os fiéis.
A proibição do uso de ouro por homens no Islamismo é um aspecto bem documentado nas tradições e ensinamentos islâmicos.
Diversos hadiths, que são os registros das palavras e ações do Profeta Muhammad, mencionam explicitamente essa proibição.
Um deles detalha claramente esta proibição: "Ouro e seda foram permitidos para as mulheres da minha Ummah, e proibidos para os homens." (Sunan an-Nasai)
Embora a proibição do uso de ouro por homens seja amplamente respeitada na comunidade islâmica, esta regra frequentemente está sujeita a interpretações de estudiosos e também às práticas culturais.
Alguns estudiosos e líderes religiosos adotam uma postura rigorosa, enquanto outros podem permitir exceções baseadas em contextos culturais específicos ou em interpretações contemporâneas dos textos sagrados.
Em casos de maior permissividade, o ouro tende a ser admitido em poucas quantidades, pequenos adornos ou quando não há contato com a pele.
Essas variações refletem a diversidade dentro do mundo islâmico e a complexidade de aplicar ensinamentos religiosos a diferentes contextos culturais.
Para os homens muçulmanos que seguem a proibição do uso de ouro, existem diversas alternativas que permitem a expressão pessoal sem comprometer os valores religiosos.
A prata, por exemplo, é amplamente aceita e considerada uma escolha apropriada para jóias masculinas.
Além disso, metais como a platina e materiais naturais como madeira, couro e pedras oferecem opções elegantes e culturalmente significativas para adornos masculinos.
Essas alternativas permitem que os homens mantenham a tradição e a modéstia, ao mesmo tempo em que expressam seu estilo pessoal.
As nanopartículas de ouro têm sido amplamente estudadas como agentes de contraste para tomografia computadorizada devido às suas propriedades favoráveis.
No entanto, isso acarretou em novas descobertas sobre os impactos dessas partículas na saúde e como elas se acumulam no organismo, especialmente em indivíduos do sexo masculino.
Uma pesquisa publicada no jornal científico Nature demonstra que o tamanho das nanopartículas influencia sua biodistribuição e o tempo de circulação no organismo.
Nanopartículas menores (15 nm ou menos) tendem a permanecer mais tempo na corrente sanguínea, o que pode aumentar a eficácia no diagnóstico por tomografia computadorizada.
Contudo, a permanência prolongada no sangue pode aumentar o risco de interações indesejadas com células saudáveis.
Por outro lado, nanopartículas maiores são rapidamente captadas pelo fígado e baço, o que pode levar à sobrecarga desses órgãos a longo prazo.
Estudos realizados em ratos de laboratório indicam que há diferenças na biodistribuição de nanopartículas entre sexos.
Em machos, há uma tendência maior de acumulação de nanopartículas de ouro no fígado.
O estudo mostrou que após a injeção de nanobastões de ouro e prata em ratos, houve maior acumulação de ouro nos fígados dos machos em comparação com outros órgãos.
Essa acumulação pode ser preocupante, pois o fígado é um órgão vital para a desintoxicação e o metabolismo, e o acúmulo excessivo de nanopartículas pode afetar suas funções.
Vale ressaltar que a maioria dos estudos se concentra em efeitos a curto prazo; portanto, os efeitos a longo prazo das ainda precisam ser explorados.
No entanto, isso é um indicativo importante que revela que a proibição do ouro para os homens na religião islâmica também pode estar associada à saúde.
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