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Os Fundamentos da Crença Islâmica – Imâm al-Ghazzâli

Prefácio pelo Prof. Hasan El Fatih, Decano da Universidade Islâmica Umm Durman. Esse livro foi escrito em árabe pelo Imâm Abu Hâmid al-Ghazzâli, ou Algazel como era conhecido na Europa medieval (falecido em 505 h./1111 d.C.).

Suas obras numerosas são bem conhecidas, respeitadas e citadas não só no Oriente Médio mas também nas grandes universidades do ocidente. Suas contribuições para a teologia e filosofia provaram ser as maiores pedras angulares de recursos através dos séculos.

Durante a restauração da filosofia grega na Idade Média, muitos cristãos foram atraídos e balançados pela persuasão da lógica grega. Num esforço para proteger o cristianismo, teólogos cristãos fiaram-se nos argumentos profundos de al-Ghazzâli para derrotar os aderentes da filosofia grega e assim protegeram sua religião.

As obras de al-Ghazzâli foram traduzidas e impressas em muitas línguas. Estudos comparativos mostraram que Jean Jacques Rousseau, conhecido no ocidente como o pioneiro da educação infantil, baseou suas ideias e métodos sobre a obra de al-Ghazzâli.

A Enciclopédia Curta do Islã fala sobre al-Ghazzâli:

“Ele foi o pensador mais original que o Islã produziu e seu mais grandioso teólogo.”

A.J. Arberry, professor e diretor do Centro do Oriente Médio da Universidade de Cambridge, Inglaterra, referiu-se a ele assim:

“Ele foi um dos mais grandiosos teólogos místicos do Islã e de fato de toda a humanidade.”

Oro para que os leitores se beneficiem do raciocínio genuíno no qual estão prestes a embarcar e que possa abrir canais de pensamento orientadores que darão prazer nessa vida e no Além.

Hasan El Fatih, Umm Durman, Sudão, 1992

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PREFÁCIO

A primeira tradução para o inglês foi pelo Professor Nabih Amîn al-Fâris, Universidade Americana, Beirute, 31 de outubro de 1962 com a exame do Dr. John H. Patton, Professor de Religião, Park College, Parksville, MO, EUA.

A razão para esse trabalho ser realizado novamente é pela necessidade de atualizar essa obra e também para retificar os usos linguísticos do inglês e adaptá-los para o computador com a adição de um índice.

Se o leitor encontrar dificuldade em entender algumas partes do livro, recomendamos visitar o grande filósofo e sufi do Islã, Prof. Hasan El Fatih, na Mesquita Shaikh Muhammad El Fatih, Umm Durman, Sudão.

É interessante notar que nas versões inglesas da Bíblia encontramos que o nome próprio do Criador referido como “Deus” enquanto achamos na edição árabe da Bíblia o nome próprio mudado para “Allah”, que é o mesmo nome próprio mencionado no Alcorão Sagrado.

Em Nome do Compassivo, o Misericordioso Allah,
Este é o Livro dos Fundamentos da Crença Islâmica.

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Capítulo 1
A Crença dos Sunitas, o caminho do Profeta
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A Exposição da Crença dos Sunitas, o caminho do Profeta, é condensada em duas frases de testemunho (Shahâda) que formam um dos Pilares do Islã.

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(A) O significado da primeira frase de testemunho:
Dizemos – nosso sucesso vem de Allah – louvado seja Allah o Criador, o Restaurador, Ele que faz o que quer que deseje. Ele Cujo Trono é glorioso e Cuja Potência é Poderosa; que guia os seletos dentre seus adoradores para o caminho reto. Ele que lhes outorga benefícios uma vez que afirmem Sua Unicidade guardando os artigos da crença longe das trevas da dúvida e hesitação. Ele que os conduz para seguir o caminho do Seu escolhido Profeta Muhammad – louvor e paz sobre ele – e para seguir o exemplo de seus Companheiros, os mais honrados, dirigindo seus passos ao caminho da verdade. Ele que revela a Si Mesmo para eles em Sua Essência e em Suas Obras por Seus atributos refinados que ninguém percebe, exceto aquele que inclina seu ouvido em contemplação. Ele que faz com que saibam que Ele é Um em Sua Essência sem nenhum sócio, Singular sem qualquer igual, Eterno sem um semelhante.

Nada O precede, Ele é sem qualquer começo. Ele é Eterno com ninguém depois d’Ele, Permanente sem qualquer fim, subsistente sem cessação, duradouro sem término. Ele não cessou e Ele não cessará de ser descrito pelos epítetos de Majestade. No fim dos tempos Ele não estará sujeito à dissolução e à decadência, mas será o Primeiro e o Último, o Oculto e Aparente, e Ele sabe de tudo.

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i. Transcendência (Exaltação)
Allah não é um corpo possuindo forma, nem uma substância restrita e limitada: Ele não se parece com outros corpos seja em limitação ou aceitando divisão.

Ele não é uma substância e substâncias não residem n’Ele; Ele não é uma qualidade de substância, nem uma qualidade de substância ocorre n’Ele.

Em vez disso, Ele se parece com nada existente e nada existente se parece com Ele. Nada é como Ele e Ele é como nada. Medidas não O prendem e fronteiras não O contêm. Direções não O rodeiam nem a terra e os Céus estão de lados diferentes d’Ele.

Verdadeiramente, Ele está controlando o Trono da maneira que Ele disse e no sentido que Ele quis – num estado de transcendência que isento de paralelo e toque, residência, fixidade de localização, estabilidade, envolvimento e movimento.

O Trono não O sustenta mas o Trono e aqueles que o carregam são sustentados pela Sutileza de Seu Poder e são restringidos por Sua Firmeza. Ele está acima do Trono e Céus e sobre tudo até os confins da terra com uma acimidade que não O traz mais para perto do Trono e dos Céus, assim como não O deixa mais longe da terra.

Em vez disso, Ele é Altamente Exaltado sobre o Trono e os Céus, tal como Ele é Altamente Exaltado sobre a terra. Apesar disso, Ele está perto de toda entidade e está “mais perto do adorados que sua veia jugular” e Ele testemunha tudo já que Sua proximidade não lembra a proximidade dos corpos, tal como Sua Essência não lembra a essência dos corpos.

Ele não existe em nada, assim como nada existe n’Ele: Exaltado seja Ele de que um lugar possa contê-Lo, tão santificado é Ele que nenhum tempo pode limitá-Lo.

Pois Ele era como antes de ter criado o tempo e o espaço, e assim como Ele era, Ele é agora. Ele é distinto de Suas criaturas através de Seus atributos. Não há em Sua Essência qualquer outro que não Ele, nem Sua Essência existe em qualquer outro senão n’Ele.

Ele é Exaltado longe de mudanças e movimento. Substância não reside n’Ele e a qualidade da substância não cai sobre Ele. Em vez disso, Ele está nos atributos de Sua Majestade sem cessar. E Ele está nos atributos de Sua Perfeição. Ele não precisa melhorar Sua perfeição. Em Sua Essência, Sua Existência é conhecida pela razão (nesta vida).

Na Vida Duradoura, Sua Essência é vista pelos olhos dos justos como um favor d’Ele através da contemplação de Sua Face Graciosa.

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ii. Vida e Poder
Ele é Vivente, Capaz, o Conquistador e Todo-Subjugador.

Inadequação e fraqueza não caem sobre Ele; a sonolência não O alcança nem o sono; aniquilação não prevalece sobre Ele, nem a morte. Ele é o Senhor do Reino visível e invisível e da Potência e Poder. Seu são o domínio, a subjugação, criação e comando; os Céus são enrolados em Seus Direito e coisas criadas são subjugadas na Sua Firmeza.

Ele é Singular na criação e invenção. Ele é Sozinho em trazer à existência e em inovar. Ele criou todas as criaturas e seus feitos, e decretou seu sustento e seu tempo de vida; nada decretado escapa da Sua Firmeza e as mutações dos assuntos não escorregam fora de Seu Poder.

O que quer que Ele decrete não pode ser numerado nem Seu Conhecimento acaba.

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iii. Conhecimento
Ele é Bem Informado de todo o conhecido, abarcando tudo que acontece nas profundezas da terra aos mais altos céus. Ele é Bem Informado de modo que não há sequer um átomo que escape de Seu Conhecimento no céu e na terra.

Em vez disso, Ele sabe dos passos de uma formiga preta sobre uma pedra sólida na noite mais escura. Ele percebe o movimento duma partícula de poeira no ar. Ele conhece os segredos e o que é mais oculto.

Ele é o Vigilante dos sussurros do ego e do fluxo dos pensamentos, e do mais profundo esconderijo dos egos.

Com um conhecimento que é antigo, vindo da eternidade e pelo qual Ele não cessou de ser descrito pelas eras.

Nem por um conhecimento que é sujeito a atualizações ocorrendo e circulando em Sua Essência.

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iv. Vontade
Ele é o Desejoso de toda a existência e o Planejador de todas as coisas contingentes. Não há nada que ocorra em Seu mundo visível ou invisível exceto por Seu planejamento prévio e Sua execução, seja esta pouca ou muita, pequena ou grande, boa ou má, benefício ou dano, crença ou descrença, gratidão ou ingratidão, prosperidade ou perda, aumento ou diminuição, obediência ou desobediência, tudo de acordo com Sua Sabedoria e Vontade; o que ele deseja ocorre e o que Ele não deseja não ocorre. Não há um olhar ou pensamento perdido que não seja sujeito à Sua Vontade.

Ele é o Criador antes de tudo, o Restaurador, o Feitor do que quer que Ele deseje. Não há ninguém que rescinda Sua ordem e ninguém que suplemente Seus decretos, e não há escapatória para um adorador para desobedecê-Lo, exceto por Sua Ajuda e Misericórdia, e ninguém tem poder para obedecê-Lo exceto por Sua Vontade. Até mesmo se a humanidade, gênios, anjos e demônios se unam para tentar mover o peso de um átomo no mundo ou torná-lo imóvel, sem Sua Vontade eles falhariam.

Sua Vontade subsiste em Sua Essência dentre Seus Atributos. Ele não cessou de ser descrito por eles desde a eternidade, desejando – em Sua Infinitude – a existência das coisas em seu tempo prefixado que Ele decretou. Então elas vêm à existência em seus tempos prefixados como Ele desejou em Sua Infinitude sem adiantamento ou atraso. Elas se passam de acordo com Seu Conhecimento e Sua Vontade sem variação ou mudança.

Ele dirige os assuntos não através de ordenar os pensamentos ou esperar a passagem do tempo, e então nenhum assunto O ocupa de outro assunto.

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v. Ouvir e Ver
Ele – o Altíssimo – é o Ouvinte, o Vidente. Ele ouve e vê.

Nada audível, o quão fraco seja, escapa de Sua Audição, e nada visível, o quão diminuto seja, está oculto de Sua Visão.
Distância não impede Sua Audição e treva não obstrui Sua Visão. Ele vê sem uma pupila e pálpebra, e ouve sem o meato e ouvidos, e Ele percebe sem um coração, e pega sem membros, e cria sem um instrumento, já que Seus atributos não se parecem com os atributos da criação e Sua Essência não se parece com a essência da criação.

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vi. Fala
Ele – o Altíssimo – fala, ordenando, proibindo, prometendo e ameaçando, com uma fala vinda da eternidade, antiga e autoexistente.

Diferente da fala da criação, não é um som que é causado pela passagem de ar ou a fricção de corpos, nem é uma letra que é enunciada pela abertura e fechamento dos lábios e o movimento da língua.

E que o Alcorão, a Torá original, O Evangelho original de Jesus e os Salmos originais são Seus Livros descidos sobre Seus Mensageiros, a paz esteja com eles.

O Alcorão é lido por línguas, escrito em livros e lembrado no coração, ainda assim é, no entanto, antigo, subsistente na Essência de Allah, não sujeito à divisão ou separação através da sua transmissão ao coração e papel [com isso ele quis dizer que o movimento da língua do recitador e a administração do fluxo de ar na sua boca e orelha etc., ou a inscrição do escritor sobre o papel, todos dos quais são criados. Enquanto a lógica de al-Ghazzâli se endereça ao que está além da qualidade humana e dimensão de tempo e físico. Assim ele se refere ao Alcorão antes do movimento da língua ou da transcrição para o papel. A maior parte dos erros vieram de nossas dimensões humanas e de nós tentarmos descrever os atributos divinos através dos nossos atributos humanos limitados – Darwîsh]. Moisés – que Allah o louve e lhe dè a paz – ouviu a Fala de Allah sem som e sem letra, assim como o justo vê a Essência de Allah – o Altíssimo – no Além, sem substância nem sua qualidade.

E já que Ele tem essas qualidades, Ele é Vivente, Sapiente, Desejoso, Ouvinte, Vidente e Falante com vida, poder, conhecimento, vontade, audição, visão e fala, não somente através da Sua Essência.

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vii. Atos
Ele, o Exaltado, o Elevado, não há existência exceto Ele, fora que ocorra por Sua ação e proceda de Sua Justiça, das melhores, mais perfeitas, completas e justas maneiras.

Ele é Sábio em Seus vereditos. Sua justiça não pode ser comparada com a dos adoradores, porque é concebível ue o adorador seja injusto quando lida com propriedades outras que não a sua própria. Mas dano não é concebível de Allah – o Altíssimo – porque Ele não encontra qualquer propriedade que não seja d’Ele mesmo, para que Seu lidar seja descrito como danoso.

Tudo exceto Ele, filhos de Adão e gênios, anjos e demônios, céu e terra, animais, plantas e inanimados, substância e sua qualidade, assim como coisas percebidas e coisas sentidas, são todas coisas originadas que Ele criou por Seu Poder e antes elas não eram nada, já que Ele existia na Eternidade sozinho e não havia ninguém que seja com Ele.

Assim Ele originou a criação a partir daí como uma manifestação de Seu Poder e a realização do que foi precedido por Sua Vontade e a realização de Sua Palavra na eternidade, não porque Ele tivesse qualquer necessidade disso.

Ele é magnânimo em criar e inventar e em impor obrigações, não o fazendo por necessidade.

Ele é Gracioso em beneficência e reforma, embora não através de qualquer necessidade. Munificência e Gentileza, Beneficência e Graça são Suas, já que Ele é capaz de trazer sobre Suas criaturas todo tipo de tortura e de tentá-los com todo tipo de dor e aflição. Mesmo se Ele o fizesse, seria justiça d’Ele, não seria vil, não seria tirano.

Ele – o Poderoso, o Glorificado – recompensa Seus adoradores crentes por seus atos de obediência de acordo com a generosidade e encorajamento em vez de por seu mérito e obrigação. Pois não há obrigação sobre Ele em nenhuma ação para ninguém e tirania é inconcebível para Ele. Pois não há direito sobre Ele quanto a ninguém.

Quanto ao Seu direito de ser obedecido é obrigatório e compulsório sobre todas as criaturas porque Ele o fez obrigatório sobre eles através das línguas de Seus profetas e não pela razão. Mas Ele enviou Seus profetas e mostrou sua confiabilidade através de milagres explícitos, e eles transmitiram Suas ordens e proibições assim como Suas promessas e ameaças. Assim se torna obrigatório sobre todas as criaturas crer neles e no que eles trouxeram.

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(B) O significado da segunda frase de testemunho que é o testemunho dos mensageiros e das suas mensagens.
Allah enviou o iletrado, de Quraish, Profeta Muhammad – louvores e paz sobre ele – com Sua Mensagem tanto para árabes quanto para não árabes, para os gênios e para a humanidade. Assim Allah suplantou as outras religiões pela Religião do Profeta Muhammad – louvor e paz sobre ele – exceto pelo que Ele confirmou entre eles.

Ele favoreceu o Profeta Muhammad sobre todos os outros profetas e o fez o mestre da humanidade, e declarou incompleto qualquer profissão de fé que ateste a Unicidade, que é “não deus exceto Allah”, a não ser que seja seguida pelo testemunho sobre o Mensageiro, que é seu dito: “Muhammad é o Mensageiro de Allah”. Ele obrigou todas as nações a crer em tudo que ele informou dos assuntos daqui e do Além.

Allah não aceitará a crença de qualquer um (adorador) até que ele creia no que o Profeta informou dos assuntos que ocorreram depois da morte, o primeiro dos quais é a questão dos anjos Munkar e Nakîr. Esses dois formidáveis e terríficos seres que farão o falecido se sentar no túmulo, tanto alma quanto corpo; perguntarão sobre a Unicidade de Allah e sobre a Mensagem, perguntando: “Quem é seu Senhor, e qual é sua Religião, e quem é seu profeta?” Eles também são conhecidos como os dois examinadores do túmulo e suas questões são consideradas o julgamento final depois da morte.

De novo, deve-se crer no castigo do túmulo, e que é real e que Seu Julgamento é bem sobre tanto o corpo quanto a alma de acordo com Sua Vontade.

E dever-se-ia crer na Balança com os dois pratos com seu indicador – a magnitude do qual é como o espaço entre os Céus e a terra – nele, os atos são pesados pelo Poder de Allah, e seus pesos ou medidas são a semente de mostarda e o átomo, para se estabelecer a justiça exata.

Os registros dos bons atos serão substituídos por uma imagem refinada na balança de luz, e então a balança estará pesada de acordo com seu grau com Allah, por Sua Virtude.

Os registros dos maus atos serão lançados numa imagem maligna na balança das trevas, e haverá luz na balança através da Justiça de Allah.

Deve-se crer também que a Ponte. é real; é uma Ponte estendida sobre o Inferno, mais afiada que o fio da espada e mais fina que um fio de cabelo. Os pés dos descrentes escorregam sobre ela, de acordo com o decreto de Allah – o Exaltado – e eles cairão no Fogo; mas os pés dos crentes estão firmes sobre ela, pela Graça de Allah, e então eles serão conduzidos para a residência Permanente.

E deve-se crer no tanque frequentado, o Tanque do Profeta Muhammad – Allah seja louvado e lhe dê paz. Do qual os crentes beberão antes de entrarem no Paraíso e depois de cruzarem a Ponte. Quem quer que beba que seja um gole dele nunca mais sentirá sede. Sua largura é a distância da jornada de um mês; suas águas são mais brancas que o leite e mais doces que o mel. Em volta dele há jarros em número como as estrelas do céu, nele flui duas nascentes de al-Kauthar.

E deve-se crer no Julgamento e nas distinções entre aqueles ali, que alguns serão questionados bem restritamente, que alguns serão tratados com perdão e que outros entrarão no Paraíso sem questionamento – esses são os mais próximos.

Allah perguntará a quem Ele quiser dos profetas sobre a difusão da Mensagem, e a quem Ele quiser dos descrentes sobre a rejeição dos Mensageiros; e Ele perguntará aos inovadores sobre o caminho do Profeta (sunna) e aos muçulmanos sobre seus atos.

Deve-se crer que o crente na Unicidade de Allah (se ele entrar no Inferno por conta dos seus pecados) será liberado do fogo do Inferno depois que for castigado, então que não permanecerá no Inferno um único crente sequer.

Deve-se crer na intercessão dos profetas, dos eruditos e dos mártires, então do resto dos crentes – cada um de acordo com sua influência e grau com Allah.

Quem quer que permaneça dos crente e não tenha intercessor será liberado pela Graça de Allah, o Poderoso, o Glorificado.

Logo nem um crente sequer permanecerá no Inferno para sempre; quem quer que tenha em seu coração o peso de um átomo de crença será trazido para fora dali.

Deve-se crer nas virtudes dos Companheiros – que Allah esteja satisfeito com eles – e seus graus diferentes, e que o mais excelente da humanidade, depois do Profeta – Allah seja louvado e lhe dê a paz – é Abu Bakr, e então `Umar, e então `Uthmân, e então `Ali – que Allah esteja satisfeito com eles – e deve-se pensar bem de todos os Companheiros e os elogiar, assim como Allah – o Poderoso, o Glorificado – e Seu Profeta elogiou a todos – Allah tem louvado o Profeta e lhe dado a paz -. Tudo isso foi relatado nos ahâdîth e tradições testemunhadas (do Profeta). Logo quem quer que creia em tudo isso e creia nisso sem duvidar estará entre o povo da verdade e a congregação do Caminho do Profeta (sunna), e sem dúvida separou a si mesmo dos seguidores do erro e do partido da inovação.

Assim pedimos a Allah que aperfeiçoe nossa fé e nos faça devotos na Religião por nós e por todos os muçulmanos através da Sua Misericórdia. Verdadeiramente Ele é o Mais Misericordioso. E que o louvor de Allah esteja sobre nosso Mestre Muhammad e sobre todo adorador escolhido.

Fonte: https://masud.co.uk/the-foundations-of-the-islamic-belief/

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