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Jovens Árabes estão menos Nacionalistas e mais Religiosos
Uma nova pesquisa aponta que os árabes consideram a religião o aspecto mais importante da sua identidade, acima da nacionalidade e origens.A Redação • Tempo de leitura: ~2 minutos • Publicado em: 16/11/2022 NacionalismoReligiãoÁrabes
Os jovens árabes estão dando maior importância para a religiosidade, é isso que mostra uma pesquisa recente feita pelo Arab Youth Survey.
O levantamento foi feito nas regiões do Golfo Pérsico, Levante e Norte da África, onde ficam todos os países que compõem o chamado "mundo árabe".
Ao todo, 3400 jovens de 50 cidades em 17 países diferentes responderam os questionamentos. Eles possuem idades entre 18 e 24 anos, sendo que a proporção entre homens e mulheres é de 50% para cada.
Mais Religião Menos Nacionalismo
A pesquisa apurou aquilo o que os jovens árabes consideram mais importante para a sua identidade e em primeiro lugar apareceu a religiosidade com 41%, seguido por nacionalidade com 18% e família ou tribo com 17%.
A religiosidade não apenas foi o detalhe mais importante para os jovens como também obteve um crescimento em relação à mesma pesquisa feita em 2021, quando teve 34%.
Os outros principais índices não tiveram aumento. Nacionalidade repetiu o percentual do ano anterior, e família ou tribo registrou uma queda de 4%.
Os índices mostram que mesmo com a secularização de alguns locais do Oriente Médio e a tendência global crescente entre os jovens de abandonar as tradições religiosas, não é isso o que está acontecendo no mundo árabe.
Os dados também revelam que a religiosidade não é algo que os árabes desejam manter apenas no âmbito privado, mas também público.
Governo Por Meio da Sharia
Muitos jovens também apreciam o Islam não apenas por meio da prática no campo particular, mas também na vida pública.
56% dos entrevistados dizem que o país em que vivem deveria ter suas leis baseadas na sharia, enquanto 44% preferem os direitos civis.
A maior porcentagem dos que preferem leis religiosas estão no Golfo (70%), seguido pelo Norte da África (60%) e pelo Levante (41%).
Além disso, 64% dos entrevistados acreditam que a democracia nunca dará certo no Oriente Médio, o índice mais alto desde 2018.
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